Aprenda a cultivar orquídeas
Dicas de cultivo de orquídeas
Você ama a natureza? Tem interesse especial pelas orquídeas? Tem
paciência para esperar um ano que uma planta floresça? Leia nossa
matéria especial e junte-se a nós. Seja um orquidófilo.
Cultivar orquídeas é mais fácil do que se pensa
1. Na grande maioria, as orquídeas brasileiras são epífitas, isto
é, crescem presas às árvores, sem, contudo, roubar delas quaisquer
nutrientes. As raízes são usadas apenas para fixar a planta no caule das
árvores.
2. Ao escolher o que vai cultivar, dê preferência a espécies adaptadas a sua região. Como
as orquídeas florescem apenas uma ou duas vezes por ano, é interessante
possuir várias espécies diferentes (cujo ciclo de floração costuma ser
também diferente). Isso aumenta as chances de ter sempre alguma planta
florida.
3. Não colete ou adquira plantas oriundas das matas, pois
as orquídeas já foram bastante dilapidadas pelos mateiros e
colecionadores gananciosos. Procure adquiri-las de empresas produtoras
de mudas ou de orquidófilos que tenham plantas disponíveis.
4. Irrigação: Mantenha
o vaso úmido, jamais encharcado. É mais fácil matar uma orquídea por
excesso do que por falta d’água. Não colocar pratinho com água debaixo
do vaso, pois as raízes poderão apodrecer. Molhe abundantemente duas ou
três vezes por semana, deixando a água escorrer totalmente. Nos outros
dias, basta vaporizar as folhas de manhã cedo ou no final da tarde,
quando a planta não estiver sob o sol.
5. Luminosidade: Instale
suas plantas em locais onde elas possam ser banhadas pelo sol no
horário da manhã (até as 9 horas) ou no final da tarde (depois das 16
horas). Se a planta não tomar sol, ela não vai florescer. As orquídeas
podem ser fixadas também no tronco de árvores, desde que estas não
tenham uma sombra muito densa, como as mangueiras. O problema é que,
quando florescerem, elas não poderão ser levadas para dentro de casa.
Aliás, é recomendável manter os vasos, o máximo possível, na mesma
posição e local.
6. Ventilação: As orquídeas necessitam de locais arejados. Evitar, porém, a ventilação muito forte.
7. Adubação: Utilize
um desses adubos foliares (líquidos) que se encontram na seção de
jardinagem de todos os supermercados. Adicionar algumas gotas à água com
que será feita a vaporização, no caso de usar pequenos pulverizadores.
Procure molhar sobretudo a parte inferior das folhas de sua orquídea,
pois é aí que se encontram os estômatos, que absorvem água e nutrientes.
8. Pragas e doenças: Se
as plantas forem cultivadas de uma forma adequada, elas estarão mais
resistentes a pragas e doenças. Se não houver excesso de umidade, por
exemplo, dificilmente os fungos irão atacar. De qualquer modo,
previna-se. Um dos grandes inimigos de nossas orquídeas são as
cochonilhas. Esses pequenos organismos sugam a seiva da planta e podem
matá-la se não forem combatidos. Quem possui poucas plantas pode
catá-los, um a um, antes que se propaguem. No caso de uma coleção maior,
haverá necessidade de apelar para os defensivos. Dê preferência às
fórmulas naturais, pois os produtos químicos industrializados costumam
ser tão prejudiciais às plantas quanto a quem as cultiva. É recomendável
consultar uma pessoa que tenha experiência com produtos naturais.
9. Anote o nome da espécie de sua orquídea numa plaqueta. Também
é interessante atribuir-lhe um código (numérico ou alfanumérico, como
queira), para facilitar a identificação no caso de uma coleção de médio
ou grande porte. Um desafio que os orquidófilos enfrentam é memorizar o
nome de suas plantas, quase todos em Latim ou latinizados – raramente as
orquídeas têm nomes populares. Mas isto termina se tornando um
excelente exercício de memória. Desenvolva igualmente o hábito de anotar
a data da floração de cada planta. Se ela não voltar a florescer na
mesma época, no ano seguinte, isto pode ser um sinal de alerta: talvez
ela esteja com algum problema. Examine, então, as condições de
irrigação, luminosidade, ventilação…
10. Freqüente uma associação de orquidófilos. É
o local mais apropriado para trocar idéias, tirar dúvidas sobre o
cultivo de orquídeas e, de quebra, fazer novas amizades. Procure tirar
proveito do convívio com os orquidófilos mais experientes. Na grande
maioria, eles adoram repartir seus conhecimentos (conhecimentos que,
aliás, serão sempre incompletos, pois, em se tratando de orquídeas,
eternamente, todos têm algo para aprender).
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Quintal Di Casa: ORQUÍDEAS...COMO CULTIVÁ-LAS EM TRONCO DE ÁRVORES?...
Quintal Di Casa: ORQUÍDEAS...COMO CULTIVÁ-LAS EM TRONCO DE ÁRVORES?...:
Queridos...a alguns dias atrás um leitor deixou um comentário aqui no
blog, perguntando qual seria e melhor forma de cultivar orquídea...
Postado por
alexandre e alana
às
quinta-feira, dezembro 06, 2012
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Tenha
em mente que a divisão somente é possível nas orquídeas com crescimento
simpodial, como catléias e laelias, e de orquídeas cespitosas como
cimbídios e dendróbios. Plantas com crescimento monopodial, como vandas e
falenópsis são um pouco mais complicadas de multiplicar por divisão e
exigem muita experiência e um tanto de sorte.
Posso dividir em qualquer momento do ano? Pode sim! Vai depender mais da espécie de orquídea do que da sua vontade. Quando ela estiver começando a emitir novas raízes (aquelas com as pontinhas verdes) somente então será o momento ideal, seja inverno ou verão. Isso geralmente ocorre logo após a floração.
Boa Sorte nas suas multiplicações!
Nome Técnico: Dendrobium nobile Lindl. Sin.Dendrobium formosoanum (Rchb.) Masam.
Nomes Populares: orquídea olho-de-boneca
Família: Família Orchidaceae
Origem: Originária da China
Redação CicloVivo
Postado por
Jonas Grangeiro Aguia
A jornalista Carol Costa explica o que são keikis e mostra como tirar mudas de uma orquídea Dendrobium. Aprenda também a esterelizar corretamente os instrumentos de jardinagem, para não passar doenças, fungos ou bactérias de uma planta para outra. Para mais dicas simples e práticas sobre orquídeas, acesse o portal Minhas Plantas (http://www.minhasplantas.com.br).
Cultivar uma orquídea em árvore é uma boa maneira de enfeitar a casa com plantas sem precisar de muito paparico - nos primeiros meses, você vai regá-la mais vezes, mas, com o tempo, as raízes novas surgem e a orquídea quase não precisa de cuidados. A jardineira Carol Costa, do site Minhas Plantas, convidou o pequeno Fabricio para mostrar como é fácil prender uma Phalaenopsis num galho. Quem sabe agora o pessoal nos supermercados e floriculturas para de jogar planta no lixo e começa a doar para que elas enfeitem ruas e praças da cidade? Mais vídeos e informações sobre orquídeas em http://www.minhasplantas.com.br.
José Lutzenberger
Ecologia - Do Jardim ao Poder. L&PM Editores Ltda. Porto Alegre 1985
Texto recopiado em 1998 por Carla, secretária de Claudia Steiner (Fundação Gaia de Manaus)
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Aprenda a cultivar orquídeas
Dicas de cultivo de orquídeas
Você ama a natureza? Tem interesse especial pelas orquídeas? Tem
paciência para esperar um ano que uma planta floresça? Leia nossa
matéria especial e junte-se a nós. Seja um orquidófilo.
Cultivar orquídeas é mais fácil do que se pensa
1. Na grande maioria, as orquídeas brasileiras são epífitas, isto
é, crescem presas às árvores, sem, contudo, roubar delas quaisquer
nutrientes. As raízes são usadas apenas para fixar a planta no caule das
árvores.
2. Ao escolher o que vai cultivar, dê preferência a espécies adaptadas a sua região. Como
as orquídeas florescem apenas uma ou duas vezes por ano, é interessante
possuir várias espécies diferentes (cujo ciclo de floração costuma ser
também diferente). Isso aumenta as chances de ter sempre alguma planta
florida.
3. Não colete ou adquira plantas oriundas das matas, pois
as orquídeas já foram bastante dilapidadas pelos mateiros e
colecionadores gananciosos. Procure adquiri-las de empresas produtoras
de mudas ou de orquidófilos que tenham plantas disponíveis.
4. Irrigação: Mantenha
o vaso úmido, jamais encharcado. É mais fácil matar uma orquídea por
excesso do que por falta d’água. Não colocar pratinho com água debaixo
do vaso, pois as raízes poderão apodrecer. Molhe abundantemente duas ou
três vezes por semana, deixando a água escorrer totalmente. Nos outros
dias, basta vaporizar as folhas de manhã cedo ou no final da tarde,
quando a planta não estiver sob o sol.
5. Luminosidade: Instale
suas plantas em locais onde elas possam ser banhadas pelo sol no
horário da manhã (até as 9 horas) ou no final da tarde (depois das 16
horas). Se a planta não tomar sol, ela não vai florescer. As orquídeas
podem ser fixadas também no tronco de árvores, desde que estas não
tenham uma sombra muito densa, como as mangueiras. O problema é que,
quando florescerem, elas não poderão ser levadas para dentro de casa.
Aliás, é recomendável manter os vasos, o máximo possível, na mesma
posição e local.
6. Ventilação: As orquídeas necessitam de locais arejados. Evitar, porém, a ventilação muito forte.
7. Adubação: Utilize
um desses adubos foliares (líquidos) que se encontram na seção de
jardinagem de todos os supermercados. Adicionar algumas gotas à água com
que será feita a vaporização, no caso de usar pequenos pulverizadores.
Procure molhar sobretudo a parte inferior das folhas de sua orquídea,
pois é aí que se encontram os estômatos, que absorvem água e nutrientes.
8. Pragas e doenças: Se
as plantas forem cultivadas de uma forma adequada, elas estarão mais
resistentes a pragas e doenças. Se não houver excesso de umidade, por
exemplo, dificilmente os fungos irão atacar. De qualquer modo,
previna-se. Um dos grandes inimigos de nossas orquídeas são as
cochonilhas. Esses pequenos organismos sugam a seiva da planta e podem
matá-la se não forem combatidos. Quem possui poucas plantas pode
catá-los, um a um, antes que se propaguem. No caso de uma coleção maior,
haverá necessidade de apelar para os defensivos. Dê preferência às
fórmulas naturais, pois os produtos químicos industrializados costumam
ser tão prejudiciais às plantas quanto a quem as cultiva. É recomendável
consultar uma pessoa que tenha experiência com produtos naturais.
9. Anote o nome da espécie de sua orquídea numa plaqueta. Também
é interessante atribuir-lhe um código (numérico ou alfanumérico, como
queira), para facilitar a identificação no caso de uma coleção de médio
ou grande porte. Um desafio que os orquidófilos enfrentam é memorizar o
nome de suas plantas, quase todos em Latim ou latinizados – raramente as
orquídeas têm nomes populares. Mas isto termina se tornando um
excelente exercício de memória. Desenvolva igualmente o hábito de anotar
a data da floração de cada planta. Se ela não voltar a florescer na
mesma época, no ano seguinte, isto pode ser um sinal de alerta: talvez
ela esteja com algum problema. Examine, então, as condições de
irrigação, luminosidade, ventilação…
10. Freqüente uma associação de orquidófilos. É
o local mais apropriado para trocar idéias, tirar dúvidas sobre o
cultivo de orquídeas e, de quebra, fazer novas amizades. Procure tirar
proveito do convívio com os orquidófilos mais experientes. Na grande
maioria, eles adoram repartir seus conhecimentos (conhecimentos que,
aliás, serão sempre incompletos, pois, em se tratando de orquídeas,
eternamente, todos têm algo para aprender).
Postado por
alexandre e alana
às
segunda-feira, maio 13, 2013
Um comentário:
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Mais informações:
orquídeas
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Como dividir e replantar orquídeas
Em primeiro lugar, saiba que o cuidado mais importante ao se dividir
uma orquídea é verificar se está no momento certo para isso. Se dividida
antes do tempo, na ânsia de se obter novas orquídeas rapidamente,
corre-se o risco de atrasar a floração, ou pior, deixar a planta fraca e
suscetível as doenças. Esse é um erro frequente dos iniciantes na
orquidofilia, eu mesma cometi esse erro no começo, retrocedendo diversas
orquídeas adultas para o estágio de seedlings.
O fato de sua orquídea não estar cabendo mais no vaso, não é motivo
para divisão. Neste caso, o simples replantio resolve. Então, como saber
o momento de dividir? Conte os pseudobulbos. A planta deve ter pelo
menos três pseudobulbos bem desenvolvidos, e ao menos dois brotos guias
bem separados, de forma que cada nova muda tenha três pseudobulbos e uma
guia (eu particularmente prefiro deixar quatro pseudobulbos em cada
nova muda – deve ser trauma). Ahhh… entendi, mas e se sobrar dois
pseudobulbos posso fazer uma nova muda? Não! Corte a orquídea de forma
que estes pseudobulbos acompanhem as novas mudas formadas. Resista a
tentação de uma mudinha “extra”, definitivamente não vale à pena.
Se minha orquídea nunca floresceu posso dividir? Até pode, mas não
recomendo. Uma orquídea com tantos pseudobulbos e que ainda não
floresceu pode estar com problemas, geralmente falta de luminosidade ou
fertilizante. A floração é a garantia de que sua planta está adulta e
saudável. Portanto esperar ela alcançar este estágio é como um teste de
suas habilidades com orquídeas. E você só pode passar para a próxima
fase após completar a anterior.Posso dividir em qualquer momento do ano? Pode sim! Vai depender mais da espécie de orquídea do que da sua vontade. Quando ela estiver começando a emitir novas raízes (aquelas com as pontinhas verdes) somente então será o momento ideal, seja inverno ou verão. Isso geralmente ocorre logo após a floração.
Pegue uma tesoura ou faca bem afiados, esterilize em água clorada,
álcool ou calor e comece por remover os pseudobulbos secos, murchos ou
doentes. Preserve o máximo de raízes possível, mas não deixe de cortar
as raízes secas e mortas. Esterilize os instrumentos a cada orquídea,
evitando assim a transmissão de eventuais doenças entre elas. Não é
necessário remover todo o substrato velho que estiver emaranhado nas
raízes, remova apenas o excesso e o que estiver mais fácil. Aliás,
quanto menos as raízes forem manipuladas melhor, pois elas se quebram
com muita facilidade. Limpe a orquídea com uma escova bem macia, sabão
neutro e sob água corrente, mas somente se ela estiver muito suja ou
infestada com pragas, como cochonilhas por exemplo.
O vaso pode ser de qualquer material, mas é primordial que seja bem
drenável, com furos grandes na base e se possível nas laterais. Vasos de
cerâmica costumam ser os mais indicados, por serem mais frescos,
ventilados e duráveis, mas atualmente até garrafas pet podem ser
utilizadas com sucesso. Esqueça o pratinho, ele é totalmente
contraindicado no cultivo de orquídeas.
A
escolha do substrato deve levar em consideração a espécie de orquídea e
a disponibilidade de material na sua região. Você pode usar materiais
como pedra britada, cacos de cerâmica, fibra de coco, argila expandida,
carvão vegetal, casca de coco, casca de pinus, esfagno, caroços de
coquinhos (de palmeiras como açaí, butiá), sabugo de milho, casca de
arroz carbonizada, etc. Eu gosto de juntar ramos secos finos que caem no
jardim, ou devido à poda das árvores, picá-los em pedaços com 1 a 3 cm
de diâmetro. Obtenho assim um substrato natural, barato e bem próximo do
que as orquídeas epífitas apreciam. A mistura de materiais é uma boa
pedida para equilibrar a capacidade de retenção de água com a drenagem.
Alguns retém muita água, enquanto outros praticamente nada. Case a
espécie de orquídea com a frequência das regas e descubra o que funciona
melhor para você. Não esqueça que orquídeas rupícolas e terrestres
pedem substratos apropriados ao seu habitat.
Com suas mudas já devidamente limpas e separadas proceda o envase.
Aqui vem as dicas para o replante também. Sempre coloque a ponta do
rizoma mais antigo o mais próximo possível da parede do vaso. Assim
sobra mais espaço para a guia crescer e se desenvolver. O rizoma deve
ser sobreposto ao substrato e jamais ser enterrado. Essa tarefa é um
tanto árdua, pois a orquídea tende a ficar completamente solta no vaso. A
tentação de enterrar um pouquinho é forte! Mas resista, pegue barbante e
tutores de bambú, madeira, arame ou plástico e vá amarrando sua
orquídea ao tutor. Cuidado para não apertar demais. Se possível arame o
rizoma ao vaso, pois também ajuda.
Fique de olho na nova muda. Folhas amareladas indicam sol em excesso,
e folhas verde-escuras demais, indicam sombra demais. Regue
normalmente, o enraizamento é um tanto lento e há que se ter paciência.
Boa Sorte nas suas multiplicações!
Raquel Patro é a criadora e administradora do site Jardineiro.net.
Formou-se em Veterinária em 2006, quando curiosamente passou a se
dedicar ao estudo das plantas e sua interação com os jardins.
sábado, 9 de novembro de 2013
Orquídea Olho-de-Boneca (Dendrobium nobile)
Bom
dia! Algumas vezes é tão fácil embelezar nossas residências com
orquídeas, que nem acreditamos. Sabem aquelas hastes que produziram
flores neste ano? Retire elas e coloque nos troncos. Em alguns meses,
surgiram várias mudas ou seja vais multiplicar suas orquídeas. Quando
chegar a primavera vai ficar lindo!
sucesso!
Alexandre Panerai
Artigo escrito por Eng. Agr. Míriam Stumpf
sucesso!
Alexandre Panerai
Nomes Populares: orquídea olho-de-boneca
Família: Família Orchidaceae
Origem: Originária da China
Descrição
Planta herbácea de hábito epífita, forma grandes touceiras em geral
de 0,45 m de altura. Possui pseudobulbos sulcados, com nós e entrenós
bem marcados na cor verde.
As folhas são curtas, flexíveis e finas e estão inseridas nestes nós, ao
longo dos pseudobulbos de onde também surgem as flores. Estas são de
cores variadas, inclusive bicolores, de tamanho 6cm x 6,5 cm, sobre
haste floral de 2 cm.
A flor tem duração de aproximadamente 30 dias, conforme a região e a
temperatura, na época da primavera. O nome Dendrobium do grego significa
planta que vive nas árvores.
É um dos gêneros que mais tem espécies, cerde 1000 a 1400.
Como Plantar
Na
época de crescimento esta planta necessita de regas freqüentes e
abundantes, principalmente no verão. Deixa-se secar entre regas para que
as raízes não fiquem encharcadas e não percam a capacidade de
respiração.
O local de cultivo deve ser bem arejado com muita luz, portanto o
sobreamento do ripado deve ter pelo menos 30%. Em lugares de verões
fortes, evitar o sol da tarde que poderá queimar as folhas.
Para adubar a planta, durante o período de crescimento, usar adubo
granulado tipo NPK fórmula 10-10-10, dissolvido, regando o substrato. Um
dia antes não esquecer de regar bem, evitando a concentração de sais
que podem prejudicar a planta.
Como o Dendrobium floresce no fim da primavera até a entrada de
verão, na início da primavera adubar com fertilizante com mais fósforo,
tipo NPK 4-14-8. Existem muitas recomendações de adubos de formulação
mais pesada, mas acreditamos que na natureza isto não ocorra, e quem é
mais leigo no assunto deve evitar experimentações com suas plantas.
Menos significam doses mais homeopáticas como a planta tem nas matas.
Excesso de adubo em orquídeas acaba no chão, sendo percolado no
perfil do solo contaminando lençóis freáticos, com toda a implicação
danosa ao meio ambiente que sabemos.
Pode
ser multiplicado pela divisão de touceira e por pequenas brotações que
aparecem nas laterais dos pseudobulbos. Aguardar até que estas brotações
tenham raízes para retirar e então preparar o vaso conforme explicado
no passo a passo.
Para fazer a propagação desta planta, separe a muda da planta-mãe,
faça a preparação do vaso colocando isopor e argila expandida no fundo e
por cima fibra de coco ou musgo seco e acomode a planta.
Prenda um tutor e fixe com atilho. Coloque arame para pendurar no ripado e regue bem. Veja as fotos do passo a passo.
Paisagismo
É um dos gêneros mais apreciados e pode ser cultivado em vasos pequenos ou ser fixado a troncos de árvores, cyccas e palmeiras.
Fotos utilizadas sob licença Creative Commons: orchidgalore (200K+ views, yippee!!), orchidgalore, orchidgalore
Veja também
Entende disso? Deixe aqui uma dica sobre esse assunto:
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Técnicas para cuidar e deixar suas orquídeas mais bonitas!
Bom
dia! Na busca pelo crescimento da biodiversidade nas nossas
propriedades rurais e residencias, devemos embeleza-las com flores.
Gosto muito das orquideas, das rosas e também de todas as flores com
potencial apícola!
Nos
últimos anos tenho dividido touceiras de orquídeas que tenho em casa e
cultivado estas mudas em vários locais, tornando a primavera muito mais
florida. Estou adubando elas com um biofertilizante produzido de forma
caseira com lixo orgânico.
Hoje vamos aprender um pouco mais sobre as orquídeas.ok
alexandre
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Conheça os cursos gratuitos e permanentes da escola de jardinagem de SP
Centro financeiro e cultural, São Paulo é uma cidade com custo de vida
alto, mas que, ao mesmo tempo, oferece diversas possibilidades gratuitas
que vão desde festas nas ruas até a participação de oficinas e cursos
regulares. Abaixo uma lista de opções para quem tem interesse na arte de
cultivar plantas.
Curso Municipal de Jardinagem:
Sob coordenação de Marco Antonio Braga, o curso tem o objetivo de
ensinar técnicas básicas de jardinagem e preservação do meio ambiente.
São abordados os seguintes temas: Meio ambiente, árvores, sementeiras,
botânica, frutíferas, floríferas, estudo do solo, arbustos, plantas de
interior, composto orgânico, trepadeiras, forrações, pragas e doenças,
hortas, evolução dos jardins, multiplicação vegetativa e gramados.
Aos interessados, há duas opções de turmas: uma de dois meses (as aulas
acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras) e outra de três meses
(as aulas acontecem às terças e quintas-feiras). O curso também pode ser
feito no período da manhã (9h às 11h30) ou tarde (14h às 16h30).
Três turmas devem começar neste mês de março, entretanto as vagas são
destinadas aos inscritos na lista de espera. Confira aqui as próximas turmas para este ano. A apostila do curso está disponível aqui.
Curso de Recursos Paisagísticos:
Também ministrado por Marco Antonio Braga, este é destinado aos que já
realizaram o Curso Municipal de Jardinagem e têm interesse na arte do
paisagismo e entrar em contato com os meios utilizados na criação dos
jardins, possibilitando a formação de uma visão crítica e consciente.
Há duas opções de turmas: segundas e quartas-feiras ou terças e
quintas-feiras. O curso pode ser feito pela manhã (9h às 12h) ou à tarde
(13h30 às 16h30).
Veja aqui a data dos cursos para 2014 e a versão online da apostila do curso.
Curso "Como fazer uma horta:
Com o intuito de demonstrar procedimentos e técnicas de cultivo de
hortaliças, visando melhor aproveitamento das áreas disponíveis para
produção de legumes e verduras de boa qualidade, as aulas são oferecidas
pelo Engenheiro Agrônomo Juscelino Nobuo Shiraki.
Há apenas uma aula na semana, que pode ser realizada no período
matutino (9h às 12h) ou vespertino (13h30 às 16h30). Neste link,
informações sobre as próximas turmas. Apostila do curso de hortas disponível aqui.
Curso Estudo da Família Orchidaceae:
Destinado aos interessados nas técnicas sobre reconhecimento, cultivo e
plantio de orquídeas, este curso também é ministrado pelo Engenheiro
Agrônomo Juscelino Nobuo Shiraki.
No curso será abordada a identificação e morfologia de orquídeas,
formas de multiplicação e locais para cultivo. As opções de turmas são
de terças e quintas-feiras pela manhã (9h às 12h) ou à tarde (13h30 às
16h30). Apostila online do curso aqui e informações sobre próximas turmas aqui.
Os interessados em qualquer um dos cursos devem se matricular
pessoalmente na Escola Municipal de Jardinagem, localizado no Parque
Ibirapura, ou através do site da escola.
Redação CicloVivo
quarta-feira, 12 de março de 2014
Como cuidar de orquídeas terrestres
Pode esquecer aquela história de que orquídea não gosta de sol: algumas
amam sol e até ficam feias se não tiverem suas merecidas oito horas de
"praia". E o lance de que orquídea precisa de um substrato especial para
crescer? Isso também não vale para as terrestres: essas mocinhas
resistentes preferem ser tratadas como uma planta qualquer, cultivadas
em terra comum bem adubada. A convite do portal Casa.com, nossa
jardineira Carol Costa foi à Casa Cor 2013 para mostrar algumas das
orquídeas terrestres que estão fazendo a cabeça dos paisagistas e
jardineiros de todo país. Confira mais dicas no site Minhas Plantas (http://www.minhasplantas.com.br).
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Enraizador de plantas caseiro
TIRIRICA USADA COMO ENRAIZADOR NATURAL PARA AUXILIAR NO ENRAIZAMENTO DE MUDAS DE ORQUÍDEA ARUNDINA
Tiririca |
A tiririca conhecida como planta daninha e combatida em todos os
jardins surge como erva que promove o enraizamento de plantas
reproduzidas a partir de estacas. Suas folhas e tubérculos são ricos em
FITORMÔNIOS por este motivo pode ser usada como enraizador natural e em
nosso caso em orquídeas terrestre da espécie Arundina graminifolia.
Pertence à família Cyperaceae, e ao gêneo Cyperus, é uma planta de
rápido desenvolvimento, sua raiz produz pequenos tubérculos de alto
poder regenerativo. Tem um difícil controle com enorme capacidade de
multiplicação.
Mudas de arundina |
Preparo do enraizador:
Lave os tubérculos com sabão neutro e água e bata no liquidificador
ou em um pilão numa proporção de um para um, exemplo: 1 kg de tubérculo
de tiririca para 1L de água de preferência filtrada ou fervida, e logo
depois regue sua orquídea Arundina graminifolia. Depois de 5 dias repita
o procedimento.
Obs.: Não utilize este procedimento em outras espécies de
orquídeas, pois poderá causar efeitos indesejáveis, como a queima das
raízes e outros, devido a concentração do ácido indol acético (IAA).
Este mesmo procedimento pode se utilizado para enraizamento de
plantas ornamentais onde se utiliza a estaquia na produção de mudas.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Pesquisa confirma: Bromélias e orquídeas ajudam na restauração ecológica.
Pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da
USP, em Piracicaba, mostra que um dos métodos encontrados para promover o
aproveitamento de material de florestas a serem desmatadas é o
transplante de plantas epífitas, como bromélias e orquídeas, em regiões
florestais durante o processo de recuperação ecológica. As epífitas são
formas de vida de plantas que habitam árvores, denominadas forófitos,
sem, contudo, parasitá-las.
Segundo a bióloga Marina Melo Duarte, pesquisadora no programa de
Pós-Graduação em Recursos Florestais da Esalq, a inserção dessa forma de
vida em uma floresta é de grande importância para que ela recupere os
processos ecológicos. “Além de serem capazes de fornecer microambientes e
recursos como flores e frutos e armazenar água, as epífitas atuam na
ciclagem de nutrientes. Contribuem, enfim, para o aumento de
heterogeneidade de um ecossistema.”
No cenário mundial atual, mesmo com crescente preocupação ambiental, é
possível observar que desmatamentos ainda ocorrem em taxas elevadas,
reduzindo a cobertura florestal. Ainda que possa ser diminuído por
diversos mecanismos, esse problema tende a permanecer, já que ele é
necessário para que ocorram obras de infraestrutura e de outros
interesses. A cada ano, mais de 500 hectares de florestas, em diferentes
estágios de regeneração, são legalmente desmatados no Estado de São
Paulo.
“A supressão vegetal, dentro de certas limitações, é permitida por lei.
Apesar de não fazer com que uma floresta retorne exatamente ao que era
no passado, a restauração ecológica pode contribuir para reduzir a
agravante perda de cobertura vegetal no planeta”, comenta a
pesquisadora.
Transplante viável
No Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF), a bióloga
analisou duas florestas com 13 e 23 anos de processo de restauração,
localizadas nas cidades de Santa Bárbara D’Oeste e Iracemápolis, ambas
em São Paulo, respectivamente. “Os transplantes de epífitas foram
considerados viáveis, especialmente quando realizados em estação chuvosa
e utilizando-se barbante de sisal junto a fibras de palmeiras para
fixar essas plantas nos trocos das árvores (forófitos). As taxas de
sobrevivência das seis diferentes espécies, um ano após o transplante,
quando ele foi realizado em estação úmida, variaram entre 63% e 100% das
epífitas transferidas”, conta a pesquisadora.
Segundo Marina, a restauração florestal é comumente realizada pela
inserção apenas de unidades de árvores em uma área. O chamado
“enriquecimento com diferentes formas de vida” é, na maioria das vezes,
fundamental ao desenvolvimento de florestas durante o processo de
restauração. “Em paisagens fragmentadas devido às atividades humanas,
existe uma perda considerável de diversidade biológica. Nesses locais, a
dispersão natural é limitada, sendo necessárias intervenções para dar
continuidade aos processos ecológicos fundamentais à permanência da
floresta ao longo do tempo”, afirma.
Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp) e orientação do professor Sergius Gandolfi, do Departamento de
Ciências Biológicas (LCB), o estudo avaliou a possibilidade de
transferência de epífitas, com a proposta de aproveitar o material que
pode ser retirado de florestas a serem suprimidas, a partir desse
desmatamento inevitável, e empregá-lo no processo de restauração
ecológica. Foram analisados os transplantes de 360 unidades de seis
espécies de epífitas, pertencentes às famílias Bromeliaceae, Cactaceae e
Orchidaceae, para posições diferentes (tronco ou forquilha) de 60
unidades de forófitos que apresentavam distintos padrões de perda foliar
e rugosidades de casca.
A pesquisadora afirma que há raríssimos trabalhos envolvendo
transplantes de epífitas em florestas durante processo de restauração.
“A inserção dessa forma de vida a uma floresta é de grande importância
para que ela recupere processos ecológicos, sendo fundamental para que
ela retorne à sua trajetória ecológica. É um dos trabalhos pioneiros no
que se refere ao enriquecimento de florestas em restauração com
diferentes formas de vida”, conclui.
Imagem: Marina Melo Duarte
Matéria de Raiza Tronquin, da Esalq / Agência USP de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 13/06/2013
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sábado, 8 de junho de 2013
Como Cuidar de Orquídeas - Aprenda a tirar muda
A jornalista Carol Costa explica o que são keikis e mostra como tirar mudas de uma orquídea Dendrobium. Aprenda também a esterelizar corretamente os instrumentos de jardinagem, para não passar doenças, fungos ou bactérias de uma planta para outra. Para mais dicas simples e práticas sobre orquídeas, acesse o portal Minhas Plantas (http://www.minhasplantas.com.br).
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Quintal Di Casa: ORQUÍDEAS...COMO CULTIVÁ-LAS EM TRONCO DE ÁRVORES?...
Quintal Di Casa: ORQUÍDEAS...COMO CULTIVÁ-LAS EM TRONCO DE ÁRVORES?...:
Queridos...a alguns dias atrás um leitor deixou um comentário aqui no
blog, perguntando qual seria e melhor forma de cultivar orquídea...
domingo, 13 de abril de 2014
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Garoto de 4 anos ensina a por orquídea na árvore (+playlist)
Cultivar uma orquídea em árvore é uma boa maneira de enfeitar a casa com plantas sem precisar de muito paparico - nos primeiros meses, você vai regá-la mais vezes, mas, com o tempo, as raízes novas surgem e a orquídea quase não precisa de cuidados. A jardineira Carol Costa, do site Minhas Plantas, convidou o pequeno Fabricio para mostrar como é fácil prender uma Phalaenopsis num galho. Quem sabe agora o pessoal nos supermercados e floriculturas para de jogar planta no lixo e começa a doar para que elas enfeitem ruas e praças da cidade? Mais vídeos e informações sobre orquídeas em http://www.minhasplantas.com.br.
terça-feira, 7 de maio de 2013
A adubação foliar é um processo de nutrição complementar à adubação via solo
A adubação foliar é um processo de nutrição complementar à adubação
via solo, acrescentando inclusive que deve haver a preocupação em
aplicar adubos de solo que forneçam macro e micronutrientes.
http://www.jardineiro.net/adubacao-foliar.html
Este tipo de adubação é mais comumente utilizado na agricultura, em
produções como as de arroz, café, soja, laranja, entre outros. Já para
as plantas ornamentais, aquelas que se utilizam em paisagismo, o uso se
restringe a algumas espécies de bromélias e orquídeas.
De qualquer maneira, é imprescindível que seja feita uma consulta
detalhada com profissional especializado, o qual poderá indicar a melhor
solução para cada caso. As principais vantagens da adubação foliar são:
- Os nutrientes aplicados via foliar são rapidamente absorvidos pelas folhas das plantas, corrigindo as deficiências ou evitando que as mesmas se manifestem – as plantas absorvem cerca de 90% do adubo, sendo que uns elementos são mais assimiláveis que outros, enquanto isso, o adubo colocado no substrato perde cerca de 50% de sua eficiência – minutos após a aplicação do adubo, ele completa uma primeira fase de absorção e no fim de algumas horas chega às raízes.
- Aumenta o aproveitamento dos adubos colocados no solo, principalmente os NPK, pois as plantas terão maior capacidade de absorção.
- Pode-se aplicar o nutriente específico na fase em que a planta apresentar maior demanda deste, isto é, nos momentos mais críticos.
- Estimula o metabolismo vegetal devido à rápida absorção e utilização dos nutrientes, o que proporciona estímulo na formação de aminoácidos, proteínas, clorofila, etc.
Na aplicação das soluções para este fim, é importante observar o PH
(acidez/alcalinidade), pois as plantas só absorvem os nutrientes numa
estreita faixa de PH e esses valores irão variar dentro de certos
limites de acordo com cada espécie vegetal.
Como é o mecanismo de absorção? Os estômatos (as estruturas que
compõe a camada superficial das folhas) são os responsáveis pela maior
parte da absorção dos nutrientes, mas a própria cutícula que recobre as
folhas, quando hidratada, permite a passagem dos nutrientes; ela é
permeável à água e às soluções de adubo.
Para melhorar as condições de absorção das folhas, costuma-se
adicionar às soluções nutritivas substâncias denominadas agentes
umectantes, que pela sua ação adesiva, impedem que a solução escorra por
ação da gravidade, e por sua ação umectante dificultam a evaporação da
água, mantendo os nutrientes mais tempo em contato com a superfície
foliar. A concentração da solução depende da tolerância de cada planta, e
não devem ser aplicadas nas horas mais quentes do dia (entre 9 e 16
horas).
Algumas pessoas argumentam que a adubação foliar é muito cara, no
entanto, deve-se lembrar que ela deve ser complementar, sendo que as
quantidades utilizadas são pequenas. E mais, observe que a escolha do
adubo é muito importante, pois alguns elementos utilizados de maneira
errada podem queimar as plantas. Fique atento!
Texto: Patrícia Siqueira Cosignanihttp://www.jardineiro.net/adubacao-foliar.html
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Em defesa do aguapé
Purificando
a água, o aguapé contribui para a sua reoxigenação. Ele faz
gratuitamente este trabalho. É apenas lógico que alguns o considerem
subversivo.
Dupla surpresa me causou a leitura de um artigo de jornal, assinado por
um professor de botânica. Surpresa agradável pela coragem que o
professor demonstra ao denunciar a tecnobur(r)ocracia que é a desgraça
deste sofrido País, desagradável na demonstração de pensamento
reducionista. Não esperava uma afirmação tão ecologicamente absurda como
esta: "o aguapé causa total desequilíbrio ecológico onde quer que
apareça".
Já estou vendo os tecnocratas em campanha de erradiacação do aguapé,
aplicando herbicidas, provavelmente 2,4-D, nos corpos d'água. Aliás,
pelas informações que tenho, isto já foi várias vezes feito em represas
de São Paulo. Sei dos desastres ecológicos causados pelo combate ao
aguapé no Sudão. Os resultados são os piores possíveis. O aguapé morto
acaba indo ao fundo. Ali agrava os problemas da poluição. Sua
decomposição consome ainda mais oxigênio do que já é consumido pela
carga poluente. Longe de constituir desequilíbrio ecológico, a
proliferação violenta do aguapé em água poluída tende, justamente, a
eliminar a causa do desequilíbrio. Purificando a água, ele contribui
para a sua reoxigenação.
As altas cargas orgânicas provenientes dos esgotos domésticos aumentam o
que os sanitaristas chamam DBO, ou seja, a demanda biológica de
oxigênio. Trata-se do consumo de oxigênio requerido pelas bactérias que
fazem a decomposição da matéria orgânica. Um DBO elevado acaba matando
todos os organismos que precisam de oxigênio, desde o protozoário até o
peixe. No estágio final de uma elevada poluição orgânica sobram apenas
bactérias anaeróbias, bactérias que vivem em condições de ausência de
oxigênio. Estas bactérias produzem substâncias tóxicas e gases
mal-cheirosos.
Nos estágios secundários das estações de tratamento de esgotos, quando
concebidas em esquema tecnocrático, o efluente costuma ser violentamente
agitado, ou se faz injeção de ar para que surja o "lodo ativado" que
está constituído de bactérias aeróbias, bactérias que só proliferam na
presença de oxigênio, de algas e de protozoários. Estas instalações são
extremamente caras e as potentes máquinas de agitação ou injeção de ar
têm enorme consumo de energia. Ora, o aguapé faz gratuitamente este
trabalho. É apenas lógico que alguns o considerem subversivo, assim como
para outros são subversivas as bactérias que, num solo vivo, fixam
gratuitamente o nitrogênio no ar. A tecnocracia prefere fixar este
nitrogênio com imensos gastos de energia, em suas gigantescas usinas de
síntese do amoníaco, para vendê-lo a preço de ouro ao agricultor, em vez
de ensinar-lhe como manejar ecologicamente o solo e fazer as bactérias
trabalharem para ele.
Voltando ao aguapé, ele propicia em suas raízes a proliferação de toda
uma comunidade viva, constituída de bactérias aeróbias, algas,
protozoários ou pequenos crustáceos e larvas de insetos ou moluscos, que
fazem trabalho equivalente ao do lodo ativado das estações secundárias
convencionais. Ele vai além, ele faz também o serviço das estações
terciárias que, em geral, não são implantadas devido a seu alto custo.
Além de absorver diretamente parte da matéria orgânica solúvel, o aguapé
absorve os sais minerais resultantes da decomposição da matéria
orgânica pela microvida que ele abriga.
Aqueles que consideram o aguapé como uma praga queixam-se de sua rápida
proliferação. Mal sabem eles que em águas puras ele não tem vez, não
consegue crescer, fica parado. Nos rios de águas claras e nos rios de
águas negras do Amazonas o aguapé não prolifera como o faz nos rios da
Flórida, Mississipi, Louisiana ou em nossos rios poluídos. No Amazonas
ele só cresce com força nos rios barrentos, como o Solimões. Conheço
banhados bem equilibrados onde ele mal sobrevive; noutros, bem poluídos,
ele cobre tudo. Em minhas lagoas de purificação de esgotos, no verão,
ele consegue crescer até oito por cento ao dia. Não há planta mais
eficiente que o aguapé em aproveitamento de energia solar e nutrientes.
Mas é nisso que está sua grande utilidade. Sua taxa de crescimento é
indicação biológica do grau de poluição. Ele é um termômetro de
poluição, ao mesmo tempo em que constitui magnífico instrumento para
purificação de águas.
Se a proliferação do aguapé constitui problema, a solução não está na simples eliminação ou não introdução, está no manejo.
Pessoalmente,
há mais de dez anos venho trabalhando com plantas aquáticas. O aguapé
comum, a Eichhornia crassipes, é apenas uma entre dúzias de plantas
extremamente interessantes. Aqui no Sul, em nosso clima subtropical, a
Eichhornia não cresce no inverno, quando as temperaturas baixam de 20
graus. Para trabalho intensivo em lagoa de purificação pode-se usar
outras espécies, nativas da região, como algumas Heterântheras,
Hidrocótiles ou Enhydras, ou mesmo Pistias e Salvínias. Para efeitos
especiais, pode-se introduzir plantas menores, como Lemnas, Spirodela e
mesmo Wolffias. Estas últimas são indicadores biológicos mais precisos
que a Eichhornia. A presença ou ausência destas plantas aquáticas
minúsculas em certas partes das lagoas me dizem mais sobre a qualidade
da água do que muita análise. Os melhores resultados se obtém com
consorciações, não com monoculturas de plantas aquáticas.
Por isso, onde posso, trabalho com banhados naturais. Em Pelotas, numa
fábrica de óleo de soja, há quatro anos funciona um esquema de
purificação do efluente em um pequeno banhado natural. Havia e continua
havendo mais de 50 espécies de plantas aquáticas. Pouco a pouco, a
comunidade vai se estratificando dentro do lago, ficando cada espécie
naquela parte do lago em que a qualidade da água mais corresponde às
suas exigências. O aspecto mais gratificante neste tipo de trabalho é
ver como aumenta a fauna aquática: sapos, rãs, pererecas, cobras,
peixes, aves e mamíferos. Iniciamos outro esquema, também em Pelotas, há
pouco tempo: desta vez, trata-se de purificar os efluentes cloacais de
todo um bairro, ainda em banhado natural.
É claro que uma purificação eficiente só se consegue em lagoas ou
banhados bem dimensionados e manejados. Mas isso não quer dizer que seja
desprezível o efeito benéfico do aguapé que prolifera livremente em
rios e lagos poluídos. Também nesses casos o aguapé pode ser manejado
para não chegar a ser "praga". O excesso deve ser colhido
sistematicamente, para manter constante a área coberta. Também se pode
mantê-lo afastado de pontos sensíveis, como turbinas, bastando fazer
barreiras flutuantes. Nunca se deve deixar que prolifere a ponto de
cobrir completamente um corpo d'água. Quando ele se aperta demais, parte
da massa vegetal afunda e temos o efeito que mencionamos anteriormente.
E o que fazer com a biomassa colhida?
Num país com tantos solos exaurido, desestruturados, sem vida, sem
húmus, erodidos, nada melhor do que este tipo de biomassa. Só a falta de
imaginação limita seu uso.
O
aguapé pode ser aplicado, simplesmente, como cobertura orgânica morta
(mulching), em pomares, vinhedos, hortas, jardins e praças. Aliás, em
São Paulo, por que não usar o "desfrute" do aguapé da Billings para
recultivar algumas das grandes e feias chagas de terraplenagem
especialmente ao longo das estradas, ou nos terrenos dos BNHs que hoje,
não sei por qual perversão mental de seus planejadores e arquitetos, só
se levantam depois que maquinária pesada tiver transformado a terra em
paisagem lunar.
A biomassa colhida permite também fazer um excelente composto, um dos
melhores. O material se decompõe rapidamente, devido a seu alto conteúdo
de água, e forma medas bem arejadas, que não precisam ser revolvidas
até amadurecerem, O composto resultante é rico também em macro e
micronutrientes.
Em floricultura descobri que aguapé seco e compactado, especialmente
quando se trata das variedades gigantes da Salvínia, é excelente
substrato para orquídeas. Muito melhor que o xaxim - e o crime que hoje
se comete com o xaxim é gritante.
Mas muitas das espécies aquáticas, entre elas a Eichhornia, a
Heteranthera, a Enhydra, são boa forragem. O caboclo na Amazônia, que
vive em casas flutuantes nas margens dos rios, costuma colher Eichornia
para seus porcos. Muares também aceitam muito bem esta planta. A vaca
gosta muito da Enhydra, mas só aceita a Eichhornia se for seca, picada e
introduzida na ração. Mas o búfalo gosta do aguapé. O porco também
gosta da Heteranthera.
Na
China faz-se um bom papel de Eichhornia. Sua celulose está livre de
lignina. Uma fábrica de celulose de aguapé não teria o problema da
poluição com a lixívia negra. Ao separar a celulose, sobra proteína,
mais de 20% da massa seca. As fábricas de celulose deveriam investigar
esta planta. Enquanto que numa monocultura de eucalipto, em condições
propícias, a produção de biomassa dificilmente alcança 30 toneladas /
hectare/ ano, a Eichhornia, em clima tropical e em água bem poluída,
pode facilmente produzir entre 150 a 300 to/ha/ano, em base de matéria
seca, com mais uma vantagem: a primeira colheira no eucalipto se faz aos
sete ou oito anos, na Eichhornia podemos começar a colher em dois ou
três meses. A celulose seria subproduto da purificação de águas cloacais
ou efluentes industriais, como os de laticínios, frigoríficos e alguns
outros. Esta purificação por si só já justifica o custo das lagoas.
Há os que propõem utilizar o aguapé para retirar metais pesados de águas
poluídas. De fato, o aguapé pode retirar metais da água. Mas este é
outro enfoque reducionista, é varrer lixo para baixo do tapete. Os
metais devem ser retidos na fonte, na própria fábrica. No caso do cromo,
em curtumes, por exemplo, a reciclagem na fonte significa renda
adicional. A instalação se paga em poucos meses. Se usarmos o aguapé
para captar metais pesados, o que fazer com a biomassa colhida? Ela
estará contaminada. Teremos de levá-la para um aterro "sanitário". Que
absurdo!
Quem sabe, a atual crise nos faça repensar muita coisa. Por que não
trabalhar com a Natureza, em vez de combatê-la sempre? Quanto emprego
estaríamos criando. Quanto jovem biólogo, agrônomo, engenheiro, químico,
teria trabalho fascinante pela frente. Que pena que estejamos fechando
horizontes, quando o que precisamos é abri-los.
José Lutzenberger
Ecologia - Do Jardim ao Poder. L&PM Editores Ltda. Porto Alegre 1985
Texto recopiado em 1998 por Carla, secretária de Claudia Steiner (Fundação Gaia de Manaus)
quarta-feira, 16 de junho de 2010
FLORES COMESTÍVEIS
Que tal servir flores no jantar?
Espécies comestíveis como a capuchinha, o amor-perfeito, o hibisco, a calêndula, o borago e a rosa são cada vez mais usadas no preparo de saladas ou pratos quentes
Texto Janice Kiss
Fotos Leo Drumond
Ilustrações Filipe Borin
Espécies comestíveis como a capuchinha, o amor-perfeito, o hibisco, a calêndula, o borago e a rosa são cada vez mais usadas no preparo de saladas ou pratos quentes
Texto Janice Kiss
Fotos Leo Drumond
Ilustrações Filipe Borin
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alexandre e alana
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quarta-feira, junho 16, 2010
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