Mostrando postagens com marcador adubação verde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador adubação verde. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Como plantar berinjela

Fonte: blog plantei

      Originária da Índia, a berinjela (Solanum melongena) é cultivada há milhares de anos.
      Com plantas que podem atingir de 40 cm a mais de dois metros de altura e frutos de diversos tamanhos, formatos e cores, dispõe de um grande número de cultivares. Ainda assim os mais cultivados são os de frutos roxo-escuros. Este fruto, é a única parte comestível da planta, pois as folhas e flores contêm o alcaloide tóxico solanina.
      É preciso se orientar quanto a alguns fatores determinantes para o bom desenvolvimento da planta.
Sobre o clima
      A berinjela é uma planta tropical, sendo assim necessita de temperaturas acima de 21°C para se desenvolver bem. Nos estados e regiões de temperaturas elevadas, a planta pode ser cultivada o ano todo. Já nas regiões onde o inverno apresente baixas temperaturas, deve ser cultivada apenas nos meses mais quentes do ano.
      Caso more em regiões onde a temperatura costume cair abaixo dos 18°C durante o período de cultivo, é recomendado o cultivo em estufa.
      Também é importante lembrar que chuvas durante o período de floração podem prejudicar a polinização e afetar a produtividade.
Sobre a luminosidade
      A planta necessita de alta luminosidade para seu bom desenvolvimento. Algumas horas diárias de luz solar direta são o necessário para uma boa produtividade.
Sobre o solo
      Deve ser bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica, com boa disponibilidade de nitrogênio e pH entre 5,5 e 6,8.
Sobre a irrigação
      Deve ser realizada com frequência, de modo a manter o solo sempre úmido mas nunca encharcado.
berinjela-1
O plantio da berinjela
      As sementes devem ser semeadas na superfície do solo, cobertas apenas com uma leve camada de terra peneirada ou serragem fina.
      Normalmente as sementes são semeadas em copinhos de papel, sementeiras ou saquinhos plásticos e transferidas quando atingem de 8 cm a 10 cm de altura. A germinação ocorre em uma ou duas semanas.
      O espaçamento varia com o porte da planta e o clima da região (deve ser maior em regiões mais quentes e um pouco menor em regiões de clima mais ameno), podendo variar de 60 cm a 1 metro entre as linhas de plantio e de 50 cm a 1 metro entre as plantas.
      Também é possível cultivar as espécies mais comuns deberinjela em vasos grandes mas os cultivares de pequeno porte são mais indicados para esse tipo de cultivo.
      Dependendo do tamanho dos frutos, a planta pode precisar de tutoramento para que seus ramos não tombem. Uma forma de fazer isso, é amarrar cuidadosamente estacas verticais ou ainda utilizar suportes circulares de arame. Aqueles que são apropriador para esta função.
      Deve-se prestar a atenção quanto a ervas invasoras que possam vir a concorrer por recursos e nutrientes. É necessário retira-las, sempre.
Chegamos então a parte mais esperada: a colheita
      A colheita das berinjelas inicia-se de três a seis meses após o plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo. Os frutos são colhidos quando estão bem desenvolvidos, lustrosos, lisos e com cor brilhante, antes de se tornarem opacos e começarem a enrugar, ocasião em que suas sementes começam a endurecer e a escurecer.
      É importante manusear com muito cuidados os frutos para não sofrerem ferimentos que podem acelerar sua deterioração.
       A berinjela é uma planta perene de vida curta em regiões de clima quente e pode produzir por alguns, embora a produção seja maior no primeiro ano. No entanto, é cultivada como anual.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

As leguminosas por fora e por dentro. Como funciona a adubação verde.

As plantas leguminosas, recentemente classificadas pelos botânicos como fabáceas, são espécies fundamentais, quer pelo seu valor nutritivo (saiba mais), quer pela fixação biológica do nitrogênio em simbiose com a bactéria do género Rhizobium.

produção agrícola e a agricultura biológica (saiba mais) em particular devem fomentar este mecanismo natural como alternativa à síntese química de amoníaco no fabrico de adubo nitrogenado, uma reação que consome muita energia e que torna o "nitrogênio do saco” o fator de produção agrícola mais dispendioso em energia e mais poluente, com muitas emissões de gases com efeito de estufa. Recentemente chegou-se à conclusão que o fabrico de adubos químicos (azotados e outros) tem uma emissão de gases poluentes quase tão grande como as dos combustíveis nos diversos transportes com motores de combustão.

Figura 1 – Fava-ratinha ou faveta (Vicia faba var. minor), semeada para adubação verde (Ferreira do Zêzere, Outubro 2015)
cultura de leguminosas pratica-se pelo menos desde a antiguidade egípcia e desde então que se reconhece que estas plantas melhoram o solo. O grego Teofrasto escreveu que as leguminosas tinham "um carácter regenerador do solo mesmo semeadas bastas e produzindo muito fruto”.

Mas só em 1886 Hellriegel e Wilfarth demonstram que as leguminosas noduladas fixam nitrogênio, ou melhor que as bactérias rizóbio presentes no interior dos nódulos transformam nitrogênio gasoso em amónio (N2 + 3H2 -> 2NH3). É um processo com resultado semelhante ao da fábrica de amoníaco (saiba mais), mas em que a fonte de energia é mais limpa – os açúcares produzidos pela planta através da fotossíntese. Na produção industrial, para transformar a molécula gasosa de N2 em amoníaco, é preciso uma temperatura da ordem dos 500ºC e uma pressão de 200 a 400 atmosferas. Já na fixação biológica a enzima nitrogenase(identificada e isolada em 1966) presente na bactéria, faz o mesmo à temperatura e pressão ambiente.

Existem diferentes espécies de rizóbio que fazem simbiose com diferentes espécies de leguminosas, produzindo nódulos na raiz também diferentes (fig. 2 e 3) e que não devem ser confundidos com as galhas provocadas por nemátodos, que são doença.

Nos chícharos (género Lathyrus), ervilhas (gén. Pisum), ervilhacas e favas (gén. Vicia),lentilhas (gén. Lens), o rizóbio é a espécie Rhizobium leguminosarum bv.Viceae, que é das maiseficientes a fixar azoto. É por isso que quando semeamos estas plantas não precisamos nem devemos aplicar adubo azotado (saiba mais), seja químico seja orgânico, pois se o fizermos, para além de estarmos a aumentar os custos da produção, reduzimos a fixação biológica de azoto. É também por isso que quando enterramos as plantas na sua floração para adubar uma cultura seguinte, já não precisamos de aplicar estrume (saiba mais), pois estamos a fazer uma "estrumação” verde, também chamada de adubo verde ou sideração.


Figura 2 – Nódulos de rizóbio em fava, brancos por fora e avermelhados por dentro, sinal de funcionamento do mecanismo de fixação de N, uma fábrica natural de adubo (Reguengos de Monsaraz, Maio 2011).

rizóbio da figura 3 é doutra espécie (Bradyrhizobium spp.) um pouco menos eficiente que o anterior mas melhor adaptado a solos ácidos e arenosos, onde a tremocilha cresce melhor que a fava ou a ervilhaca.

É também pela fixação biológica que se produz o azoto que vai formar as proteínas na planta e em especial nas sementes, algumas delas com possível uso na alimentação humana.

Desta forma, a natureza, e o homem com um cultivo mais ecológico, produzem alimentos mais proteicos que a carne, com muito menor consumo de recuros naturais (solo, água) e de baixo impacte ambiental.

Figura 3 – Interior dos nódulos de rizóbio em planta de tremocilha (Lupinus luteus) com uma coloração avermelhada, sinal de boa atividade fixadora de azoto (Évora, Abril 2009)

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A adubação verde é usada para recuperar solos

Extráido do blog pomar doméstico

Feijão Guandú
O Cajanus cajan (L) Hunth é uma leguminosa originária da África Tropical, arbustiva, de flor amarela e folhas trifoliadas. Prefere climas quentes e úmidos; vegeta e produz bem em vários tipos de solo, não sendo exigente em fertilidade.
A adubação verde é usada para recuperar solos com baixa fertilidade. Essa técnica consiste na rotação ou no plantio consorciado de culturas. É feita sem nenhum outro tipo de adubação. Planta-se espécies vegetais específicas, que  são roçadas e depois incorporadas à superfície do terreno. O importante é que a terra não fique sem cobertura vegetal. O ideal é usar o plantio consorciado, ou seja, plantar em conjunto com a planta da cultura principal uma espécie cujas características sejam:
– plantio  simples, através de sementes;
– plantas cujas raízes atinjam camadas diferentes do solo.

No pomar, pode-se plantar junto com as frutíferas o feijão Guandu, que é uma planta subsoladora e que também pode ser consorciada com a banana e o milho.

O uso da adubação verde beneficia a terra em função da ação de suas raízes, que ajudam na formação de numerosos canais por onde passam o ar e a agua. As leguminosas apresentam pequenos nódulos nas raizes que tem o  importante papel de retirar o nitrogênio do ar e transformá-lo em alimento para as plantas .
COMO PLANTAR
GuanduPlantio: início das chuvas
Colheita: fim da estação seca. A massa a ser incorporada ao solo deve ser cortada quando começar a formação das primeiras vagens.
Mucuna-PretaPlantio: início das chuvas
Colheita: inicio da formação das primeiras vagens.
Mucuna-AnãSemeadura: Início das chuvas, com espaçamento de 50 cm entre linhas, plantando 10 sementes por metro linear.
Colheita: inicio da formação das primeiras vagens.
CrotaláriaSemeadura: Início das chuvas, com espaçamento de 50 cm entre linhas, plantando 30 sementes por metro linear.
Colheita: Fim das chuvas.
TremôçoSemeadura: Depois do início das chuvas, com espaçamento de 50 x 20 cm entre linhas, semeando nas entrelinhas de culturas como o milho, a cada 20 cm.
Colheita: A ramagem deve ser ceifada com rolo-faca logo após o florescimento.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Tremoço

O tremoço é uma leguminosa da mesma família da ervilha e da fava e bastante rico nutricionalmente: possui três vezes mais proteínas e duas vezes mais fósforo do que o leite de vaca, uma quantidade elevada de cálcio, vitaminas E e do complexo B, fósforo, potássio, ácidos gordos insaturados (ómega 3 e 6), ferro e fibras. Em regra, a composição nutricional é a seguinte: 36 a 52% de proteína, 5 a 20% de gordura, 30 a 40% de fibra alimentar.

No que diz respeito à gordura, a sua composição é, na sua grande maioria, ácido oleico e linoleico (gordura presente no azeite), constituindo 86% da gordura total. Acresce que o tremoço possui três vezes mais fibra do que a aveia e o trigo e, dessa fibra, a sua grande maioria tem a capacidade de reter o colesterol LDL no intestino e facilitar a sua eliminação nas fezes. O teor em amido também é reduzido, o que explica o papel deste alimento no controlo do índice glicémico (teor de açúcar no sangue) e consequentemente, na redução da incidência da obesidade na população; também é um alimento indicado para quem sofre de problemas ósseos e reduz o apetite. Além disso, as suas propriedades emolientes, diuréticas e cicatrizantes favorecem a renovação das células.

Todavia, desde há cerca de três mil anos atrás, o tremoço tem igualmente outras aplicações: a farinha de tremoço é utilizada na produção de bolachas, pão, biscoitos, massas; alimentação para animais não-humanos; indústria farmacêutica; melhoramento dos solos (é denominado “adubo verde” pois evita a utilização de adubos convencionais e prepara os solos em particular para o cultivo do milho, melão e trigo), etc.

Em 2005, a produção mundial de tremoço foi de 1,2 milhões de toneladas (FAO, 2005), das quais Portugal produziu onze toneladas. O maior produtor mundial de tremoço, que se pode cultivar desde o fim do Outono até ao início de Verão, é a Austrália com cerca de 82% do total, seguida do Chile (6%), Federação Russa (3%), a Polónia (2%) e França (2%).
Resultado de imagem para plantação de tremoço

O grão seco é tóxico - contém a substância alcalóide lupanina que lhe confere um sabor amargo. Só depois de cozido e demolhado em água salgada se torna comestível e um aperitivo bastante apreciado no nosso país especialmente no Verão em cafés e esplanadas típicos, geralmente acompanhados por cerveja e apelidado “marisco dos pobres”. Os tremoços têm, em média, 1/6 das calorias, por peso em relação a outros aperitivos como amendoins ou batatas fritas. O único senão é o sal que lhe é acrescentado, mas isso pode ser corrigido lavando bem os tremoços ou demolhando-os.

São comummente consumidos como aperitivos também na América Latina e outros países da Bacia do Mediterrâneo para além de Portugal, onde em 2009 se realizou a VI Feira do Tremoço em Cadima, freguesia pertencente a Cantanhede. Desde 1980 existe a International Lupin Association, fundada no Peru e dedicada a representar o interesse biológico e agrícola desta leguminosa.

Para os vegetarianos, o tremoço apresenta-se como mais uma leguminosa de opção, aumentado o leque de escolha dos fornecedores de proteína de alto valor biológico na dieta humana.

Resultado de imagem para plantação de tremoço
Em casa podem preparar-se da seguinte forma: comprar os “feijões” de tremoço secos (em mercearias tradicionais, como por exemplo na Casa Chinesa situada na Baixa da cidade do Porto) e colocá-los de molho em água de um dia para o outro. Depois fervem-se numa nova água durante vinte minutos. Arrefecendo, colocam-se num alguidar em água limpa que deve ser mudada duas a três vezes por dia durante cinco ou mais dias. Quando já não estiverem amargos podem ser conservados durante bastante tempo (no frigorífico) em água temperada com sal regularmente renovada e, opcionalmente, adicionando-lhes alho e/ou ervas aromáticas tais como orégano ou louro.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

SPDH - Plantio direto em hortaliças



Sistema de plantio direto em hortaliças aumenta a produtividade, reduz custos e

 protege os recursos naturais. Conheça a experiência desenvolvida em Ituporanga SC.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Pó de basalto adubando sua lavoura ou pomar, substituindo adubação industrial (NPK)



UTILIZAÇÃO DE PÓ BASALTO COMO SUBSTITUTO A ADUBAÇÃO QUÍMICA NO PLANTIO DE SOJA

 RESUMO Com a finalidade de testar o pó de basalto como alternativa a adubação NPK, foi instalado em junho de 2004 um experimento no município de Paulo Frontin - PR. A cultura testada foi a soja, sendo esta plantada posteriormente ao cultivo de adubação verde. Os tratamentos aplicados foram: testemunha; 0,5 kg/m² de pó de basalto; 2 kg/m² de pó de basalto e NPK (2-20-20). As avaliações realizadas incluíram análises de solo, nutrientes e peso seco das sementes de soja. Os resultados evidenciam a possibilidade da utilização do pó de basalto como matéria-prima alternativa à adubação NPK, principalmente porque possibilita a elevação do pH, e disponibiliza os nutrientes de forma gradativa.

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...