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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Moradores de Londres vão plantar 80 mil árvores em apenas dois dias

Fonte: site conexão planeta

Moradores de Londres vão plantar 80 mil árvores no final de semana
Quem já teve a chance de visitar a capital da Inglaterra, sabe que a cidade é extremamente arborizada. Os ingleses não costumam ter dias ensolarados com frequência, mas por outro lado, têm à disposição parques lindíssimos e extremamente bem cuidados. Opções não faltam: Regent’s, Hyde, St. Jame’s, Greenwich, Hampstead Heath, Battersea, Victoria, Richmond e tantos outros.
Mas o atual prefeito, Sadiq Khan, acha que ainda não é suficiente. Para ele, Londres precisa de mais árvores, por isso ele organizou o “plant-a-thon”, uma brincadeira com a palavra maratona – marathon, em inglês. Durante os próximos sábado e domingo, 1 e 2/12, 80 mil mudas serão plantadas na capital. O evento conta com a parceria de diversas organizações locais de proteção e preservação ambiental.
A data foi escolhida porque marca o fim da Semana Nacional da Árvore. Será o maior plantio coletivo de mudas já realizado. São esperados 15 mil voluntários para participar da iniciativa. Eles se registraram online para fazer parte do “plant-a-thon”. As plantas serão colocadas em escolas, jardins públicos, espaços comunitários, parques e nos quintais das casas.
“É fantástico saber que haverá tantos londrinos trabalhando juntos nestes final de semana, plantando árvores pela cidade”, disse Khan.
O grande objetivo de Khan é que, no verão de 2019, Londres seja a primeira cidade do mundo a ganhar o título de National Park City. Para isso, o prefeito criou um fundo verde e investiu nele £12 milhões, quase R$ 60 milhões. A meta é que até o próximo ano, a floresta urbana da capital britânica tenha 8 milhões de árvores.
Não é apenas em beleza que o prefeito de Londres está interessado. Segundo cálculos feitos pela administração municipal, as árvores fornecem pelo menos, £133 milhões – RS 657 milhões -, em benefícios, por ano, ao por exemplo, melhorar a qualidade do ar e reduzir a concentração de dióxido de carbono, além de diminuir o volume de água que escoa para bueiros e canais de esgoto. Outro importante serviço ambiental das chamadas “florestas urbanas” é servir de habitat para a vida selvagem. Nos parques londrinos vivem veados, raposas, esquilos e uma série de outros animais.
Atualmente, os bairros da capital têm uma extensão de cobertura vegetal de 20%, mas em algumas áreas, ela chega a 58%. Sadiq Khan quer aumentar em 10% a porcentagem desse dossel até 2050.
Mapa da cobertura de árvores da grande Londres
Foto: reprodução Tree for Cities
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para várias publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, acaba de mudar para os Estados Unidos

sábado, 4 de fevereiro de 2017

08 incríveis dicas de como utilizar vinagre para salvar sua horta e jardim



Destacado pela sua versatilidade, tanto na cozinha, no preparo de receitas e comida em geral, quanto na limpeza do lar (principalmente para remover gordura), o vinagre é encontrado em diferentes tipos e usado para variadas finalidades. Mas você sabia que também pode ser utilizado em hortas e jardins?
O termo de origem francesa (vinaigre) pode ser traduzido de forma literal como “vinho azedo”. Sua produção é obtida por meio da fermentação acética do vinho e se torna uma substância bastante ácida. Agora que você já sabe um pouquinho sobre a solução, confira essas incríveis dicas sobre como utilizar o vinagre no seu cantinho verde.
08- Repelindo formigas
Quando as formigas começarem a visitar sua horta ou jardim e isso se tornar um incômodo, você pode borrifar vinagre por onde elas passam. O vinagre é um repelente natural e pode ser reaplicado a cada poucos dias, fazendo com que as formigas prefiram outros caminhos e então outras plantas.Observação: Não aplique diretamente nas plantas.

Veja também: Tudo o que Você Precisa Saber para Controlar as Formigas Definitivamente!!

07- Limpando vasos de cerâmica

imagem via: westcreekdesign

Os vasos de cerâmica são excelentes tanto para ornamentação quanto para trazer benefícios às plantas. Funciona muito bem quando o assunto é drenagem, pois mantêm as raízes da planta úmidas, sem deixar que fiquem encharcadas. Outro fator interessante é o isolamento térmico, já que geralmente as raízes ficam coladas nas paredes internas do vaso. No entanto, com o tempo, a cerâmica acaba absorvendo alguns minerais, cálcio, fungos e até musgo o que a deixa com uma aparência esquisita.
Mas não se assuste, você pode limpar seus vasos de cerâmica utilizando vinagre!
  • Utilizando uma escova com cerdas metálicas, retire toda a parte mais grosseira que fica na parte externa do vaso.
  • Depois de tirar a sujeira superficial, mergulhe o vaso de barro em uma mistura de 20 a 25 por cento de vinagre (1 xícara vinagre branco a cada 3 ou 4 copos de água) durante 20 a 30 minutos.
  • Para os resíduos mais difíceis, como os da borda, aplique vinagre puro no local.
06- Eliminando ervas daninhas
Quando aparecem ervas-daninhas em locais como passagens, paredes e até mesmo no jardim, basta pulverizar a solução (vinagre branco + sal + suco de limão + sabão) diretamente na planta. Lembre-se de pulverizar sistematicamente nos horários de sol pleno e apenas na planta que deseja remover. Esta técnica pode não erradicar todas as partes da planta, então é necessário fazer manutenções periódicas. Vale ressaltar que muitas plantas que conhecemos como “daninhas” podem ser alimentícia (PANCS) e até mesmo medicinais, então é válido pesquisar sobre elas antes de aplicar o herbicida.
Imagens via Gardenmyths
Preparo:
  • Em um recipiente com 200 ml de água morna dissolva meia xícara de sal e uma colher de sopa de sabão ralado.
  • Depois que a água esfriar adicione 2 xícaras de vinagre branco e 4 colheres de sopa de suco de limão.
  • Coloque em um pulverizador e aplique nas plantas que deseja eliminar.
Observações:
  • Use luvas pois a substância pode queimar a pele quando exposta ao sol.
  • Cuidado para não afetar as plantas ao redor.
  • Por causa da ação do sal, outras plantas terão dificuldade para prosperar no local aplicado.
05- Repelindo Cães, gatos e ratos
Quando se trata de hortas, é preciso muito cuidado com a circulação de animais, pois estes, além de destruírem suas plantas, podem transmitir diversas patologias através de suas fezes. O vinagre tem odor bem forte e cães, gatos e ratos preferem passar longe ou ainda escolher outras áreas quando sentem o cheiro. 
Para manter estes animais distantes pulverize vinagre puro pelos cantos da horta ou jardim repetidamente durante um período. Depois de alguns dias perceba que eles irão preferir outros locais e então você pode parar com as aplicações. Essa técnica é especialmente boa para caixas de areia, já que os gatos geralmente escolhem estes locais para fazer suas necessidades.
04- Aumentando a durabilidade das flores de corte
Um ambiente é sempre mais charmoso quando está decorado com flores de corte. O problema é que estas flores, por terem sido cortadas, tem pouca durabilidade. Mas seria possível adicionar uma solução que aumentasse a durabilidade destes arranjos? Sim, existe e para isso você vai precisar de vinagre branco.
Ingredientes:
  • 1/2 limão
  • 2 colheres de chá de açúcar cristal
  • 2 colheres de chá de vinagre branco
  • 1 litro de água  
Preparo:
  • Tire o buquê da embalagem e separe as flores
  • Escolha as plantas que quer colocar no arranjo
  • Corte as hastes dentro da água para que elas não peguem ar (pode ser em uma bacia ou na água corrente da torneira)
  • Coloque a solução dentro de um recipiente bacana (não precisa encher muito)
Observações:
  1.  Corte na diagonal para que a planta absorva a água mais facilmente
    – Feito isso, coloque imediatamente no recipiente com a mistura, para evitar que a flor fique em contato com o ar.
  2.  Tire as folhas do caule, pois elas aceleram o apodrecimento
03- Intensificando a cor das flores
Algumas plantas como azaleias (Rhododendron simsii) e gardênias (Gardenia jasminoides) preferem solos mais ácidos para darem floradas exuberantes. Já no caso das hortênsias (Hydrangea macrophylla), ocorre um fenômeno muito interessante. Quando o solo está mais ácido elas produzem flores azuis e quando está alcalino, produzem flores cor-de-rosa.
Então para deixar suas plantas que preferem solos ácidos vistosas, você pode utilizar vinagre.
Para isso basta adicionar uma xícara de vinagre branco em 4 litros de água e regar suas plantas uma vez por semana com a solução.
Observações: Utilize a solução na época da florada da planta e tenha cautela ao regar, pois o solo extremamente ácido pode acabar prejudicando. Uma boa dica é ir fazendo testes até encontrar a quantidade ideal para cada planta.
02- Limpando as ferramentas
Qualquer pessoa que usa ferramentas seja para implantação ou para manutenção do jardim ou horta, sabe que elas são super importantes. O problema é que muitas vezes, com o passar do tempo, estes utensílios acabam enferrujando. 
Para limpar a ferrugem, deixar as ferramentas de molho em vinagre puro e esperar alguns minutos para que ele entre em ação. Depois limpe com água, seque e aplique um pouco de óleo de cozinha.
01- Germinando sementes
Germinar sementes nem sempre é uma tarefa fácil, pois a genética de cada espécie garante incontáveis formas de propagação. O fato é que uma boa parte das sementes são distribuídas através de aves e roedores. Eles as comem e depois defecam em um novo local para que uma nova vida se desenvolva.
No meio deste processo, a semente passa pelo estômago do animal e lá encontra um ambiente úmido, ácido e muitas vezes com uma temperatura ideal. Em muitos casos proporcionar essas condições já é o suficiente para fazer a quebra de dormência da semente.
Uma boa dica para fazer com que as sementes germinem melhor é lixar levemente a parte externa e colocá-las em um preparado de 500 ml de água morna e 125 ml de vinagre. Deixe a solução agir durante 24 horas e depois plante as sementes diretamente na terra.
Observe que estas são dicas caseiras para quem aprecia cultivar plantas. Lembre-se de ir testando aos poucos e aprendendo com o tempo. Preparamos um vídeo com 06 dicas e truques sobre jardim e horta, vale a pena dar uma olhadinha pois tem dicas muito bacanas:
Fontes: ANAVGshow / Imagens sem legendas via Pixabay
Veja também: 
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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Vermicompostagem é um processo de reciclagem de resíduos orgânicos

Minhocultura

Minhocultura, ou vermicompostagem é o processo de reciclagem de resíduos orgânicos através da criação de minhocas em minhocários, oferecendo importante alternativa para resolver economicamente e ambientalmente os problemas dos dejetos orgânicos, como o lixo domiciliar. O produto final da vermicompostagem constitui num excelente fertilizante orgânico (húmus) capaz de melhorar atributos químicos (oferta, melhor retenção e ciclagem de nutrientes), físicos (melhoria na estruturação e formação de agregados) e biológicos do solo (aumento da diversidade de organismos benéficos ao solo).



Técnicas de Criação:

O local de construção do minhocário deve situar-se o mais próximo possível do mercado consumidor e da matéria-prima utilizada como substrato. Além de situar-se em uma área de fácil acesso, de preferência em locais parcialmente sombreados, mas com boa insolação, e em terrenos elevados, com pouca declividade, facilitando a construção dos canteiros e os sistemas de drenagem. Um fator limitante que devemos estar atentos na fase de elaboração do minhocário é a disponibilidade de matéria-prima e água em abundância e limpa no local, principalmente nos períodos de seca, quando é mais necessária para a irrigação dos canteiros.


Tipos de Criatórios:

- Caixas de madeira ou tonéis de 200 litros, cortados longitudinalmente, com furos na parte inferior.
- Canteiros de blocos, tijolos, madeira ou bambu, normalmente possuem 1 metro de largura por 0,30 a 0,40 cm de altura e o comprimento possível ou desejado. O piso do canteiro poderá ser cimentado ou terra batida.
- Sistema de montes com o piso em terra batida ou cimentado.


Fontes de matéria-prima:

Toda matéria orgânica de origem animal e vegetal passada pela pré-compostagem, ou seja, semi curado, livre de fermentação, pode ser usada na alimentação das minhocas. As minhocas exigem alimentações balanceadas, rica em nitrogênio, fibras e carboidratos. Quanto mais rica for à matéria-prima, maior será o sucesso econômico do seu empreendimento. Podemos utilizar como fontes de matéria-prima: estercos de boi, cavalo e coelho, restos de cultura (uma leguminosa, pois fixa nitrogênio, palha, folhas e cascas de frutas), resíduos agro-industriais (bagaço de cana), lixo domiciliar, lodo de esgoto.


Manejo do Minhocário:

A quantidade necessária de minhocas para iniciar a criação é de 1 litro, aproximadamente 1500 minhocas /m². Para um bom desenvolvimento do minhocário além de matéria-prima suficientemente rica para alimentar as minhocas, devemos proporcionar um ambiente adequado para o bom desenvolvimento e reprodução das minhocas, monitorando a temperatura (entre 20-25°C), umidade (70-85%), pH ( pH 7,0), aeração e drenagem do meio (o meio não deve ser compactado e nem encharcado). É interessante depois de preenchido os canteiros com as diferentes fontes de matéria-prima semi-curada, cobrir os canteiros com folhas de bananeiras ou restos de capina para manutenção de umidade e proteção contra incidência direta da luz solar, além de dificultar fuga das minhocas. A minhoca possui alguns inimigos naturais que devem ser controlados, dentre eles galinhas, sanguessugas, pássaros e formigas lava-pés. Se o ambiente natural não for favorável ao desenvolvimento das minhocas haverá fugas das mesmas, inviabilizando a produção do seu empreendimento.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Visite o Morro do Osso em Porto Alegre

Posted: 04 Apr 2013 07:25 PM PDT


Alunos da Escola Estadual Paraíba, do bairro Ipanema, foram os primeiros a participar de visitas orientadas ao Parque Natural do Morro do Osso, no dia 3 de abril. Escolas interessadas em levar estudantes para participar da trilha podem agendar a atividade com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam),  
pelo e-mail morrodoosso@smam.prefpoa.com.br ou pelo telefone 3263-3769. Nas quartas e nas sextas-feiras a visitação acontece das 9h às 17h, com intervalo para almoço, e aos sábados, das 9h às 12h.
O Parque do Morro do Osso é uma das três Unidades de Conservação de Porto Alegre. Com entrada pela Rua Irmã Jacomina Veronese, conta com 27 hectares de área natural protegida por lei. Com 143 metros de altura, do alto do Morro do Osso é possível apreciar a vista do Guaíba, do Delta do Jacuí e dos morros Agudo, da Tapera, das Abertas, da Ponta Grossa, Santa Tereza e Teresópolis. 

fonte: Blog Jornalecão

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Compostagem: Perguntas e respostas

Elemental soluções

No Brasil, apenas 1,6% do lixo orgânico coletado é reciclado. Isso representa um grande desperdício, comparando com a crise ambiental e energética que vivenciamos.
A compostagem vem se mostrando com uma ótima alternativa para a reciclagem do lixo orgânico produzido, pois é a forma mais controlada de se conseguir a biodegradação desses resíduos, transformando-os em adubo.
compostagem
A compostagem pode ser feita de várias formas, mas o conceito básico é mesmo (Foto: Reprodução)

Do que se trata?

A compostagem é uma técnica que utiliza a atividade de microrganismos para a transformação de resíduos orgânicos, em especial aqueles compostos por material de origem vegetal, em adubos. Trata-se de um processo biológico (pois é por meio da atividade de organismos macro e microscópicos que o material vira composto), aeróbio (porque há necessidade da presença de oxigênio) e termofílico (pois o material alcança fases com elevadas temperaturas).

Características do processo de compostagem (Reprodução)

Quais são as fases do processo?

O processo geral envolve diferentes fases, cada qual representada por um grupo de microorganismos. Desta forma, grupos microbianos com diferentes mecanismos de ação sobre o substrato se sucedem, transformando aos poucos o material lignocelulósico original, e produzindo matéria orgânica humificada (Pereira Neto, 1996).
Dentre as fases que observamos, podemos citar as fases de estabilização e maturação. A fase de estabilização é necessariamente termofílica, caracterizada pela presença de organismos termófilos, elevando a temperatura do volume a ser compostado a cerca de 70° c. Essa fase é muito importante pois, ao ser mantida, aumenta a eficiência do processo e elimina os organismos patogênicos, caso haja. Já a fase de maturação é caracterizada por temperaturas mesofílicas, pois envolve a ação de organismos mesófilos, ou seja, atuam na faixa de temperatura entre 20 e 40°c.
fases da compostagem_RE
Diagrama com as fases do processo (Foto: Reprodução)

O que afeta o processo de compostagem?

O bom andamento do processo e qualidade do produto final é função de determinados fatores. Alguns devem ser tomados em conta no começo do processo, na hora de montar as pilhas ou leiras, que é o diâmetro do material a ser compostado e o terreno sob o material. Pelo fato da necessidade de se estar frequentemente umidecendo as pilhas para melhor andamento do processo, o terreno deve ter uma certa declividade, de forma a escoar o chorume produzido. Este chorume poderá ser reutilizado depois.
Como dito anteriormente, o processo de compostagem é um processo aeróbio, ou seja, necessita de oxigênio para seu melhor desempenho. Sendo assim, é interessante a periódica aeração através do remanejo da pilha. Por razões científica, é interessante também monitorar temperatura e pH, contudo, é mais complicado o acesso a equipamentos de medição e controle desses fatores. Assim, o que se sugere é que, durante o primeiro mês, seja feita a aeração e umidecimento duas vezes por semana, em dias alternados. Por exemplo, segunda e quarta as pilhas são aeradas e nas terças e quintas são umedecidas. Importante ressaltar aqui que o umidecimento apenas serve para auxiliar a atividade microbiana. Muita água prejudica o seu desenvolvimento, retardando o processo todo.
leira de composto
O material a ser compostado deve ser intercalado com palha em uma leira (Foto: Reprodução)
A partir do segundo mês a repetição poderá ocorrer uma vez por semana, com repetições de 15 em 15 dias no terceiro mês. Caso o composto não se demonstre maduro a partir do terceiro mês, sugere-se que seja repetido a metodologia usada no último mês para aeração e umedecimento, até que ele esteja pronto.
Contudo, este processo pode apresentar diversas variações, influenciadas pela temperatura, aeração, constituição do material de origem, uso ou não de inóculos e ativadores, presença de nutrientes na formulação inicial entre outras. Todos os fatores podem ser controlados originando compostos com diferentes características e tempos de estabilização do processo. O que foi proposto se trata de uma metodologia já testada e com sua eficácia comprovada.
leira de composto arteplural.com.br
Exemplo de uma leira de composto (Foto: Reprodução)
Quanto tempo demora um processo de compostagem?
Estudos comprovam que em 3 meses é possível de se retirar um produto maduro. Como foi anteriormente falado, o processo depende da atividade microbiana. Sendo assim, fatores como aeração e umidade são importante de serem controlados.
O que se precisa fazer para praticar compostagem?
Apenas vontade e dedicação. Não há apenas uma forma de se fazer compostagem. O conceito básico foi explicado. Com isso podemos imaginar e inovar com diversas outras técnicas para se conseguir chegar a um composto maduro.
Então?! Mãos à obra?!
Referências:
BENITES, V. M. et al. Produção de Adubos Orgânicos a partir da Compostagem dos resíduos da Manutenção da Área Gramada do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2004. (Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 50).
PEREIRA NETO, J. T. Manual de Compostagem. 1996

fonte http://elementalsolucoes.com.br/compostagem-perguntas-e-respostas/

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sabão ecológico - Momento Rural

A Associação Caminho das Águas ajuda os catadores de lixo a melhorar a renda familiar. Um dos trabalhos destas famílias é reciclar o óleo de cozinha, confeccionando sabão.

No programa Rio Grande Rural deste final de semana nós vamos aprender com as recicladoras de dois grupos que moram nas ilhas de Porto Alegre, a fazer dois tipos de sabão caseiro: o sabão de limão e o sabão de glicerina com ervas.

Porto Alegre - RS

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O futuro será diversificado ou não haverá futuro, profetiza Vandana Shiva


Valores como cuidado e proteção embasam uma 
democracia viva, que traz a sustentabilidade e atende
 as necessidades de conexão universal entre todas as 
espécies, defende a ecofeminista indiana em palestra
 realizada na capital gaúcha





Por Eliege Fante, para EcoAgência de Notícias Ambientais
A intensificação da biodiversidade é o antídoto para superarmos as crises existenciais, econômicas, sociais,
 sob as quais a humanidade se encontra. A afirmação é da ecofeminista indiana Vandana Shiva, que realizou
 palestra na noite de segunda-feira (28) no Fronteiras do Pensamento, no Salão de Atos da Reitoria da UFRGS,
 em Porto Alegre. Para ela,“O futuro será diversificado ou não haverá futuro,” profetizou.

A biodiversidade retratada se evidencia através do respeito ao próximo, às espécies, ao diferente, aos indígenas e

 as demais comunidades autóctones. Conforme explicou, são essas comunidades que possuem a sabedoria de 
como viver com uma pegada ecológica leve, ou seja, impactando menos os ecossistemas. “Com cada língua que
 desaparece vai também uma possibilidade de resistência contra a extinção das espécies.”

“Vamos celebrar as culturas, reinserir o bem-estar para a segurança ecológica das identidades, dos cidadãos da 

Terra, reaver o controle do alimento e da água,” disse Vandana. A pesquisadora entende que à globalização
 corporativa, que exclui o cidadão e também o parlamento e os políticos em geral, deve suceder-se uma 
democracia viva. “Temos que passar para economias vivas que proporcionem a sustentabilidade, satisfaçam a 
necessidade de consciência, de conexão universal, de compaixão e solidariedade.”

Felicidade Interna Bruta (FIP) - Como um exemplo desta possível prática, a pesquisadora contou a sua 

 experiência enquanto assessora na transição na economia do Butão para uma produção de alimentos totalmente
 orgânica. “Lá medem o FIB, a Felicidade Interna Bruta. É um ministério da felicidade e não da economia como os 
outros, que busca o equilíbrio e harmonia com a natureza. São responsáveis por criar novas fronteiras do
 pensamento, além do ecoapartheid – a separação do homem e da natureza, por criar uma democracia da 

comunidade da Terra, pois somos uma família na Terra.”

Sobre esta mudança de paradigma, é que Vandana Shiva falará na Rio+20. Adiantou que estará no painel 

“Segurança alimentar e nutricional” e que defenderá a agroecologia como modelo para produção de alimentos em
 contraposição ao agronegócio. “Para a economia verde tudo é mercadoria. Mas, como o slogan do Fórum 
Social Mundial é ‘Um outro mundo é possível’, eu digo 
que, um outro mundo é ‘necessário’ para a humanidade
 ter lugar no planeta,” disse.

Abordar a origem dessa visão da natureza enquanto

 mercadoria, levou a palestrante a citar o início do 
pensamento moderno com Francis Bacon, filósofo autor
 de Novum Organum (ou Novo Instrumento, 1620). 
Bacon pretendia substituir o Organum de Aristóteles, 
ao criar um processo de busca pelo conhecimento dito 
com bases sólidas. 
Contudo, este progresso pretendido, destacou Vandana, 
implantou a visão de que o conhecimento e o saber 
levariam ao poder sobre a natureza. Dando-se a partir 
daí, a separação entre esta e o homem. “Para esta
 ciência masculina, é preciso haver uma refeminização 
da humanidade, no sentido de um resgate dos valores femininos, 
como o cuidado e a proteção,” apontou.

A ciência masculina, aquela que impõe o subjugo da natureza, é a mesma que propõe o patenteamento da vida, 

por considerem-na vazia até que o homem a desenvolva. “O problema das corporações era que os agricultores 
guardavam as sementes, então a Organização Mundial do Comércio elaborou (1996) o Acordo sobre os Aspectos
 dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio. Na Índia, tínhamos 200 mil variedades de 
arroz, hoje estão reduzidas a um punhado,” denunciou o monopólio das sementes, principalmente pela Monsanto.
 No caso do algodão, cujo mercado a empresa detém 95%, o fracasso na colheita, a dependência financeira e o 
 endividamento dos agricultores devido ao alto custo das sementes e dos insumos, levou 150 mil pessoas ao 
suicídio na década de 90.

Patenteamento da Vida - A ecofeminista explica que o patenteamento da vida nega a criatividade da natureza.

 “A indústria faz de conta que cria muitas características nas sementes, mas só pode colocar uma toxina,” 
lembrou, referindo-se ao Bacillus thuringiensis. Ela criticou também a engenharia genética e o “cassino genético”
 que promove ao desenvolver organismos geneticamente modificados. “Inventaram que impedem que ervas 
daninhas roubem o sol, colocaram as abelhas como ladras de pólen. O resultado foi o uso 13 vezes maior de 
pesticidas e o desaparecimento de 75% das abelhas na Índia.”

Segundo Vandana, a agricultura industrial manipula a produtividade ao medir a produção por unidade de insumo.

 Ela defende o cálculo a partir dos produtos: alimento, excedente a ser vendido e biomassa. Especialmente sobre 
esta última, desmentiu o índice de 75% de não aproveitamento da biomassa. Segundo explicou, somente nas 
grandes cidades o petróleo e os subprodutos facilitam a subsistência, já que no restante delas, as comunidades
 são dependentes da biomassa. Por isso, considera o uso desta para fabricação de combustíveis uma violação 
dos direitos humanos e da economia da biodiversidade.

Ao comparar uma monocultura de milho, explicou que uma propriedade biodiversa, vai produzir além do milho, 

outras culturas também, e o principal, vai produzir nutrição. Em resposta ao público, afirmou que existem centenas
 de alternativas para substituir o capitalismo, sempre se levando em conta que as liberdades fundamentais são 
base para uma democracia viva. Intensificar a biodiversidade e não investir em insumos, que geram resíduos e 
impactos, mas plantar para ter alimento e não para ter mercadoria, são ingredientes da receita da indiana. “Assim
 como cada região tem bacia hidrográfica, deveria ter uma bacia alimentícia. É preciso ocupar os espaços das 
cidades, ter o sistema local, trabalhar com amor e confiança, pois existem mais tipos de alimentos do que o milho
, a soja, e as demais commodities,” disse.

A mudança do capitalismo para um paradigma ecológico vai ocorrer, ela acredita, porque está havendo maior

 conscientização das populações, principalmente a partir da crise econômica mundial de 2008 que provocou o
surgimento dos movimentos “Os indignados” e Occupy Wall Street. Em paralelo, a ativista sugere a ação individual
 por meio do reconhecimento de que somos sujeitos nesta luta, de que podemos fazer opções para criar uma
 revolução alimentícia, comer orgânicos e não químicos e ter a garantia de que a nossa forma de alimentação 
ajuda o avanço dos mercados locais. “Podemos nos tornar coprodutores da propriedade agrícola e da biodiversida_
de. O sistema capitalista não vai durar muito devido suas estruturas artificiais, suas mentiras e falsidades e,
 também, à medida que decidirmos criar um outro mundo,” concluiu.

Vandana Shiva é fundadora do Navdanya, um movimento pela conservação da biodiversidade e direitos dos 

agricultores. Ela também dirige a Fundação de Pesquisa para a Ciência, Tecnologia e Política de Recursos 
Naturais. Durante a palestra, abordou o curso de agricultura orgânica que promovem na Índia, onde falam sobre 
uma economia da resiliência e do qual já participaram 500 mil agricultores.
Ecoagência Solidária de Notícias Ambientais

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