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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Aos nossos dois milhões de visitantes um grande muito obrigado!



Pois é gente, este canal de troca de vivências e dúvidas, já recebeu a visita de 2.000.000 de internautas. 

Obrigado a cada um que passou por aqui!




Este blog começou para ser um diário do estágio obrigatório do curso de Agronomia da UFRGS, no entanto após o estágio no Sítio dos Herdeiros, fiquei apaixonado pela agroecologia e percebi quantas pessoas cultivam suas plantas, quantas gostariam de ter sua horta , seu vaso, mas deparam-se com inúmeras dificuldades. Este blog quer ser uma ajuda, um incentivo a continuar a administrar a natureza, protegendo e valorizando seu potencial.
Por isso continua ou começa a tua horta, o teu pomar, pois acredito no provérbio:

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra".

Lembro que este é um blogue pessoal do Engenheiro Agrônomo Alexandre Panerai Pereira. 
As informações, artigos, textos, imagens, vídeos, fotografias e logos (salvo os da minha autoria) são de propriedade dos seus respectivos titulares e estão aqui expostos com finalidade educativa. Se alguma pessoa física ou jurídica se sentir prejudicada, por favor entre em contato que as correções serão efetuadas imediatamente. 
obrigado

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Conheças as incríveis telas de sombreamento Ultranet e Freshnet e seus poderosos benefícios


Alguém já usou? Quais os resultados? Coloque nos comentários do artigo. Obrigado


      As telas de sombreamento (sombrite) tem como função principal a proteção das plantas contra o sol. Porém, as diversas opções em fios e porcentagem de filtragem, possibilitam seu uso em construção civil e estacionamentos.
      A classificação do sombrite é dada em porcentagem e se refere à quantidade de proteção da luz. Ou seja, um sombrite de 60% só deixa passar 40% dos raios solares.
      É muito utilizado para os viveiros de mudas, visto que a luz solar é necessária para o desenvolvimento da maioria das plantas. Porém, ela deve ser controlada. O sol excessivo pode prejudicar o desenvolvimento das mudas e até mesmo plantas adultas. Assim, o sombrite se torna uma ótima opção.
      O sombrite é um investimento barato e prático que os produtores encontraram para garantir que suas plantas se desenvolvam rapidamente e não tenham prejuízos. Seja com o excesso de sol ou geadas.
      Mas e as telas Ultranet e Freshnet, você já ouvi falar?
     ultranet-35
      Desenvolvida com aditivos especiais que permitem a foto-conversão de luz e diminuição térmica, a tela ULTRANET traz diversos benefícios, como aumento de produtividade (tamanho, peso, número de plantas e/ou frutos) e da qualidade da planta (sabor, textura e cor). A cobertura vermelha estimula o crescimento da planta, incrementando a radiação necessária para a fotossíntese. Diferente da tela preta, que apenas reduz a quantidade de luz, a tela vermelha ULTRANET altera o espectro da luz, transformando-a no que a planta precisa e também atua no controle térmico, pois, possui aditivos próprios para diminuição de temperatura. De fácil instalação e personalização a diversos locais, a tela pode ser aplicada em ambientes internos e externos e adaptada aos mais diversos projetos, sistemas móveis ou que exijam flexibilidade.
Principais aplicações: Produção de hortaliças folhosas, especialmente alface e rúcula, além da produção de flores que necessitam de grande incidência de luz.
Material: Matéria-prima 100% virgem, que possui alta resistência à tensão, compressão e tração. O material que compõe essa tela foi desenvolvido através de alta tecnologia e com equipamentos de alta precisão, o que a torna impermeável e leve, além de ser sustentável devido ao fato de ser um produto reciclável. Possui aditivo com proteção UV, que garante a não degradação da tela quanto exposta ao sol, durante o período de garantia (3 anos).
Sombreamento: 35%
Cor: Vermelha
freshnet-50
      A FRESHNET é desenvolvida com aditivos especiais, adaptado da indústria automobilística alemã, é uma revolucionária tecnologia de produção que permite a máxima diminuição de temperatura diurna. A propriedade de retenção das ondas longas também propicia manutenção da temperatura da folha, maior que a temperatura do ar à noite, evitando o orvalho e diminuindo os riscos de geada por perda de energia radiante. A FRESHNET pode ser usada externamente ou internamente para controle de temperatura diurna ou noturna em estufas e também em telados.
Principais aplicações: Hortaliças, mudas e flores
Material: Tela refletora confeccionada em malha térmica de polietileno de alta densidade com matéria-prima virgem, maleável e possui alta resistência à tensão, compressão e tração. O principal diferencial desse produto é que ele não é aluminizado. Ou seja, não se delamina e não perde a característica de termo-reflexão ao longo do uso.
Sombreamento: 50%
Cor: Prata
   freshnet1
            Um investimento incrível para a produção melhorada e segura de seus cultivares!
            Adquira já as suas telas e garanta uma melhor produtividade.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Produtores dão dicas simples para cuidar de hortas sem usar veneno

Pulgões e lagartas podem acabar com a plantação, mas dá pra enfrentar o problema respeitando o meio ambiente

Nosso CampoTV TEM

Trabalhar com a prevenção nas hortas e plantações garante hortaliças mais saudáveis (Foto: Reprodução/TV TEM)Trabalhar com a prevenção nas hortas e plantações garante hortaliças mais saudáveis (Foto: Reprodução/TV TEM)
Jefferson Parra é citricultor e produtor de hortaliças orgânicas há uma década em um sítio de dez hectares em Araçoiaba da Serra (SP). Ele prepara todas as soluções que usa e disse para o Nosso Campo que o principal para as plantas é uma boa nutrição, que ajuda a eliminar a maior parte das pragas.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 05/02/2017)
Para garantir essa nutrição, Jefferson pulveriza as folhas com um biofertilizante caseiro a cada 15 dias. Esse líquido pode ser usado em hortas, quintal com gramado, pequenas e grandes plantações. Não é difícil de preparar. Ele usa 20 litros de água, 300ml de leite, 560g de açúcar cristal, 66g de fermento biológico e 250g de fubá.
Coloque a água em uma bacia grande. Em um recipiente menor, separe um pouco de água, dissolva o fermento biológico e despeje na bacia. Em seguida, com o mesmo recipiente menor, pegue o líquido da bacia e dissolva o fubá. Mexa e despeje na bacia. Repita o processo de mistura com o açúcar. O leite, acrescente direto na bacia. Misture bem e mexa de 3 a 4 vezes por dia durante uma semana. Depois, já pode ser aplicado nas plantas.
Essa quantidade é suficiente para uma área de 15 a 20 metros. O biofertilizante tem 45 dias de vida útil. Após esse período, o ideal é colocar mais açúcar e fubá para reativar a mistura.
Trabalhar com a prevenção nas hortas e plantações garante hortaliças mais saudáveis. Para isso é preciso observar sempre o aspecto das plantas. É o que faz Maria Rodrigues, produtora orgânica de frutas e hortaliças no município de Iperó (SP).
Maria planta cravo-de-defunto, flor que tem um cheiro forte e cores quentes. Além de atrair insetos, a planta possui propriedades curativas, como o piretro. O cravo-de-defunto faz parte de uma das receitas utilizadas pela produtora para ajudar a repelir os insetos. Ela usa 100g da flor (incluindo folhagens e ramos) e 1 litro de água.
Maria ferve as flores em um litro de água.  Primeiro, começa com a panela tampada. Assim que começa a ferver, coloca a tampa e deixa no fogo por 30 minutos. Depois, deixa esfriar naturalmente; por aproximadamente uma hora. Em seguida, coa e coloca em uma garrafa pet com uma mangueira de aspersão, mas, quem quiser, pode usar um borrifador comum. O ideal é aplicar uma vez por semana, no fim da tarde, em plantas com pulgões, ácaros e lagartas até eliminar o problema.
Para combater a vaquinha, um tipo de besouro comum e que ataca as plantações, Maria indica a seguinte receita. Ela usa 100g de pimenta dedo-de-moça ou 80g de pimenta malagueta, 800ml de água e 1 colher de sopa de sabão de coco ralado ou 1/2 colher de sopa de detergente de coco
Coloque no liquidificador a pimenta, a água e o sabão. Bata bem até misturar tudo. Depois peneire e aplique com um borrifador a cada quatro dias nas plantas afetadas. Após ser guardada, a mistura pode mudar de textura. Daí, é só bater de novo no liquidificador e voltar a usar.
O objetivo não é matar o besouro vaquinha e, sim, espantar o inseto. Com prevenção e observação, dá para ter uma horta bonita, com alimentos saborosos e de qualidade.
O Nosso Campo é exibido aos domingos, às 7h25, na TV TEM! Para participar, envie um e-mail para nossocampo@tvtem.co
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

No jardim ou no vaso, aprenda a cultivar jabuticabeira em casa.









De casca  brilhante, fina e coloração que vai do roxo claro ao escuro -quase preto- os frutos da jabuticabeira são bem mais saborosos do que podem aparentar. As “bolinhas” de um a três centímetros de diâmetro têm polpa branca e suculenta; são consumidas geralmente in natura, mas com elas também são preparados sucos, licores, aguardentes e doces.

Por causa do crescimento lento, a primeira frutificação da planta pode levar alguns anos, mas a espera compensa. A beleza dos frutos, ramos e folhas, e a luminosidade interna na copa fazem da jabuticabeira uma árvore bastante ornamental, além de pouco exigente no cultivo. De acordo com a paisagista Christiane Ribeiro, o diferencial da frutífera é a beleza de suas flores e frutinhas, que se formam nos troncos; fator característico das espécies caulifloras.

Cultivada em todo o Brasil, a jabuticabeira é popular e pertence à família Myrtaceae. O pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), José Antonio Alberto da Silva, destaca entre as variedades a espécie Myrciaria jaboticaba, conhecida como sabará, além da Myrciaria cauliflora, popularmente jabuticaba paulista, assu ou ponhema. “É uma planta de origem subtropical que se adapta bem a regiões tropicais, além de tolerar geadas”, explica.



NO JARDIM

A jabuticabeira pode ser cultivada em jardins, quintais, pomares comerciais e como planta ornamental, em vasos.
Como as mudas produzidas por meio de sementes normalmente frutificam somente após o décimo ano, o pesquisador José Antonio Alberto da Silva, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), indica o uso de plantas enxertadas, compradas em viveiros de boa procedência.
A paisagista Christiane Ribeiro recomenda plantar junto à jabuticabeira, outras frutíferas, árvores floríferas e áreas gramadas. Além disso, como as árvores costumam chegar a dez metros de altura, é preciso um planejamento de espaço. Mantenha uma distância de seis metros entre as espécies. Escolha um local ensolarado para o cultivo e faça a(s) cova(s) com as medidas 60 x 60 x 60 cm. “Se a planta estiver em local sombreado, ocorre secamento de ramos e redução na produção”, diz Silva.

NO VASO
Segundo a paisagista Christiane Ribeiro, a planta se desenvolve bem em vasos, sendo uma ótima opção para pequenos espaços como varandas. Por se tratar de condições adaptadas de solo, o cultivo isolado requer cuidados principalmente de irrigação e adubação.
Escolha um recipiente com no mínimo 50 cm de boca e 50 cm de altura. Embora não tenha raízes profundas, o ideal é que estejam acomodadas em suportes grandes com um bom volume de terra para se desenvolverem mais adequadamente.

Para que não haja acúmulo de água e consequente apodrecimento das raízes, aconselha-se a criação de um dreno na base do vaso. Para isso, faça um furo no fundo do recipiente com dois centímetros de diâmetro. Depois, coloque uma camada de cinco centímetros de argila expandida ou pedra britada, sem tampar o orifício. Por fim, cubra com um pedaço de manta acrílica, seguida por uma camada de cinco centímetros de areia grossa. Sobre essa base, é só completar o vaso com a terra preparada e plantar a muda.

O pesquisador José Antonio Alberto da Silva, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) indica para o cultivo em vasos as plantas chamadas de jabuticabeira híbrida: elas já produzem frutos graúdos e doces a partir do quarto ano, além de apresentar várias floradas a cada doze meses.

PREPARO DO SOLO
Para o preparo do solo pré-plantio em casa, misture:
- 60 litros de terra (se for muito argilosa, coloque 40 litros de terra e 20 litros de areia grossa);
- 40 litros de esterco curtido ou composto orgânico;
- 200 gramas do adubo químico superfosfato simples;
- 200 gramas de calcário;
Siga a proporção de três partes de terra para duas partes de esterco ou composto orgânico. Em caso de plantio direto no solo, misture à terra que retirar para a cova as mesmas quantidades de esterco, adubo químico e calcário.


Minhocas Californianas – especiais para compostagem doméstica

Post minhocas californanas
As minhocas californianas, apesar do nome, têm origem Europeia. No meio acadêmico são conhecidas como Eisenia fetida que faz menção ao seu gênero (Eisenia) e à espécie (fetida). Este espécie se diferencia de outras muito parecidas por apresentarem listras transversais bem evidentes ao longo do corpo e por isso também  lhes  são atribuídas o vulgo “Minhocas listradas”.
Minhocas Californianas
Minhocas Californianas
As minhocas californianas são reconhecidas mundialmente por contribuírem de forma muito eficaz no processo de compostagem doméstica. Com sutileza e velocidade elas transformam os resíduos orgânicos em um excelente adubo para todos os tipos de plantas. Este adubo é chamado de húmus de minhoca e é considerado um dos melhores condicionadores de solos, atuando na melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo.
húmus de minhoca
húmus de minhoca
A utilização das minhocas californianas na compostagem doméstica tem gerado um benefício enorme atualmente. Isso porque ao invés de enviar os resíduos orgânicos aos aterros sanitários ou lixões gerando líquidos e gases que poluem o meio ambiente, muitas famílias em diversas partes do mundo fazem a compostagem com minhocário proporcionando a destinação adequada aos resíduos orgânicos. No minhocário coloca-se os resíduos orgânicos junto com serragem e em mais ou menos 30 dias já está pronto o composto.
Simples compostagem com Minhocário Caseiro
Minhocário Caseiro – Simples Compostagem
Podendo ingerir uma quantidade de alimentos em média 25 a 35% do próprio peso diariamente, as minhocas californianas se alimentam durante grande parte do tempo. Além disso, podem dobrar a população num período entre dois e três meses em condições ótimas. As minhocas são hermafroditas possuindo os dois sexos em cada indivíduo. Algumas semanas após a cópula serão formados casulos onde as proles serão desenvolvidas. Estes são depositados no solo e irão gerar de três a sete minhoquinhas cada casulo.
Casulo de minhoca
Casulo de minhoca californiana. Fonte: heidi & hans – jurgen koch
Este tipo de minhoca é descrita como epígea, ou seja, minhocas cuja a sobrevivência se dá nas camadas superficiais do solo. Neste ambiente, ela pode encontrar a matéria orgânica em abundância para se alimentar.

Minhocas epígeas vivem em áreas superficiais do solo
Um fato que pouca gente sabe é que o naturalista Charles Darwin, mais conhecido por sua teoria evolutiva da seleção natural, publicou, em 1881, um livro sobre como as minhocas atuam na formação do húmus!
"A formação de húmus através das ações das minhocas. Com observações de seus hábitos"
“A formação de húmus através das ações das minhocas. Com observações de seus hábitos”
Em seus estudos ele tratou de observar diversos tipos de minhocas e realizou descobertas que contribuíram para o maior conhecimento destes fantásticos animais, como por exemplo:
  • São noturnos;
  • Podem rastejar para frente ou para trás;
  • Não possuem olhos mas podem distinguir a noite do dia e respondem rapidamente à qualquer raio de luz;
  • Respiram pela pele;
  • São hermafroditas, possuem os dois sexos em um mesmo indivíduo e precisam de um par para copular;
  • Podem viver durante um longo período debaixo d´água;
  • São sensitivos ao ar seco, calor, frio, vibrações e ao serem tocados;
  • Não possuem dentes e nem garras e são completamente surdos;
  • O seu sentido de cheiro é fraco e limitado à percepção de certos odores;
  • Eles são onívoros e preferem um gosto em detrimento de outro. Eles umedecem os alimentos antes de engolir com um fluido, o qual é da mesma natureza que a secreção digestiva do pâncreas de animais superiores.
  • Eles são canibais e podem comer minhocas mortas;
  • Podem sobreviver por um período limitado de tempo, por engolir solo e extrair seu conteúdo de nutrientes. Eles também podem engolir areia, pequenas pedras e fragmentos de concreto;
  • Eles escavam as tocas empurrando o solo para os lados e engolindo ;
  • Eles expelem os dejetos fora de suas tocas. Estes são completamente misturados com secreções intestinais e favorecem o crescimento de plantas;
  • Eles são comidos por aves;
  • Eles regularmente “aram” a terra e misturam o solo da superfície;
  • Eles apresentam alguma forma de inteligência, indicado pelo seu arrastamento de folhas da ponta e pela sua cobertura de suas tocas.
Fontes
Manual of On-Farm Vermicomposting and Vermiculture By Glenn Munroe Organic Agriculture Centre of Canada;
Crop Farm Review – www.cropsreview.com


FORNECEMOS MINHOCAS CALIFORNIANAS PARA O RIO GRANDE DO SUL , SANTA CATARINA E PARANÁ! CONTATE PELO EMAIL: agropanerai@gmail.com

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Plantei uma muda de Sete capotes no sítio. Conheces?

http://www.huertasurbanas.com
Continuando a diversificação de espécies no sítio 5 irmãos em montenegro RS, plantei uma muda de "sete capotes" que ganhei do amigo Radalesque. Adubei a cova da muda com esterco de gado, vamos verificar seu crescimento.
alexandre 


CAMPOMANESIA GUAZUMIFOLIA
FAMÍLIA DAS MYRTACEAS

Flores
Frutos

NOME INDIGENA: AGUARICARÁ vem do guarani e significa “Fruto da arvore de tronco coberto de varias camadas de cascas e escavado” característica bem notória nos outros nomes populares mais comuns como Sete capotes ou Sete casacas.


Características: Arvore de 4 a 10 metros e tem copa arredondada quando em pleno sol e piramidal quando no interior da floresta. O tronco é tortuoso com pequenas cavas ou sucos e mede 20 a 30 cm de diâmetro, com casca muito suberosa ou grossa, formada de diversas camadas. As folhas são simples, opostas e verdes foscas, oblongas (mais longa que larga) com textura rugosa e coriacea (rija como o couro) medindo 6,5 a 12 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, com base é arredondada e o ápice é ovalado (com forma de ovo). As nervuras são bem distintas, pubescentes (coberta de pelos curtos) e salientes na face superior. As flores são hermafroditas, axilares (nascem na conjunção da folha com o ramo). O botão por abrir mede 1 cm de diâmetro e a flor depois de aberta mede 3 a 4 cm de diâmetro. O cálice (invólucro externo) é denteado e mede 9 mm de comprimento e a corola (invólucro interno) contém 5 a 7 pétalas brancas de 1,6 a 1,8 cm de comprimento, com margem crenada (dentes arredondados).

Dicas para cultivo: Arvore de crescimento rápido e muito resiste a geadas de -3 graus vegeta bem em qualquer altitude. O solo pode ser profundo, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) com pH neutro e rico em matéria orgânica. A arvore inicia a frutificação a partir do 3 ano após o plantio. Também é muito resistente a seca.

Mudas: As sementes são de cor creme conservam o poder germinativo por mais de 1 anos após terem sido limpas e secas. Germinam em 40 a 60 dias se forem plantadas em substrato rico em matéria orgânica. As mudas atingem 30 cm com 6 meses de cultivo.

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol como em bosques com arvores grandes bem espaçadas. Abra covas  num espaçamento de 5 x 5 m; com dimensões de 40 cm de largura, altura e profundidade, misturando a terra da superfície com 500 g de calcário, 1 kg de cinzas e 8 kg de matéria orgânica bem curtida, deixando curtir por 2 meses. A melhor época de plantio é de setembro a outubro. Depois de plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar chuva por mais de 1 mês.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco ou estiverem atrapalhando a formação da copa. Adubar com composto orgânico, pode ser 6 kg de matéria orgânica bem curtida + 30 g de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 4ª ano.

Usos: Frutifica de fevereiro a abril. Os frutos são consumidos in-natura, ou para fabricação de geléias ou sorvetes. As arvores não devem faltar em reflorestamentos de preservação permanente por terem rusticidade e crescimento rápido.

Fonte: http://www.colecionandofrutas.org/campomanesiaguazumi.htm

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Destino energético para as sobras da criação de animais e da agricultura

Extraído do site: ZH Campo e Lavoura


Iniciativa da Consórcio Verde Brasil, parceria da Ecocitrus, Naturovos e Sulgás produz biogás, biometano, e biofertilizante

Por: Fernanda Coiro

Resíduos da produção de alimentos e da criação de animais geram biogás, biometano e biofertilizanteFoto: Carlos Macedo / Agencia RBS
O descarte das sobras da produção de alimentos e criação de animais - esterco animal e excedente da produção de sucos e laticínios, entre outros - abre oportunidade de renda com a transformação em biometano e biogás. E uma lei estadual de incentivo ao setor, que prevê a redução de impostos e a concessão de crédito, deve estimular investimentos. É um ciclo que se fecha, com o agricultor e a indústria produzindo matéria-prima e, ao final do processo, reutilizando as sobras e contribuindo para a redução de gases do efeito estufa.
É o caso da família Kleinschmitt, que produz frutas cítricas, como laranja e bergamota, em Harmonia, no Vale do Caí. Integrantes da Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus), o casal Júlio e Adriana está integrado ao processo de produção de biometano, biofertilizantes e gás verde. Conforme Adriana, o uso do biofertilizante ajudou a melhorar a qualidade das frutas e a aumentar em cerca de 20% a produção.
- Agora toda fruta é aproveitada - comemora Adriana.
Durante a safra, são colhidas em média 112 toneladas de frutas. Três vezes por semana, um caminhão da cooperativa recolhe a produção e leva para a agroindústria. Após a elaboração do suco, o bagaço é despejado em caminhões que vão para a usina de compostagem, estruturada a partir de parceria entre a cooperativa, a Naturovos e a Companhia de Gás do Estado (Sulgás), que criaram o Consórcio Verde Brasil, que produz biogás e biometano, além de adubo orgânico.
Processamento dos dejetos resolve problema ambiental e econômicoFoto: Carlos Macedo / Agencia RBS
Na parceria no consórcio, a Naturovos encontrou um destino para as 2,5 mil toneladas de resíduos produzidos mensalmente.
- A ideia era achar um destino mais sustentável e, em breve, quando a chamada pública da Sulgás estiver em vigor, ampliar o projeto - detalha João Carlos Müller, presidente da Naturovos.
Na usina, as sobras da Ecocitrus são misturadas ao esterco de aves oriundo da Naturovos e, após a preparação, são colocadas em biodigestores, onde permanecem por 25 dias para fermentar. A partir daí é gerado o biogás - responsável pela geração de energia elétrica - e o biofertilizante - que retorna para as propriedades - e o GNVerde (biometano) - resultado da purificação do biogás.
GNVerde é referência
O consórcio, com investimento inicial de R$ 4 milhões, é o primeiro no país a produzir e distribuir produtos 100% renováveis e comprovadamente verdes.
- Este é um dos projetos mais avançados e serve de referência em todo o Brasil - diz Alessandro Gardemann, vice-presidente da Associação Brasileira de Biogás e Biometano (ABiogás).
A usina destina 60 toneladas por dia de biomassa para a produção de biogás. Este volume gera 2,4 mil metros cúbicos do produto, que pode ser convertido em 1,2 mil metros cúbicos de biometano veicular ao dia, suficientes para abastecer 80 automóveis. Para se ter uma ideia, o tanque de um veículo leve tem capacidade para 15 metros cúbicos. A Sulgás estima uma economia de cerca de 50% em relação ao combustível tradicional.
- O biometano é um gás em que todos os componentes nocivos foram eliminados - afirma Claudemir Bragagnolo, presidente da Sulgás, empresa responsável pelo monitoramento, certificação e controle de qualidade.
O casal Kleinschmitt, que fornece a matéria-prima, também abastece seu automóvel duas vezes por semana com o GNVerde e elogia a economia de combustível.

Novas iniciativas no Estado
Os resultados obtidos pelo Consórcio Verde Brasil estimularam o surgimento de outras iniciativas, como a Unidade Produtora de Leitões Mundo Novo, em Bom Retiro do Sul.
- O projeto da Ecocitrus é um espelho, uma iniciativa que apresenta resultados - afirma Tiago Feldkircher, engenheiro ambiental da cooperativa Languiru.
A cooperativa firmou parceria com o Sindicato e Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado (Sescoop/RS) e com a Confederação Nacional das Cooperativas de Crédito da Alemanha, que entrou com a expertise e o aporte financeiro.
A partir de 2014, a unidade de 80 hectares passou a utilizar o biogás, produzido a partir dos dejetos suínos, no aquecimento da água dos chuveiros e na cozinha da unidade, substituindo gradativamente o gás de cozinha. Segundo Feldkircher, são produzidos de 400 a 500 metros cúbicos de biogás na unidade - o suficiente para fornecer energia elétrica para 162 residências em um dia. Hoje, a planta consome apenas 10 metros cúbicos.
As prefeituras de Harmonia e Tupandi, ambas no Vale do Caí, também planejam produzir, em parceria, biogás e biometano. Nas duas localidades, os dejetos de suínos são um limitador para ampliar o número de animais. O esterco é misturado com serragem, mas a absorção do produto está no limite.
A prefeitura de Harmonia já doou área de 3,5 hectares para a instalação da indústria, porém depende de investidores para que o projeto saia do papel.
Biometano e o GNVerde
O biometano, que no Rio Grande do Sul recebeu a marca GNVerde, é um combustível alternativo e 100% renovável que já está sendo testado em veículos desde 2013.
É produzido a partir da purificação do biogás gerado na decomposição de resíduos e dejetos orgânicos. Com isso, alcança características semelhantes aquelas do gás natural. Assim, pode ser usado em todas as aplicações como substituto do gás natural.
Biomassa
A biomassa é a principal matéria-prima para o biogás. É considerada um resíduo sólido, sendo encontrada de diversas formas, tais como: restos de alimentos, resíduos de madeira, palha do arroz, bagaço da cana-de-açúcar, esterco de animais e entre outras formas.
A biomassa é a matéria orgânica que pode ser utilizada como recurso energético a partir de diferentes processos, como o biogás por queima, biogás por decomposição e biocombustíveis por extração e transformação.
Passo a Passo da produção do biogás e biometano
1. Todo o tipo de biomassa (bagaço, esterco) pode ser utilizada como substrato para a produção de biogás
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
2. Na usina de compostagem, os substratos passam por processos de preparação
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
3. No biodigestor, é gerado o bigás e o biofertilizante
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
4. O biogás passa por um sistema de purificação para ser transformado em biometano

Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
5. O biometano (GNVerde) fica armazenado em reservatório

Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
6. O GNVerde é enviado para dispenser, onde é comprimido e pode realizar o abastecimento
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
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