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quinta-feira, 23 de março de 2023

Alimentação de aves coloniais com batata-doce



A produção de ração no país cresceu de forma expressiva nos últimos 15 anos. Um crescimento médio em torno de 7,4%. A base da formulação da ração convencional tem como componente energético o milho. Em busca de aproveitar resíduos  disponíveis nas propriedades rurais para garantir maior agregação de valor à agricultura familiar, a Embrapa Clima Temperado(Pelotas-RS) está indicando o uso da ração a base de farinha de batata-doce, especialmente, na criação de frangos coloniais.
Trocar o milho por batata-doce é a estratégia para diminuir custos para o produtor, ter maior renda de produção, simplificar a oferta de alimento às aves, facilitar o manejo e contribuir com a preservação do meio ambiente. “Estamos trabalhando com o sistema colonial de produção de frangos, abatidos após 85 dias, onde a ração das aves deve ser adaptada à idade do animal. Toda a ração deve fornecer energia (por exemplo, milho ou batata-doce), proteína (por exemplo, farelo de soja ou girassol ou farinha de folhas de mandioca), vitaminas, minerais e aminoácidos essenciais”, esclarece João Pedro Zabaleta, pesquisador responsável pelo projeto de pesquisa com aves coloniais.

A cultura da batata-doce
A lavoura de batata-doce é tradicional na agricultura familiar no Brasil e no Estado. Em tempo curto, produz-se grande quantidade da raiz. Possui manejo simples e é facilmente produzida na propriedade.
Uma das dificuldades na produção da batata-doce para o produtor está na necessidade de melhorar a qualidade de suas mudas. “ Há uma baixa qualidade nas mudas, elas são atacadas por viroses, o que prejudica a sua produtividade”, chama a atenção João Pedro Zabaleta.

A ração
A ração a base de batata-doce para aves é viável pelo fato de que o produtor comercializa a parte nobre da batata-doce ( as de tamanho médio e de melhor aspecto visual) para o consumo humano e os resíduos que ficam na lavoura transformam-se em farinha, que adicionada a uma formulação adequada (vitaminas, minerais, proteínas e aminoácidos) é oferecida às aves. “O resíduo é transformado em energia, ou seja, em carnes e ovos, com custo muito baixo, está se aproveitando o que se tornaria lixo”, adverte o pesquisador João Pedro Zabaleta.
Essa farinha passa por um processo de trituração, secagem ao sol, moagem e  embalagem (em sacos plásticos), que possuem uma durabilidade de até dois anos.
 Nas lavouras de batata-doce da região estudada, região Central do Estado do RS, sobram em termos de resíduos cerca de 7 a 10 toneladas.

Benefícios econômicos, sociais e ambientais
Para o agricultor familiar que cultiva batata-doce o uso dos resíduos  é mais conveniente que a aquisição de milho, ou mesmo do plantio do milho. A sua utilização permite que o produtor tenha maior renda e ainda diversifica a oferta de alimentospara os consumidores, através da produção de frangos coloniais.
Além disso, ganhos ambientais  também são destacados como a diminuição da viagem dos insumos (o milho), menor aplicação de agroquímicos e aproveitamento do produto em toda sua potencialidade (resíduos da batata-doce).

“O agricultor passa a ter também maior autonomia sobre sua produção”, conclui João Pedro Zabaleta.
Saiba mais sobre este assunto, ouvindo O Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

2011/08/22
15'
Cristiane Betemps-MTb 7418-RS
Email: Cristiane.betemps@cpact.embrapa.br
Telefone: (053) 3275-8206
Embrapa Clima Temperado
Colaborador URL

Embrapa Info

terça-feira, 19 de maio de 2020

Cerratinga: Agricultores familiares lançam loja virtual com produtos do Cerrado e da Caatinga!!!


Agricultores familiares lançam loja virtual com produtos do Cerrado e da Caatinga

Posted: 18 May 2020 01:40 PM PDT

Foto: Thomas Bauer

A loja virtual da Central do Cerrado reúne mais de 30 associações e cooperativas de diferentes pontos do país 

Baru, jatobá, pequi, umbu. Ingredientes regionais que simbolizam a biodiversidade encontrada nos sabores brasileiros. A safra do Cerrado e da Caatinga inspira agricultores que residem em alguns territórios desses biomas — Minas Gerais, Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Pará e Goiás — a beneficiarem produtos alimentícios e a produzirem artesanato com riqueza cultural que garante autonomia e renda.

Comunidades de agricultores familiares extrativistas protagonizam esse trabalho, que raramente ocupa as prateleiras dos supermercados. Juntas elas formam a Central do Cerrado: uma cooperativa formada por mais de 30 organizações comunitárias (entre cooperativas e associações) e funciona como uma ponte entre quem produz e quem consome. Em tempos de fortalecimento do serviço de entregas, a Central inaugura uma nova plataforma onde o internauta de qualquer lugar do país encontra mais de 200 itens e pode recebê-los sem sair de casa.

“Com a situação do COVID19 e isolamento social, muitas dessas comunidades tiveram o escoamento de sua produção comprometidos. A venda pela loja virtual é uma forma de escoar os produtos dessas comunidades e garantir renda para as famílias agroextrativistas. A comercialização ajuda a manter o Cerrado e Caatinga em pé, conservar a biodiversidade nativa, incentiva a permanência no campo, valoriza a cultura local e o modo de vida tradicional”, ressalta o secretário executivo da Central do Cerrado, Luis Roberto Carrazza.

As agroindústrias das comunidades de produtores da Central do Cerrado operam observando os cuidados básicos de distanciamento social, uso de máscaras, cuidados redobrados de higienização pessoal, esterilização das estruturas de equipamento e insumos: detalhes também observados pela equipe da Central do Cerrado no preparo e envio dos pedidos da loja virtual.

Produtos da sociobiodiversidade

Entre as opções de compra estão alimentos como farinhas especiais com destaque para o mesocarpo de babaçu (500g, R$ 15) da Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Esperantinópolis (Coopaesp) da comunidade tradicional das quebradeiras, de Esperantinópolis, no Maranhão; as farinha de buriti (1 kg, R$ 50) da cooperativa Grande Sertão de Montes Claros, Norte de Minas Gerais — além do flocão de milho não-transgênico (500g, R$ 7) (matéria-prima para o cuscuz nordestino) da Cooperativa Agropecuária Mista Regional de Irecê (Copirecê), de Irecê, na Bahia.

As castanhas brasileiras também ganham destaque no novo site, entre elas a castanha-de-baru da cooperativa Copabase (300g, R$35), super proteica e energética, um dos grandes ícones do Cerrado. Pouco utilizada pelos chefs de cozinha, a castanha-de-pequi (100g, R$15) também figura entre as oleaginosas oferecidas pela Central do Cerrado lado a lado da amêndoa de licuri torrada (100g, R$7), da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), também chamado de coquinho na Bahia e rico em proteínas. Na categoria bebidas a página apresenta o licor de pequi da marca familiar Savana Brasil (700ml, R$70) e a cerveja de coquinho azedo fruit beer (600ml, R$ 25)  da cooperativa Grande Sertão, de Montes Claros, Minas Gerais.

Além dos produtos, o internauta encontra informações sobre a origem social e territorial das comunidades produtoras. Entre os conteúdos da plataforma estão receitas, fichas técnicas e dicas de uso.

Saiba mais sobre a Central do Cerrado

A Central do Cerrado é uma cooperativa formada por diversas organizações comunitárias de agricultores familiares extrativistas do Cerrado e da Caatinga. Nossa missão é manter os modos de vida tradicionais e conservação dos territórios onde vivem esses povos a partir da comercialização de produtos desenvolvidos através do uso sustentável da biodiversidade nativa.

Entregas em todo o Brasil pelo site:
www.centraldocerrado.org.br

Conteúdo publicado no Cerratinga

sábado, 7 de setembro de 2019

Já comeu um hibisco? Ou Vinagreira?


Seu Dodô, agricultor agroecológico do Lami, oferece aos visitantes frutos de Hibiscos. Foto: Cíntia Barenho
por Cíntia Barenho
Andando pelo Brasil Rural Contemporâneo encontrei uma banca que chama atenção não só pelo que oferece, mas também pela simpatia de seus expositores.
Na banca do Salvador (mais conhecido como seu Dodô) e esposa, que são agricultores ecológicos do Lami (Porto Alegre/RS) há frutos de hibiscos comestíveis sendo vendidos e oferecidos para degustação. Uma planta que pode ser usada tanto como ornamental, como comestível.
Obviamente que experimentei tal iguaria, que tem gosto bem citríco/azedinho.
Segundo seu Dodô, dependendo do uso o nome desse fruto varia. Se for usado no chá é hibisco; se for usado na salada, chama-se azedinho; se fizermos suco, torna-se groselha e se transformarmos em conserva, vira vinagreira.

Semanalmente eles vendem na feira da José do Bonifácio, uma das feiras ecológicas de POA.
Segundo seu Dodô a planta veio da Ásia e segundo contam as sementes vieram escondidas no cabelo de uma escrava. A produção mais expressiva ocorre no Nordeste Brasileiro.
A planta produz durante a Primavera-Verão, apenas em áreas secas e ensolaradas.
No Lami, eles já plantam hibisco há 4 anos e segundo o agricultor a planta se encaixou perfeitamente ao sistema agroecológico de plantio que fazem. Seu Dodô
contou que os hibiscos rendem mais que 100% de sua produção, porque além de vender como ornamental ou embaladas para o consumo direto, a família também transforma os hibiscos em sucos, geléias, pastas salgadas. Como a plantação-produção só acontece nos meses quentes do ano, tais beneficiamentos são imprescindíveis para eles.


A família está muito satisfeita com a produção agroecológica. “Vivemos em equilíbrio, perdemos todo aquele desespero de trabalhar ontem pra pagar as contas de hoje. Vivemos em equilíbrio dentro de casa, com a plantação”, afirmou seu Dodô.
Um dos únicos problemas relatados é a dificuldade de terem uma certificação.Atualmente só podem fazer venda direta ao consumidor, não podem revender a terceiros.  No entanto, diz que estão se organizando com outros produtores agroecológicos para mudar tal situação.
Caso você esteja precisando de algo digestivo, diurético, laxante e até mesmo anti-depressivo (isso só é uma parte das propriedades medicinais) quem sabe o Hibiscus sabdariffa, o hibisco comestível, do seu Dodô possa lhe ajudar.
Leia mais em: Hibisco: do uso ornamental ao medicinal

fonte: http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/tag/agricultores-agroecologicos/

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Rio Rural adapta produção de hortaliças ao solo arenoso de São João da Barra

Pesquisa e tecnologias sustentáveis favorecem diversificação de culturas.

 
Uma unidade de pesquisa participativa do programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, na localidade de Mato Escuro, em São João da Barra, no Noroeste do estado, está mostrando aos agricultores da região que, com o auxílio de tecnologias de produção sustentáveis, é possível plantar hortaliças em solo arenoso. Executada e coordenada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), a unidade implantada nas terras do agricultor familiar Elias Pereira de Almeida está produzindo entre 1.200 e 1.300 pés de alface por semana.

 O município litorâneo é tradicional na produção de maxixe e quiabo, culturas mais resistentes ao calor. O sucesso da lavoura, de acordo com o técnico responsável pelo trabalho, engenheiro agrônomo José Márcio Ferreira, é resultado da adoção do cultivo protegido, em estufa, e fertilização do solo com materiais orgânicos como o lodo de usina de cana-de-açúcar, esterco de curral e humus de minhoca. "Com o cultivo protegido, em pequenas áreas, é possível "construir" o solo mais favorável e produzir durante todo o ano, explicou. A modelo de adaptação da agricultura do Oriente Médio também foi citado como exemplo pelo técnico." "Não é preciso ir a Israel aprender a produzir na areia. Guardadas as proporções, com tecnologia é possível fazer muito por aqui. Além do cultivo protegido, temos um sistema integrado com o kit galinha, que consome as sobras da horta e produz humus de minhoca usado como adubo, afirmou ele.
 
 O uso de insumos químicos é cada vez menor na pesquisa, cuja meta é o cultivo agroecológico. Na última quinta-feira, um dia de campo demonstrou aos agricultores vizinhos técnicas utilizadas na propriedade, como a produção de mudas, através da semeadura com equipamentos, utilizando a quantidade certa de sementes e facilitando o plantio nos canteiros. A unidade de pesquisa é uma parceria entre o Governo do Estado e a LLX, empresa do grupo EBX que está construindo o Complexo Portuário do Açu, no mesmo município. 

 As pesquisas participativas do Rio Rural tem como meta testar tecnologias e formas de produção que sejam sustentáveis social, ambiental e economicamente, ajudando a valorizar a atividade agrícola e oferecer maior qualidade de vida no campo. 

fotos: Flavia Pizelli

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

APROVEITE O CARNAVAL E FAÇA UMA #HORTA DENTRO DE CASA





Com diferentes tipos e tamanhos, as hortas orgânicas trazem benefícios para a família

Quem não curte a folia do Carnaval e quer preencher o feriado com algo diferente  que tal tirar proveito do contato com a natureza? Essa pode ser uma boa opção para relaxar! Mas não é preciso ir longe, nem fazer viagens ou ter gastos, basta um pouco de criatividade e dedicação e você poderá desfrutar deste contato. Sabe como? Montando uma horta orgânica dentro de sua própria casa.
esterco é um ótimo adubo!
Com diferentes tipos e tamanhos, as hortas orgânicas trazem benefícios não só para a saúde da família, que poderá ingerir alimentos mais saudáveis e livres de agrotóxicos, mas também ajuda a economizar nas compras em supermercados e feiras.
Para dar início à sua horta você pode começar utilizando embalagens de ovos para plantar as primeiras mudas. Basta preencher cada espaço da bandeja com terra e plantar as sementes. Assim que as plantas atingirem o tamanho ideal, é só cortar e colocar diretamente na terra. Por serem biodegradáveis, essas embalagens irão se decompor sem deixar nenhum resíduo para trás.
Na hora de escolher quais espécies cultivar é importante planejar o desenvolvimento da horta de acordo com o espaço disponível. As opções mais comuns são as que ocupam pouco espaço e são resistentes, como salsinha, cebolinha, manjericão, pimentas, oréganos, hortelã, camomila, alecrim, manjericão roxo e outros temperos variados.


Segundo o consultor paisagístico, Paulo Sergio da Silva, é preciso estar atento principalmente à iluminação, já que as plantas não podem ficar expostas diretamente ao sol. “É indicado montar a horta em um espaço que tenha bastante claridade, mas que a luz penetre de forma indireta, como em janelas ou varandas”, explica.
Outra dica é regar as plantinhas sempre na quantidade certa. “É preciso manter a planta úmida, mas sem desperdiçar água, pois quando a água vaza para fora do vaso leva embora muitos nutrientes, empobrecendo a terra”, revela Paulo.
A ideia pode ficar ainda mais sustentável se você seguir a dica de reaproveitar garrafas pets para construir sua horta. Fazendo uma abertura na lateral e pendurando-a em uma parede ou suporte de madeira, a garrafa pode servir como vaso para cultivar pequenos vegetais, temperos e ervas medicinais. Mas lembre-se cuide bem da sua horta e vigie os recipientes para não atrair o Aedes aegyoti, mosquito que transmite a dengue, a febre zika e chicungunha.

mudas de ora-pro-nobis

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

OÁSIS NO SERTÃO - Barragem subterrânea



A barragem subterrânea é uma tecnologia de captação e armazenamento da água de chuva para produção de alimentos. Possui a função de reter a água da chuva que escoa em cima e dentro do solo, por meio de uma parede construída dentro da terra e que se eleva a uma altura de cerca de 50 cm acima da superfície, no sentido contrário à descida das águas. A barragem subterrânea forma uma vazante artificial temporária na qual o terreno permanece úmido por um período de dois a cinco meses após a época chuvosa, permitindo a plantação mesmo em época de estiagem. Pode ser construída em leito de rio e riacho, córregos e linhas de drenagem. Sua construção é feita escavando-se uma vala no sentido transversal das descidas das águas até a rocha ou camada impermeável. 

Dentro da vala, estende-se um plástico de polietileno com espessura 200 micra por toda sua extensão, fechando-a em seguida com a terra que foi retirada na sua abertura. O plástico dentro da vala se constitui na parede/septo impermeável. Nessa parede, deve ser feito um sangradouro para eliminar o excedente de água quando ocorrer chuvas torrenciais. As opções de cultivos dependem do interesse econômico e social de cada região e de cada família. O sucesso da barragem subterrânea depende da locação, da construção dentro dos parâmetros técnicos recomendados, do conhecimento sobre seu funcionamento/manejo, e da apropriação por parte da família. Recomenda-se áreas com solos com profundidade de 1,5 a 4,5 m, com declividade suave, entre 0,4 e 2,0%, que formam ombreiras (extremidades rasas), não salinos e textura arenosa a média. O custo de uma barragem subterrânea varia de acordo com as condições locais.

É uma tecnologia que permite ao agricultor maior sucesso no cultivo de diversas espécies, contribuindo para o desenvolvimento rural sustentável do semiárido brasileiro, por promover melhoria das condições de vida das famílias agricultoras, garantindo renda e segurança alimentar.
Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Receita caseira: como acabar com as pragas nas plantas




Lesma, pulgão, cochonilha, maria-fedida, caracol... A lista de pragas que atacam nossas plantas é grande e indica que existem desequilíbrios no jardim. Em vez de usar produtos químicos para combatê-las, dê preferência às receitas caseiras, que são menos agressivas e não atingem os chamados insetos benéficos. Neste vídeo exclusivo do Minhas Plantas, nossa jardineira Carol Costa ensina a preparar um detox caseiro contra pulgões e cochonilhas. Para mais vídeos e dicas sobre jardinagem e paisagismo, acesse o site Minhas Plantas (http://www.minhasplantas.com.br).

sexta-feira, 23 de março de 2018

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE


Definição de APP e localização



(Lei 12.651/2012 – Novo Código Florestal, Art. 3º)

Especial atenção deve ser dada às áreas de preservação permanente, em razão de sua importância ecológica. Intervir nelas, sem a autorização do órgão competente, é considerado crime ambiental. As penalidades são elevadas, incluindo multas altíssimas, e sujeitando o infrator a processo criminal.

IMPORTANTE: O Novo Código Florestal, Art. 11, instituiu as “áreas de uso restrito”, que são áreas de inclinação entre 25° e 45°, onde é permitida a continuidade do desenvolvimento das atividades, observadas boas práticas agronômicas, sendo vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e interesse social. Ou seja, essas áreas não são APP, mas para supressão de vegetação para uso alternativo do solo, obedece a mesma regra de utilidade pública ou interesse social, cujas definições estão no Art. 3º do Código Florestal.

Localização:

As Áreas de Preservação Permanente possuem duas origens:

1. em razão de sua natureza, sendo consideradas aquelas definidas no art. 4º do Código Florestal;

2. as declaradas pelo Chefe do Poder Executivo (Art. 6º do Código Florestal). As principais Áreas de Preservação Permanente, definidas pelo Código Florestal em seu art. 4º, e que interessa diretamente ao proprietário rural, são as que se localizam nos seguintes pontos: 1. ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água – entre 30 e 500 metros; 2. ao redor das lagoas ou reservatórios d’água naturais ou artificiais – entre 30 e 100 metros;

3. ao redor das nascentes, ainda que intermitentes e nos olhos d’água – 50 metros;

4. no topo dos morros, montes ou montanhas – terço superior;

5. nas encostas ou parte destas – acima de 45 graus de inclinação;

6. nas veredas – 50 metros do espaço brejoso.

As Áreas de Preservação Permanente, declaradas pelo poder público, são as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas a:

1. conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha;

2. proteger as restingas ou veredas;

3. proteger várzeas;

4. abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; 5. proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;

6. formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

7. assegurar condições de bem-estar público;

8. auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares;

9. proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.
Definição de APP e localização “Área de Preservação Permanente – APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”.
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Uso ou intervenção em APP

A utilização das Áreas de Preservação Permanente dependerá sempre de prévia e especial autorização do órgão ambiental e sua exploração ou intervenção, quando não autorizada, constitui crime ambiental. As multas são muito altas e o infrator fica sujeito a inquérito policial e até a uma condenação criminal.

Código Florestal (Lei 12.651/2012) :

Art. 8o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei.

§ 1o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.

Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental*.

(a definição de atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental está no Art. 3º)





Áreas de uso consolidado em APP – disposições transitórias do Código Florestal


Há vários usos em APP consolidados, que até então não haviam sido reconhecidos ou regularizados. O Novo Código Florestal permite a regularização dessas áreas, desde que sejam cumpridas certas condições e utilizadas práticas conservacionistas do solo e da água, e ainda desde que não sejam feitos novos desmates. Em lugar de ter que recuperar a totalidade da APP em faixa de largura entre 30 e 500 metros nas margens de rios, por exemplo, a lei trouxe disposições transitórias. Foram estabelecidos critérios para a recomposição de APP, considerando o tamanho da propriedade em módulos fiscais, a largura do rio, no caso desse exemplo, e em alguns casos estabelecendo porcentagem máxima de recomposição em relação ao tamanho da propriedade.

Esses critérios estão no Resumo do Código Florestal.
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Lei 9.605 / 98 (Lei dos Crimes Ambientais) e outras leis

Qualquer intervenção em Áreas de Preservação Permanente, sem a devida autorização do órgão competente, é crime ambiental. As multas são muito altas e o infrator fica sujeito a inquérito policial e até a uma condenação criminal, com detenção de 1 a 3 anos.

Lei Federal nº 9.605 / 98 (Lei dos Crimes Ambientais)

Lei Federal 12.651 / 12 (Novo Código Florestal)

Lei Estadual nº 14.309 / 02 (Dispõe sobre políticas florestal e de proteção à biodiversidade)

Decreto Estadual nº 43.710 / 04 Voltar

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Fossa séptica permite o uso do resíduo como adubo

Globo Rural reapresenta as melhores matérias do ano de 2011.
Em São Paulo, tecnologia simples é adotada por pequenos agricultores.

Do Globo Rural
O som de uma descarga é tão comum no dia-a-dia de uma casa que muitas vezes a gente nem se dá conta do destino dos dejetos. Mas você sabe para onde segue o encanamento do esgoto em uma pequena propriedade rural?
Muitas vezes, a não mais do que 30, 40 metros do banheiro, a chamada fossa negra - que nada mais é do que um buraco na terra - recebe todo o material, sem nenhum tratamento.
No lugar, o acesso é quase proibido, como conta José Amarante, técnico em desenvolvimento agrário do Instituto de Terras do Estado de São Paulo, o Itesp. “Os próprios produtores rurais consideram o local perigoso, onde eles orientam as crianças a não chegarem perto. Visitas também, este é o primeiro alerta que o produtor faz. Além do perigo da contaminação, existe o perigo de cair, pois são estruturas totalmente precárias”.
Para o buraco não ficar exposto, os produtores improvisam uma cobertura com pau e folha de zinco. O fato dos dejetos irem direto para o solo compromete a qualidade de vida da população.
O veterinário Luiz Augusto do Amaral, professor da Unesp de Jaboticabal, trabalha com saúde pública há 30 anos e diz que 80% dos leitos hospitalares são ocupados por pessoas que estão doentes em decorrência da falta de saneamento. “Quando se investe um dólar em saneamento, economizam-se quatro em saúde. E a área rural é onde se produz água, então tudo o que for feito para preservar ou impedir a contaminação, superficial ou subterrânea, protege-se inclusive populações distantes. Quem tem uma fossa negra, tem cinco vezes mais chance de ter a água contaminada, do que aquele que tem uma fossa correta”, alerta.
Uma fossa correta pode ser uma estrutura simples, como a que mudou a saúde das 47 famílias do assentamento Córrego Rico, em Jaboticabal, no norte paulista.
Em Ibitiúva, no município de Pitangueiras, a 50 quilômetros de Jaboticabal, na propriedade de Jaime Fagundes dos Santos, o trabalho conta com a experiência do agricultor Oscar Dias da Silva, que fez 47 das 66 fossas construídas na região sob coordenação do Itesp. “Em 20, 30 dias a fossa está pronta para funcionar. Eu gosto do trabalho, porque isso é para o futuro. Se as pessoas não cuidarem, o planeta acaba. A gente tem que lutar para isso”, afirma.
Sheilla Bolonhezi Verdade é bióloga da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, a Cati, e acompanha o trabalho de saneamento rural nos assentamentos da região.
Estrutura da fossa séptica composta por três caixas (Foto: TV Globo)Estrutura da fossa séptica composta por três caixas
(Foto: Reprodução TV Globo)
Na estrutura da fossa séptica, composta por três caixas, a primeira dá início à fermentação dos dejetos, processo que vai decompor o material e eliminar o maior dos causadores de doenças. Conforme vai enchendo, o líquido passa para a segunda caixa, que completa a fermentação até chegar à terceira. “A terceira caixa já está com o efluente livre de patógenos. O líquido pode ser utilizado para irrigação de culturas, como frutíferas ou de consumo indireto. O produtor vai gastar aproximadamente de R$ 1.000 a R$ 1.200 para montar a estrutura, dependendo do material utilizado”, explica a bióloga.
Uma estrutura com três caixas de mil litros cada uma dá conta de atender uma família de cinco pessoas.
Assista ao vídeo com a reportagem completa e veja mais sobre o funcionamento da fossa séptica.
Há 12 anos, a primeira fossa séptica, no modelo desenvolvido pela Embrapa, foi instalada em Jaboticabal. Ela serviu de base para que o sistema fosse adotado nas pequenas propriedades da região e continua funcionamento perfeitamente.
A fossa séptica deve ser instalada a uma distância de pelo menos 30 metros da casa e longe de onde se faz a captação da água.
Para mais informações sobre a construção de fossas sépticas, escreva para a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral.
Cati
Avenida Treze de Maio, 946
Jaboticabal, São Paulo
Cep: 14870-160

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Produtor assistido pela Emater utiliza sistema semi-hidropônico | Progra...



Em Hulha Negra, interior do estado, um produtor assistido pela Emater produz leite, sementes olerícolas, melão e oliveiras, mas o que tem gerado um grande retorno econômico é sua produção de morangos no sistema semi-hidropônico. Pioneiro da atividade no município, seu Luiz Flávio conseguiu aumentar a produção e diminuir a penosidade do trabalho, tendo mais rentabilidade em pequenas áreas, já que o sistema utiliza pouco espaço da propriedade.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Estufa baixo custo - modelo PESAGRO - RIO

         
Atualmente, existem várias atividades agrícolas e comerciais que dependem de estruturas com cobertura de plástico transparente - as chamadas “estufas”. Entre essas atividades, as mais importantes são:
cultivo protegido de olerícolas e ornamentais, produção de mudas, hidroponia, secagem de grãos e comércio de plantas. 

Muitas vezes, o fator que limita o início ou a expansão dessas atividades é o alto custo das estufas. Além disso, muitas estufas comerciais não são adaptadas às condições climáticas de regiões tropicais.

               Visando solucionar esses problemas, a PESAGRO-RIO desenvolveu um modelo de estufa com as seguintes qualidades:

• Custo reduzido, de três a cinco vezes inferior ao custo de uma estufa
comercial.
• Adaptada ao clima de regiões tropicais.
• Dimensões flexíveis para se adaptarem a quaisquer necessidades.
Larguras de 5 ou de 8 metros. Comprimento e altura variáveis.
• Fácil construção, não necessitando de mão- de-obra especializada.
• Utiliza materiais facilmente encontrados na propriedade agrícola ou
no comércio local.


VEJA NO SITE:

http://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/publicacao/EstufaBaixoCusto.pdf

terça-feira, 30 de maio de 2017

Babosa "aloe vera" vira um ‘SUPER’ adubo! Confira.

Experiência vem sendo adotada na região de Santa Cruz do Rio Pardo como um poderoso fertilizante na agricultura

Fonte: http://www.jcnet.com.br/Regional/2017/03/babosa-vira-um-super-nutriente.html


Aurélio Alonso

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Galinhas d'angola são usadas como arma natural contra escorpiões



As galinhas são mesmo uma forma natural de tentar eliminar os escorpiões ou prevenir que eles acabem chegando dentro de casa.
Dentre elas, a galinha d’angola é a especialista e faz um excelente trabalho para o extermínio de escorpiões em terrenos. Mas para quintais ou jardins existem outros meios mais eficazes.
Isso porque as galinhas d’angola se alimentam deles e, consequentemente, promovem a diminuição de escorpiões no ambiente. Porém, as galinhas não ciscam áreas com entulho ou lixo acumulado – locais onde os escorpiões se escondem. Além disso, as galinhas possuem hábito diurno e os escorpiões possuem hábitos noturnos.
Outros animais também se alimentam dos escorpiões, como a lacraia, os louva-deus, os macacos, as aranhas, os sapos, os lagartos, as seriemas, os suricatos, as corujas, os gaviões, os quatis, os camundongos e algumas espécies de formigas.
O ideal mesmo é manter a higiene em casa e eliminar os focos de abrigos dos escorpiões, como armários, materiais de construção, entulho, pedaços de madeira e lixo.

sábado, 1 de abril de 2017

Ciência Sem Limites | Veja como fazer irrigação de baixo custo eficiente





No Brasil, menos de 7% de toda área agrícola cultivada é irrigada. Um dos motivos disso está no alto custo de implementação de um sistema de irrigação satisfatório.

No câmpus da Unesp de Lajeado, em Botucatu, o pesquisador Edmar Scaloppi desenvolve sistemas de irrigação de baixo custo que usam materiais alternativos, encontrados facilmente, como garrafas pet e canos de esgoto.

Scaloppi também mostra que é possível criar modelos alternativos para diversos tipos de sistemas de irrigação, como a aspersão, os sulcos, o gotejamento e os carneiros hidráulicos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Adubo e solo de qualidade apenas com o manejo correto da terra, veja com...





O melhor adubo orgânico com mais proteínas para sua produção, apenas com um manejo diferente da terra
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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Emater Responde: Saiba como cultivar o gengibre - Programa Rio Grande Rural





Você sabe como cultivar gengibre? Como plantar e qual a época para o plantio e colheita? 

Essa é a dúvida do nosso telespectador de Juquitiba-SP. E nós fomos até Novo Hamburgo-RS, 

para buscar a resposta. 

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Algumas estratégias para diminuir os custos econômicos da pequena propriedade rural - Economia a partir da capacidade e do que se tem disponível

Diminuindo os custos econômicos da pequena propriedade rural - Economia a partir da capacidade e do que se tem disponível

Antônio Roberto Mendes Pereira

OUTRAS ESTRATÉGIAS DE ECONOMIA LOCAL 

DO PRÓXIMO PARA O LONGE – Tudo mais distante normalmente se gasta mais. O ir, o vir, o levar o trazer, são tarefas que quando realizadas em grandes distâncias aumentam muitos as despesas. Uma boa estratégia que pode ajudar muito na economia local é trazendo a produção para o mais próximo de casa possível. Plantar o que se come o mais perto de casa possível deve ser uma das estratégias. Na Permacultura a zona 01 é a área que deve ser dedicada a se tornar o supermercado da família, onde o alimento do consumo de casa deve ser produzido ao máximo nesta área. Ter as necessidades básicas atendidas sem precisar se comprar faz uma diferença fantástica e muito significativa na economia financeira da família. 

SÓ PLANTAR O QUE DÁ PARA CUIDAR – Normalmente a intenção de plantar transcende a quantidade de mão de obra e de tempo que se tem, gerando perdas e consequentemente baixas na produção e na rentabilidade da atividade. Dimensionar corretamente o que se quer cultivar ou criar levando em consideração a disponibilidade de mão de obra, de insumos e de tempo deve fazer parte do planejamento da produção. É comum encontrarmos atividades super dimensionadas na tentativa de fazer mais lucro, e sempre percebo que normalmente os resultados são negativos, precisamos montar estratégias de diminuir os riscos e não de aumentar.

UTILIZAR AO MÁXIMO O QUE SE TEM- Antes de comprar qualquer insumo verifique primeiro se existe outro elemento que possa atender a demanda sem ter que se comprar. Um dos princípios da permacultura é que cada elemento deve executar várias funções, logo, aplique este princípio e descubra ou identifique outros elementos que possa atender a demanda. Produto similar ou parecido e que desempenhe a função exigida é a estratégia pretendida.

CRIAR MANEJO DE MENOR INTERVENÇÃO – Qualquer intervenção que se faça no nível de cultivo ou criação, normalmente aumenta as despesas. Uma intervenção também na hora errada aumenta vertiginosamente os gastos principalmente com mão de obra. Por exemplo, tem muitos produtores que durante o cultivo do milho de inverno faz duas a três limpas, enquanto outros produtores mais atentos aos processos naturais já perceberam que uma capina em muitos casos é suficiente, não comprometendo o desempenho produtivo do cultivo e muito menos o retorno financeiro. A estratégia é a hora e o momento certo de aplicar o serviço.

AUMENTANDO A MISTURA DE PLANTAS - Quando se mistura as culturas aumenta-se a capacidade de lucratividade, pois dificilmente acontecerão prejuízos onde se perca tudo o que foi plantado. É uma garantia o plantio consorciado, além de economizar mão de obra, pois ao mesmo tempo em que manejo uma cultura estarei manejando todas ao mesmo tempo. 

O aumento da rentabilidade e a diminuição das despesas internas de uma propriedade rural dependem em parte dos fenômenos da natureza e da ação planejada ou não do ser humano. Quando investimos tempo e energia no planejamento diminuímos os riscos. Utilizar os recursos que se tem no local é uma condição necessária para a busca da sustentabilidade das propriedades de modo geral. Trazer de fora não deve ser a postura de quem quer criar um ambiente equilibrado e que não deixe de ter por falta de dinheiro. 

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