terça-feira, 25 de julho de 2017

Plantas Alimentícias Não-Convencionais são tema da última oficina “Saber na Prática”

Realizada no último sábado, 15 de julho, no Posto de Saúde do Rio Vermelho, a atividade teve colheita e preparação de receitas com plantas que vemos todos os dias em terrenos e calçadas, mas que não sabemos como são deliciosas e nutritivas.  “Muitas delas dificilmente encontraremos num mercado ou numa feira, mas que podem ser saboreadas”, explica o biólogo André Ganzarolli Martins, que facilitou a oficina junto com a farmacêutica Denise Rodrigues.  “Explorar mais as PANCs na alimentação traz inclusive benefícios ecológicos, pois aproveitamos mais a biodiversidade”, avalia Denise. Esta foi a última oficina do ciclo “Saber na Prática”, que contou com suporte do Programa de Apoio a Projetos da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF).


A oficina teve três momentos. No primeiro, André fez uma exposição dialogada sobre as PANCs. De acordo com ele, existem basicamente três grupos: plantas nativas, plantas exóticas e também partes de plantas já conhecidas que não são consumidas frequentemente (como a folha da batata-doce).

Num segundo momento, as/os participantes visitaram a horta do Posto de Saúde para começar a identificar algumas PANCs. Olfato e paladar somaram-se à visão no esforço de perceber o que poderia ser consumido ou não. Mas a riqueza da biodiversidade das Plantas Alimentícias Não Convencionais estava do outro lado da rua, num terreno baldio.

Malvavisco, Crespa Japonesa, Folha Pepino, Bela Emília… A cada metro andado, André e Denise apontavam alguma planta cujas folhas ou flores poderiam ser saboreadas. Neste ponto da oficina, André faz uma ressalva: é importante conhecer bem as PANCs para evitar intoxicações. Além  disso, colher e consumir as plantas que estão nos fundos dos terrenos, não as próximas à beira da estrada.  “Muitas dessas eu já conhecia porque nossos antepassados comiam, mas a aroeira eu não sabia que dava pra comer”, disse Jucélia Beatriz Vidal, moradora do Quilombo Vidal Martins, que fica no Rio Vermelho.

De volta ao Posto de Saúde, a oficina continuou com preparação de receitas, capitaneada por Denise Rodrigues. O cardápio foi: suco de banana com crespa japonesa, pasta de grão de bico com ora-pro-nobis, maionese de cará com açafrão e um pesto de capuchinha. Para sobremesa, um doce de amendoim com passas, ameixa e um calda de manga com hibisco. Além de deixar a todas e todos com água na boca, Denise trouxe muitas informações sobre o valor nutricional e propriedades medicinais das PANCs e ingredientes utilizados, junto com orientações sobre o uso de sal, açúcar e gordura na nossa alimentação.
Antes da tão esperada degustação, todas e todos montaram pratos com as receitas preparadas, abusando das cores de flores comestíveis nos canapés de abobrinha e folhas e capuchinha e ora-pro-nobis. Praticando o desapego, as pessoas trocaram seus pratos com as/os colegas.

Ao final, como sempre, só elogios para a atividade: “Já tinha ouvido falar de PANCs, mas não conhecia ainda. Vim por curiosidade e acabei me apaixonando”, conta Raquel de Souza, que veio do Ribeirão da Ilha até o Rio Vermelho só para participar da atividade.
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