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quinta-feira, 8 de abril de 2021

22 Árvores de raízes agressivas

Foto de Tim Green
Foto de Tim Green
Você já deve ter ouvido falar que algumas árvores têm raízes agressivas, capazes de destruir tubulações enterradas, calçadas, pavimentos, muros, etc. Eu não acredito que as raízes sejam realmente agressivas, elas não querem o mal, apenas são vigorosas e com crescimento superficial, que engrossam com o tempo e acabam por resultar em efeitos catastróficos nos ambiente urbanos. O que acontece na verdade é uma má escolha das espécies acompanhado muitas vezes de um plantio inadequado. Nem sempre uma árvore bonita, com uma floração espetacular é indicada para áreas calçadas, estacionamentos e pequenos quintais.
Raízes adventícias de Falsa-seringueira. Foto de Mauro Cateb
Raízes adventícias de Falsa-seringueira. Foto de Mauro Cateb
Elas são perfeitas para serem admiradas em toda sua majestade em grandes áreas abertas, como parques, praças e fazendas. Tenha em mente, que mesmo as espécies recomendadas precisam de uma área mínima de absorção de água no canteiro para que não apresentem raízes agressivas no futuro. Além disso, de nada adianta insistir nestas espécies, plantando elas dentro de manilhas de concreto. Você estará desvirtuando a natureza da árvore, prejudicando seu desenvolvimento e ainda assim suas raízes destruirão as manilhas com o tempo, surgindo um pouco mais distantes. Abaixo segue uma lista de espécies de árvores comumente encontradas nas grandes cidades, mas que podem representar um grande inconveniente para as construções e pessoas, seja por suas raízes “agressivas”, seja por frutos grandes e pesados, folhas ou flores escorregadias, desrama natural perigosa, tronco frágil e suscetível a cupins, entre outros problemas. Antes de remover uma árvore por qualquer um destes motivos, solicite a avaliação técnica de um engenheiro agrônomo ou florestal para verificar se realmente há problemas ou se haverá no futuro.
  • Uma belíssima Tulipeira, pena que é tóxica para as abelhas. Foto de Mauro Guanandi
    Uma belíssima Tulipeira, pena que é tóxica para as abelhas. Foto de Mauro Guanandi
    1. Salgueiro-chorão – Salix x pendulina: Copa inadequada para as calçadas, atrapalha os transeuntes. À procura de água, os chorões tem tendência a destruir tubulações de água e esgoto enterradas.
  • 2. Flamboyant – Delonix regia: Raízes tabulares, muito superficiais e agressivas.
  • 3. Ficus – Ficus benjamina: Atinge grande dimensões. Nunca para de crescer. Apresenta raízes superficiais e adventícias.
  • 4. Paineira-rosa – Ceiba speciosa: Árvore de crescimento vigoroso, grande porte, que apresenta madeira frágil, tronco recoberto de espinhos. Sujeita à quebra.
  • 5. Pau-formiga – Triplaris americana: Madeira leve, raízes superficiais, grandes dimensões e atrai formigas.
  • 6. Eucalipto – Eucaliptus spp: A maioria das espécies apresenta grande porte, sistema radicular superficial e derrama natural.
  • 7. Abacate – Persea americana: Árvore de madeira frágil, com tendência à quebra e que pode atingir grandes proporções. Frutos grandes, que provocam sujeira.
  • 8. Manga – Mangifera indica: Sistema radicular superficial, frutos grandes que provocam muita sujeira.
  • 9. Guapuruvu – Schizolobium parahyba: Árvore de crescimento vertiginoso e porte avantajado. Madeira muito frágil, sujeito à quedas e quebra dos ramos.
  • Perigosos e mal-cheirosos. Os frutos da Abricó-de-macaco são verdadeiras balas de canhão. Foto de Wendy Cutler
    Perigosos e mal-cheirosos. Os frutos da Abricó-de-macaco são verdadeiras balas de canhão. Foto de Wendy Cutler
    10. Pinheiro-do-paraná – Araucaria angustifolia: Árvore nativa de grandes dimensões, seu maior problema é a derrama natural. Em locais com muitos exemplares, é indicado um programa de podas para evitar a derrama. Suscetível a cupins.
  • 11. Jaca – Artocarpus heterophyllus: Árvore de frutos gigantes que podem causar sérios acidentes, caindo sobre automóveis e ferindo pessoas.
  • 12. Chapéu-de-sol – Terminalia catappa: Sistema radicular superficial. Copa pode atingir grande proporções.
  • 13. Casuarina – Casuarina equisetifolia: Raízes superficiais.
  • 14. Plátano – Platanus x hispanica: Grandes dimensões e raízes superficiais. Exige podas anuais e suas folhas provocam muita sujeira. Tronco suscetível a brocas.
  • 15. Tulipeira – Spathodea campanulata: Flores com pólen tóxico às abelhas. Por ocasião da queda, as flores são mucilaginosas e escorregadias. Raízes superficiais.
  • 16. Grevilha– Grevilea robusta: Sistema radicular superficial e vigoroso.
  • 17. Tipuana – Tipuana tipu: Porte avantajado, raízes agressivas e madeira frágil, que é mais propícia a quebras e cupins.
  • 18. Álamo – Populus nigra: Raízes agressivas.
  • 19. Abricó-de-macaco – Couroupita guianensis – Também conhecida como bola-de-canhão. Seus frutos são grande, pesados e mal cheirosos, podem provocar acidentes e muita sujeira.
  • 20. Falsa-seringueira – Ficus elastica: Como as outras figueiras, esta apresenta tronco de grande diâmetro, raizes adventícias e superficiais.
  • 21. Pinheiro – Pinus spp: Muitas espécies de grande porte, suscetível a cupins e com derrama natural.
  • 22. Jambolão – Syzygium jambolanum – A queda dos pequenos frutos provoca muita sujeira em calçamentos, áreas de estacionamento e em automóveis.
Raquel Patro
Sobre 
Raquel Patro é editora do site Jardineiro.net e uma pessoa totalmente fascinada pela natureza, principalmente por plantas e jardins. Criou o site Jardineiro.net para disseminar sua paixão, contagiando novos adeptos e entusiasmando os antigos.

terça-feira, 23 de julho de 2019

AS DESVANTAGENS DA ARBORIZAÇÃO URBANA #panerai



Fonte: blog cidades que respiram


Com esse título improvável, esse artigo NÃO é uma ironia. Quero justamente pontuar as principais
justificativas desculpas de quem não gosta de árvores – ou de quem gosta delas, mas lá longe, na floresta. Ou ainda, dos que gostam, mas não sabem disso, e vão descobrir depois de alguns minutos de frente com esse blog.
Sim, a arborização urbana tem desvantagens. Mesmo as ações mais benéficas incomodam (principalmente as benéficas), e as árvores incomodam MUITO no meio urbano. Vamos ser diretos (ou tentar):

Dez desculpas de quem não gosta de árvores:

1. Queda de folhas (e flores)

Queda de folhasA queda de folhas é processo natural das árvores (deciduidade), porém há espécies com maior ou menor deciduidade. No meio natural, as folhas no chão formam um tapete, que mantém a umidade e a fertilidade do solo em torno da árvore de origem – ou seja, um ciclo perfeito. Para o meio urbano, isso é, em geral, desinteressante, já que o ser humano habitante das cidades tem padrões extremos de assepsia, padrões que rejeitam a convivência com certos seres vivos, como os insetos – até mesmo para manter o desequilíbrio ambiental que nos mantém vivos e soberanos.
No fim das contas, a solução é varrer. Folhas pelo chão podem entupir bueiros em dias de chuva, e para evitar que isso ocorra há três recomendações: plantar árvores afastadas dos bueiros (até mesmo para não criar conflito com as raízes); optar, nesse caso, por espécies cujas folhas não causem entupimento facilmente; e varrer – a solução mais lógica e natural.
Little People, do artista Slinkachu
Little People, do artista Slinkachu
De qualquer forma, quero deixar um apelo: quantas vezes já ouvi dizer que jogar lixo no chão gera emprego para os varredores… Longe de concordar com isso, faço uma proposta: que tal se a população jogar o lixo nas lixeiras e deixar para os garis só o trabalho de varrer folhas? Que tal plantarmos mais árvores para gerar mais emprego para os garis e jardineiros? Que tal se dedicarmos 10 minutos do nosso dia para varrer nossas calçadas sem mau-humor? Que tal?
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2. Quebra de calçadas

raiz pivotante e raiz fasciculada
raiz pivotante e raiz fasciculada
1º. Árvores em calçadas devem ter raízes pivotantes (conhecidas como axiais), que tendem a ser profundas. Árvores de raízes ramificadas (conhecidas como fasciculadas) crescem para os lados, próximo à superfície, por isso precisam de espaço livre permeável em volta. Em breve você poderá consultar a nossa “arboripédia” para saber mais sobre os tipos de raízes.
Raízes de árvore quebram parte de passeio da rua da Várzea, na Barra Funda-SP. Foto: Eduardo Enomoto/R7
Raízes de árvore quebram parte de passeio da rua da Várzea, na Barra Funda-SP. Foto: Eduardo Enomoto/ R7
2º. Toda árvore precisa de solo poroso permeável em volta para captar água e oxigênio. Quanto maior a gola (canteiro), melhores as condições de desenvolvimento saudável da árvore. Uma árvore “sufocada” por concreto ou em solo compactado pode erguer suas raízes em busca de oxigênio, independente do tipo de raiz. Além disso, ficam sujeitas a pragas e crescimento comprometido.
Fica claro, então, que a quebra de calçadas por raízes é puramente resultado de negligência. Escolhendo a espécie adequada para o local e respeitando as necessidades vitais das árvores, não acontecerá esse tipo de inconveniente. Clique aqui e saiba mais.
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Árvore caída em Presidente Prudente-SP. Observe as raízes ramificadas sem espaço para crescimento. Foto: Erika Foglia/ iFronteira
Árvore caída em Presidente Prudente-SP. Observe as raízes ramificadas sem espaço para crescimento. Foto: Erika Foglia/ iFronteira

3. Queda em tempestades

As árvores são vegetais superiores, que apresentam extremo vigor na idade adulta. Algumas espécies possuem madeira frágil, e seus galhos quebram com facilidade sob a ação do vento. Mas para que uma árvore adulta caia inteira, ela precisa ter sérias complicações patológicas – doenças, pragas, má formação, raízes comprometidas.
O plantio não é o fim do processo de arborização. Árvores em meio urbano carecem de manutenção constante, que inclui podas de formação, tratamento de pragas e, em última estância, infelizmente, o corte se faz necessário, para priorizar a segurança dos cidadãos – claro, com substituição por outra árvore.
Toda árvore em solo público está sob a tutela do poder público municipal, portanto, é dever das prefeituras cuidar das árvores urbanas, assim como cuidamos constantemente da nossa saúde e higiene.
Mais uma vez, as árvores não tem culpa.

4. Interferência na fiação

A sibipiruna é uma espécie de poucos conflitos com fiações aéreas. Foto Mariana Barros
A sibipiruna é uma espécie de poucos conflitos com fiações aéreas. Foto: Mariana Barros
Em calçadas com fiação aérea, costuma-se desaconselhar o plantio de árvores de grande porte, substituindo-as por arbustos e árvores pequenas. A verdade é que é possível plantar árvores de grande porte sob fiação, mas requer certos cuidados para evitar cortes no abastecimento de energia em dias de vento forte. É preciso escolher uma espécie adequada, cuja madeira não seja frágil, plantar a muda fora do alinhamento dos fios e conduzir a copa da árvore acima dessa rede, usando técnica de poda adequada. Existem também outras soluções, como proteção da fiação ou substituição por rede subterrânea, mas que dependem da atuação das concessionárias responsáveis pela fiação. Mesmo assim, as árvores de grande porte tem uma relação custo/benefício bem melhor para o meio ambiente que os arbustos e árvores pequenas, inclusive com capacidade de absorção de CO2 muitíssimo superior.
Abricó-de-macaco, também conhecida como bola-de-canhão, árvore da Amazônia difundida pelo paisagista Burle Marx. Seus frutos podem ter até 2kg. Fruto atinge carro na zona sul do Rio. Foto: Marcos Pinho/ Eu-Repórter
O abricó-de-macaco, árvore da Amazônia difundida pelo paisagista Burle Marx, produz frutos de até 2kg. Foto: Marcos Pinho/ Eu-Repórter

5. Queda de frutos

A possibilidade de ingerir seus frutos é uma das coisas mais apreciadas nas árvores pelo ser-humano. Portanto não são comuns acidentes com queda de frutos, pois normalmente recolhem-se os frutos antes de madurarem. Mas é preciso ter cuidado, escolher a espécie ideal para cada lugar e não plantar espécies que possuam frutos pesados (como coqueiro e jaqueira) em áreas habitáveis, para evitar acidentes.
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A quaresmeira é inadequada para plantio em estacionamentos e garagens, pois suas folhas mancham a pintura do carro. Mas não vá cortar a árvore se ela já existir... use uma capa para veículos.
A quaresmeira é inadequada para plantio em estacionamentos e garagens, pois suas folhas mancham a pintura dos carros. Mas não vá cortar a árvore se ela já existir: use uma capa para veículos ou outra alternativa.

6. Ocupam espaço de garagem

Não vou nem entrar no mérito da valorização dos automóveis em detrimento do bem estar urbano. A frase já fala por si. Mas já parou pra pensar que uma árvore ocupa no solo exatamente a área que 1 pessoa ocupa? Por volta de 1m², apenas! No caso de garagens, os benefícios persistem, porque a sombra protege o automóvel do calor e da luz que desgasta a pintura, é só escolher uma espécie adequada, sem frutos pesados ou flores que manchem.

7. Atraem vizinhos chatos

Bom, isso tem solução. Aquele pessoal bagunceiro que não te dá sossego, curtindo um som alto embaixo da sua árvore? promova o plantio na sua rua e assim todos terão sombra para farrear.😉
Aproveite e plante mais na frente de casa, pois árvores absorvem os ruídos, minimizando a poluição sonora.

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Dragoeiros em "calçadão" comercial - Santa Cruz de Tenerife, Espanha.
Dragoeiros em “calçadão” comercial – Santa Cruz de Tenerife, Espanha. Você acha que eles estão atrapalhando o comércio?

8. Atrapalham a visão da publicidade do comércio

Uma árvore na calçada é uma publicidade das mais eficazes que um comércio pode ter. As pessoas procuram abrigo nas copas nos dias de sol e de chuva de forma inconsciente, e aproveitam pra olhar uma vitrine… rs. Os lugares arborizados são os mais agradáveis visualmente e a árvore protege da insolação direta, reduzindo custos com ar condicionado. Peça ajuda da prefeitura para fazer uma poda de levantamento e deixar a copa elevada. Letreiros com muita informação agravam a poluição visual urbana. Muitas cidades tem dado incentivos fiscais para comércios com a fachada “limpa”, bem conservadas e com pouca informação, e seria ótimo se essa medida extrapolasse os grandes centros.

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Árvores bioluminescentes, tecnologia desenvolvida por pesquisadores taiwaneses através de algas marinhas e nanopartículas.
Árvores bioluminescentes, tecnologia desenvolvida por pesquisadores taiwaneses através de algas marinhas e nanopartículas.

9. Tornam as ruas perigosas à noite

Mais uma vez o homem tentando resolver seus problemas criando outros problemas. Se o local fica muito escuro à noite, cabe iluminá-lo. Não faz sentido cortar árvores por questões de insegurança, afinal se uma cidade é perigosa, ela o é com ou sem arborização. Já é sabido que cidades amplamente arborizadas tem índices de criminalidade mais baixos, e a explicação é simples: quando governo e população começam a valorizar a coletividade, os serviços começam a ser melhor oferecidos, as pessoas se comprometem com o lugar em que vivem, com o meio ambiente e, concomitantemente, com as outras. As oportunidades e a consciência aumentam e a desigualdade diminui. Não é mágica, é sentimento de pertencimento.
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Homem dorme entre os galhos de uma árvore na zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Fabiano Ristow/ TV Globo
Homem dorme entre os galhos de uma árvore na zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Fabiano Ristow/ TV Globo

10. Abrigam moradores de rua

Mais uma desculpa comumente dada por quem não gosta de árvores – nem de pessoas, por sinal. Se as pessoas não tem casa, melhor que fiquem abrigadas. Melhor ainda se forem tratadas com respeito e amparadas por políticas sérias de habitação.
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Como você pode ver, a maioria dos problemas causados por árvores vem da negligência, da falta de planejamento, de conhecimento e de generosidade dos cidadãos e do poder público. Muitos prejuízos poderiam ser evitados se esse assunto fosse encarado com seriedade. Espero que tenham gostado do texto e que sirva de reflexão: se você não gosta de árvores, que repense; e se gosta, que passe a mensagem adiante e mexa-se para tornar sua localidade mais arborizada, plantando ou cuidando das árvores. Peça consultoria da prefeitura de sua cidade, nos conte como foi. E deixe sua opinião também: concorde, discorde, o debate pode ser enriquecedor pra todos. Abraços!

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Proteja a calçada de danos causados por raízes de árvores

O plantio de espécies adequadas garante que a calçada não fique rachada ou se quebre.


As árvores embelezam calçadas, dão sombra a carros e pedestres, arejam o ambiente e emprestam um pouco de verde às cidades. Mas a natureza pode destruir o que o homem fez: as raízes de algumas espécies crescem a ponto de afetar calçadas, tubulações de água e esgotos e até fios aterrados.
Os especialistas concordam que a melhor maneira de proteger uma calçada contra rachaduras desse tipo é plantando uma espécie que não desenvolva raízes agressivas.
As regras nessa área variam de município para município. Em São Paulo, segundo a Secretaria de Subprefeituras, qualquer pessoa pode cultivar plantas na calçada, mas recomenda-se que o local passe antes por uma análise técnica. A sugestão é que se escolha a espécie de acordo com as características da região.

A agrônoma Regina Calçada engrossa o coro. “Existem sistemas de cultivo que induzem a rachaduras porque não há espaço para a dilatação do cimento do passeio. É preciso pensar se o tipo de calçada combina com o tipo de planta a ser cultivado.”
Plantas como o fícus não são indicadas. “A raiz do fícus é muito agressiva. Além de quebrar a calçada, pode até se infiltrar em um cano caso já exista uma fissura na tubulação”, explica Regina. Outras espécies contraindicadas são paineira, espatódea e seringueira. O ipê, bastante comum no passeio público de várias cidades, divide opiniões. “Pode ser um problema, já que chega a ter um porte muito grande”, pontua a paisagista Ivani Kubo.

O melhor, avalia ela, é investir em árvores pequenas – as arvoretas. “Elas não crescem muito, não têm raízes invasivas e, por isso, não trincam o concreto.” Exemplos de arvoretas são murta, grevilha e resedá. Algumas plantas frutíferas de pequeno porte, como pitangueira, pé de laranja oriental, pé de romã e jabuticabeira híbrida (menor que o pé de jabuticaba-sabará), também são boa opção.
Jabuticabeira na rua onde moro em porto alegre



De qualquer forma, é preciso estar atento às dimensões do passeio e dos canteiros. “Em algumas ruas a calçada é larga, em outras, não tem um metro de largura, não passa nem uma pessoa direito”, observa Ivani. Árvores menores costumam precisar de um canteiro com pelo menos 50 cm x 50 cm x 50 cm. Se você dispõe de espaço menor que isso, prefira outros tipos de plantas.

Em volta dos canteiros, podem ser usados revestimentos semipermeáveis, que permitem que parte da água atravesse o piso e chegue até as raízes. “Se a raiz tem água disponível lá embaixo, não tem necessidade de vir buscar água aqui em cima, na superfície”, explica Regina. “Por consequência, a calçada não racha.”

Em vários municípios, como São Paulo, o manuseio (poda, transplante e remoção) é de exclusividade dos técnicos da prefeitura – na capital paulista, quem desrespeita essa norma está sujeito a multa de até R$ 1.369,20.
Para não ter de acionar os técnicos (que nem sempre aparecem logo que você precisa), previna-se. Se a planta gosta de bastante água e não chove, é preciso regá-la. Isso ajuda a evitar que as raízes venham à superfície, pois garante a oferta de água lá embaixo.

Se houver rachaduras, o melhor, recomenda Ivani Kubo, é “quebrar a calçada, transplantar a planta – não precisa jogá-la fora – e cultivar uma espécie menos agressiva no lugar”.
Ainda assim, é impossível se livrar totalmente de rachaduras nas calçadas. “Além das raízes, elas podem ser provocadas pela passagem de veículos pesados na rua e até pelo movimento de dilatação e contração do cimento”, afirma a engenheira agrônoma Regina.
Fonte: PrimaPagina

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Como Plantar Sementes de Ipês Rosa,Roxo,Amarelo,Etc.

Ver o tópico anterior 
Deverá quebrar a dormência, no caso do Ipê,

basta pegar as sementes e colocar em um jarro de agua mineral, de chuva ou de mina, se for usar água da cidade, coloque a água para descansar por 10 horas e as sementes podem ser colocadas depois. Segue fotos abaixo do processo de germinação, nesta página.
As sementes devem ficar na água por 14 horas, para encharcar e após faça o plantio. Costumo deixar a noite toda boiando...kkk eles nascem depois.
Preparando a terra: Faça um balaio, ou pegue uma pet de 2litros, misture ½ litro detrito de vaca, ½ litro humus e o restante de terra, mexa bem, e coloque no recipientes. Regue por três dias consecutivos durante varias vezes ao dia, para curtir a terra, após os três dias, coloque de uma a duas sementes em cada recipientes
Plante uma ou duas sementes em cada balaio (saquinho)muito mais estará perdendo sementes, porque elas costumam nascem mais de 80%.

Ao nascer regue diariamente até que a planta atinja 10 cm e após raleie, ou seja, corte as plantas ,menores, deixando apenas a maior, por isso costumo plantar uma apenas para evitar sofrimento, deixo algumas sementes para replantio.
Nunca arranque a planta, porque abala a raiz da outra ao lado, recomendo plantar uma semente apenas em cada balaio ou pet, assim deixe algumas sementes caso necessite replante.
Nossa fico imaginando alguém arrancando meus cabelos, que dor... já sei planta não tem sentimento, eitha insensível, planta tem vida... se não pode respeita-la porque escolheu planta-la.
Replante definitivo quando ela tiver 30cm ou mais, prefiro replantar com 45cm, não trocando de lugar, se quiser replantar com ela maior aconselho um saquinho, vaso ou adorno que seja fundo com mais de 40cm de profundidade para não enrolar a raiz, mas pode fazer replanta até com 1,50 de altura ou mais, desde que a raiz esteja bem acomodada.
Se não tiver os ingredientes, plante na areia lavada mesmo, elas nascem. E coloque uma fina camada de areia por cima de um centimento, regue bem... em breve nascerá.
[b]=====================================================================
Etapas do Plantio:




11 Dias

15 Dias

16 Dias

16 Dias



23 dias

24 dias

26 dias

28 dias

30 dias



30 dias

Fonte: fórum das sementes

segunda-feira, 1 de junho de 2015

35 Árvores ideais para calçadas

Foto de Rennet Stowe
Foto de Rennet Stowe
As árvores são fundamentais nas ruas e avenidas. Além de embelezar, elas tem um importante papel no equilíbrio térmico, refrescando onde quer que estejam. Também colaboram com a redução da poluição sonora e do ar, fornecem sombra, refúgio e alimento para as aves. Os benefícios não param por aí, poderíamos falar de fixação de carbono, produção de oxigênio, proteção contra ventos, etc. Mas a escolha da espécie correta é fundamental. Se você deseja plantar uma árvore na sua calçada, o primeiro passo é procurar a prefeitura. Muitas delas tem um plano de arborização urbana, com espécies de árvores indicadas por profissionais capacitados. Não raro, você poderá solicitar o plantio à prefeitura, ou buscar as mudas você mesmo no viveiro municipal.
Fique atento, o plantio da árvore errada pode provocar muita dor de cabeça no futuro, como tubulações de água e esgoto estourados, calçadas levantadas, problemas na rede elétrica, galhos que ameaçam cair a qualquer momento, frutos pesados que caem sobre carros, ramos espinhentos que atrapalham os pedestres, sujeira e mal cheiro advindo de frutos, folhas ou flores caídos, entre muitas outras situações desagradáveis a perigosas. E geralmente você não pode fazer muita coisa. Na maioria das vezes o corte ou poda é permitido apenas à prefeitura e companhia elétrica. O corte inautorizado pode lhe render multas pesadas  e, dependendo da espécie, ser considerado crime ambiental. Você terá que solicitar o serviço e aguardar que aprovem. Portanto, escolha bem. Uma árvore é maravilhosa e para além da vida toda. Abaixo segue uma lista de espécies que são indicadas para calçadas. As espécies que alcançam até 10 metros são boas para calçadas com fiação elétrica, enquanto as maiores podem ser plantadas em calçadas sem fiação.
  1. A bela flor da Bauhinia-de-hong-konh. Foto de Toby Oxborrow
    A bela flor da Bauhinia-de-hong-konh. Foto de Toby Oxborrow
    1. Ácer – Acer palmatum – Mais indicado para regiões serranas, apresenta pequeno porte, atingindo até 8 metros de altura e folhas que variam conforme as estações.
  2. 2. Bauínia de Hong Kong – Bauhinia blakeana – Árvore semicaduca, de floração exuberante, atinge cerca de 8 metros de altura.
  3. 3. Pata-de-vaca – Bauhinia forficata eBauhinia variegata – Árvore florífera e semicaduca, de pequeno porte, ideal para calçadas estreitas e sob a fiação elétrica.
  4. 4. Castanha-do-maranhão – Bombacopsis glabra – Árvore nativa, que alcança 6 metros de altura e tronco verde, bastante ornamental.
  5. 5. Escova-de-garrafa Callistemon spp – Espécies de árvores de pequeno porte, nativas da Austrália, e muito resistentes à seca. Floração exuberante.
  6. 6. Cambuci – Campomanesia phaea – Arvoreta semidecídua, de aspecto delicado e frutos comestíveis. Nativa da Mata Atlântica.
  7. A bela floração da Chuva-de-ouro. Foto de Mauro Guanandi
    A bela floração da Chuva-de-ouro. Foto de Mauro Guanandi
    7. Chuva-de-ouro – Cassia fistula – Árvore belíssima, que desponta inflorescências em cachos pendentes, de cor amarelo-ouro.
  8. 8. Sombreiro – Clitoria fairchildiana – Árvore de maior porte e florescimento ornamental. Ideal para calçadas amplas, sem fiação. Atinge 12 metros de altura.
  9. 9. Jangada-do-campo – Cordia superba – Árvore bela em todos os sentidos, seja na forma, folhagem ou floração. De pequeno porte, atinge no máximo 10 metros de altura.
  10. 10. Cornos – Cornus florida – Árvore nativa dos Estados Unidos, decídua, apresenta transição de cores nas folhas e florescimento exuberante. Atinge 6 metros de altura. Ideal para clima subtropical.
  11. 11. Crataegus – Crataegus oxyacantha – Árvoreta de clima temperado, com florescimento muito ornamental. Atinge 5 metros de altura. É resistente à seca, frio e ventos fortes.
  12. 12. Eritrina-verde-amarela – Erythrina variegata – Árvore tropical, de florescimento ornamental, e folhagem espetacular. Alcança até 12 metros, mas pode ser conduzida como arbusto ou arvoreta.
  13. As flores da Eritrina-candelabro são irresistíveis aos beija-flores. Foto de Mauro Guanandi
    As flores da Eritrina-candelabro são irresistíveis aos beija-flores. Foto de Mauro Guanandi
    13. Eritrina-candelabro – Erythrina speciosa – Árvore decídua, de pequeno porte, atingindo cerca de 5 metros de altura. Seu florescimento além de exuberante ainda é muito atrativo para beija-flores. Aprecia lugares úmidos.
  14. 14. Cereja-do-rio-grande – Eugenia involucrata – Árvore nativa frutífera, atrativa para os pássaros, de copa colunar e própria para clima subtropical. Atinge 8 metros de altura.
  15. 15. Pitangueira – Eugenia uniflora –  Árvore de textura fina e frutos saborosos. A pitangueira também atrai os passarinhos e tem porte pequeno, raramente alcançando 12 metros de altura.
  16. 16. Jacarandá – Jacaranda mimosaefolia – Um verdadeiro clássico. Árvore decídua, de floração exuberante. Ideal para arborização de ruas em regiões de clima subtropical.
  17. 17. Árvore-da-china – Koelreuteria bipinnata – Floresce no outono, despontado inflorescências eretas com flores amarelas, que em seguida são tomados por frutos papiráceos, duráveis, de cor salmão. Para clima subtropical. Atinge até 12 metros – plantar em calçadas sem fiação.
  18. 18. Resedá – Lagerstroemia indica – Arvoreta largamente utilizada na arborização urbana. Tem florescimento esplendoroso, é decídua e tolerante a podas drásticas. Atinge 8 metros de altura.
  19. 19. Leucena – Leucaena leucocephala – Árvore nativa, leguminosa, de pequeno porte e flores em forma de pequenos pompons. Tolerante à seca. Atinge 7 metros de altura.
  20. 20. Alfeneiro – Ligustrum lucidum – Uma das espécies mais cultivadas na arborização urbana do sul do Brasil. Oferece boa sombra, mas a floração de muitos exemplares ao mesmo tempo pode intensificar os casos de alergia à pólen.
  21. 21. Magnólia – Magnolia spp – As magnólias além de belas e perfumadas, são muito interessantes para arborização urbana por seu porte pequeno. Decíduas e próprias para o clima subtropical e temperado. Alcançam de 5 a 10 metros de altura.
  22. O curioso tronco da Melaleuca. Foto de Sydney Oats
    O curioso tronco da Melaleuca. Foto de Sydney Oats
    22. Melaleuca – Melaleuca leucandendron– Árvore nativa da Austrália, que chama atenção pela casca do seu tronco, que é curiosa, desprendendo-se e com textura de papelão. Floração ornamental. Atinge 15 metros de altura. Não plantar sob rede elétrica.
  23. 23. Cinamomo – Melia azedarach – Árvore bastante utilizada na arborização urbana. Indicada para clima subtropical. Floração ornamental e frutos atrativos para avifauna. Alcança até 20 metros de altura.
  24. 24. Amoreira-preta – Morus nigra – Árvore frutífera, muita atrativa para os passarinhos. Atinge 10 metros de altura.
  25. 25. Calabura – Muntingia calabura – Árvore ornamental por seus ramos delicados e arqueados. Frutos pequenos bastante atrativos par as aves. Atinge 10 metros de altura.
  26. 26. Jabuticabeira – Myrciaria cauliflora – Uma unanimidade. Árvore nativa, de frutos saborosos que surgem diretamente do caule. Alcança 8 metros de altura.
  27. 27. Jasmim-manga – Plumeria rubra – Arvoreta de flores muito perfumadas e aspecto escultural. Ideal para regiões litorâneas. Atinge 6 metros de altura.
  28. 28. Cerejeira-do-japão – Prunus serrulata – Árvore decídua, de grande valor ornamental, por ser florescimento espetacular. Própria para clima subtropical e temperado. Alcança 6 metros de altura.
  29. 29. Aroeira – Schinus molle e Schinus terebinthifolius – Árvores belas e atrativas para avifauna. São de pequeno porte, atingindo de 8 a 10 metros de altura.
  30. A florada do Jacarandá. Foto de Beatrice Murch
    A florada do Jacarandá. Foto de Beatrice Murch
    30. Pau-fava – Senna macranthera – Árvore nativa e de pequeno porte, com floração ornamental e aspecto elegante. Atinge até 8 metros de altura.
  31. 31. Canafístula-de-besouro – Senna spectabilis – Árvore decídua, nativa do nordeste, de florescimento ornamental e pequeno porte. Alcança 9 metros de altura.
  32. 32. Ipê – Tabebuia spp – Gênero de árvores, em sua maioria nativas, decíduas, de tronco e ramagem elegantes, madeira resistente e florescimento exuberante em diversas cores. Ipê-amarelo, Ipê-branco, Ipê-rosa e Ipê-roxo. Atingem de 10 a 35 metros, dependendo da espécie. São adequados para calçadas sem fiação elétrica.
  33. 33. Ipê-de-jardim – Tecoma stans – Arvoreta ideal para calçadas. Apresenta florada amarela e duradoura. Atinge 7 metros de altura.
  34. 34. Quaresmeira – Tibouchina granulosa – Árvore nativa da Mata Atlântica, de pequeno porte, largamente utilizada na arborização urbana, por sua rusticidade e florescimento ornamental. Alcança até 12 metros de altura.
  35. 35. Manacá-da-serra-anão – Tibouchina mutabilis – Belíssima arvoreta, em que é possível admirar flores em três cores diferentes simultaneamente, branca, rosa e roxa, de acordo com a idade da flor. Atinge 6 metros de altura.
A lista não para por aí. Você também pode usar uma variedade de coníferas, que apesar de seu formato geralmente cônico a colunar, desde à base, são escolhas interessantes para calçadas largas. As palmeiras, em sua maioria (com exceção das entouceiradas, espinhentas e as de porte gigante), são muito indicadas para ornamentar ruas, avenidas e calçadas. A diversidade de árvores é enorme e você pode gostar justamente de uma que viu em algum lugar. Veja as características que uma árvore para arborização de calçadas deve ter:
  • – Não possuir raízes superficiais ou agressivas
  • – Não ter frutos ou flores grandes
  • – Não possuir espinhos
  • – Não ser tóxica
  • – Não ser de grande porte (mais de 20 metros de altura)
  • – Não possuir madeira frágil, suscetível à quebra ou ataque de cupins (evite árvores de crescimento muito rápido)
  • – Não ser invasora
Veja também uma lista com 22 Árvores de raízes agressivas que você não deve plantar na calçada.
Raquel Patro
Sobre 
Raquel Patro é editora do site Jardineiro.net e uma pessoa totalmente fascinada pela natureza, principalmente por plantas e jardins. Criou o site Jardineiro.net para disseminar sua paixão, contagiando novos adeptos e entusiasmando os antigos.

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