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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Cultivo de oliveiras aponta crescimento no Brasil

Revista globo rural

Produção de azeite, já consolidada em países da Europa, na Argentina, Uruguai e Chile, começa a ganhar fôlego no Brasil

por Luciana Franco

Editora Globo
Na Grécia, a importância do azeite é tamanha que a erradicação de uma oliveira já foi sentenciada com pena de morte. Não é à toa que o país europeu se tornou nos últimos séculos o maior consumidor mundial de azeite, com 21,6 litros por habitante ao ano. Com uma produção de 400 mil toneladas e consumo de 250 mil toneladas, a Grécia se posiciona como terceiro maior produtor mundial. No país estão 120 milhões de oliveiras – dos 750 milhões existentes em todo o mundo. E o grande destaque para a capital mundial do azeite é a qualidade de sua produção, integralmente de extravirgem: o azeite de melhor qualidade que existe.

A história da Grécia se confunde com a da azeitona, que começou a ser cultivada na Ilha de Creta. O azeite é tão importante para o país que responde pela renda de 13,5% da população. O produto, que já foi usado na fabricação de perfume e de pomada com fins medicinais, foi utilizado por Hipócrates, o pai da medicina, para a cura de cólicas, surdez e queimaduras.


Editora Globo
Inspirados na antiga tradição grega, vários vizinhos europeus iniciaram o cultivo de oliveiras e investiram na produção de suas próprias marcas de azeite. Hoje, a Itália ostenta o título de maior produtora do mundo, seguida pela Espanha. A qualidade da produção desses dois países serve de modelo para quem quer iniciar o cultivo de oliveiras e extrair um azeite de primeira. Na América do Sul, Chile, Uruguai e Argentina já colhem gordas safras de azeitonas e têm a qualidade de seus azeites reconhecida no mercado internacional.

No Brasil, a oliveira chegou há muitos séculos, trazida por imigrantes europeus. Apesar disso, o cultivo se manteve restrito no país. Mas essa situação começa a mudar, com iniciativas espalhadas por diversos estados brasileiros. O Rio Grande do Sul é atualmente o polo mais desenvolvido, graças, entre outros fatores, à iniciativa do empresário José Alberto Aued, que implantou, em 2005, um centro de produção de 12 hectares de oliveiras no município de Cachoeira do Sul. Após cinco anos testando diversas variedades, o empresário realizou neste ano a primeira extração de um azeite brasileiro: o Olivas do Sul.


.Editora Globo
José Aued colhe a quinta safra e produz neste ano o primeiro azeite brasileiro
Além do Rio Grande do Sul, o cultivo se expande também nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Em Minas, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) ajudou a disseminar pequenas lavouras em diversas regiões do estado. Já em São Paulo, um grupo de estudos foi criado para pesquisar a cadeia da oliva. O aumento das ações nessa área reflete a crescente demanda pelo produto, já que o Brasil gasta anualmente R$ 400 milhões na importação de azeitonas de mesa e azeite. O volume de compras dobrou nos últimos cinco anos, e a maioria das aquisições é feita na União Europeia (85%) e na Argentina (13%).

Como ainda é uma atividade nova no país, são poucas as estatísticas disponíveis sobre a cadeia, no entanto, os recentes cultivos mostram que as variedades utilizadas – oriundas da Europa – são aptas ao clima e solo brasileiros. “Trouxemos seis variedades, sendo que a mais cultivada é a arbequina, originária da Espanha”, avalia Gabriel Bertozzi, da Agromillora, única empresa que importa mudas de oliveira para o Brasil. Pelos cálculos de Bertozzi, são cultivadas cerca de 130 mil mudas por ano no país. A maior parte dessas lavouras vai render sua primeira colheita no próximo ano. “Acreditamos que o Brasil tem grande potencial para produzir um azeite de qualidade”, diz Fernando Rotondo, produtor e consultor, que cultivou em sua propriedade, em Santana do Livramento (RS), 12 mil mudas.


Editora Globo
A oliva deve ser processada até 12 horas após a colheita
Alguns entraves, porém, ainda precisam ser solucionados, entre os quais destaca-se o espaçamento do plantio. “O cultivo muito adensado eleva os custos, pois requer a poda das árvores, que é uma operação cara. Os menos adensados também têm se mostrado mais produtivos”, afirma Bertozzi. Os pomares de Aued contam com 300 plantas por hectare, enquanto que na Europa alguns plantios contabilizam até 1.800 árvores por hectare. Outra questão ainda em estudo se refere ao clima. As variedades cultivadas no Brasil foram trazidas da Europa, onde o clima é temperado, e estão sendo cultivadas em áreas de clima similar. “Mas existem azeites excelentes em Marrocos, na Grécia e em Israel, regiões quentes, e isso nos leva a crer que também poderíamos testar variedades dessas regiões“, avalia Angélica Prela Pântano, pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

O IAC, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), o Instituto de Economia Agrícola (IEA), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada (Cati) e a Agência de Serviço Settore Agroalimentare Marche (Assam), da Itália, está realizando um zoneamento em São Paulo para descobrir quais áreas são indicadas para o cultivo no estado. “Municípios próximos à Serra da Mantiqueira e no sul do estado apresentam boas condições de cultivo de oliveiras”, diz Angélica.

sábado, 5 de outubro de 2013

Técnica Rural destaca o cultivo de oliveiras

Reprodução

Veja quais são os cuidados que se deve ter na produção de mudas e como está o mercado para a produção de azeite


Foto: Reprodução / Canal Rural
Brasil é o terceiro maior consumidor de azeite de oliva do mundo
O Brasil é o terceiro maior consumidor de azeite de oliva do mundo. A região mediterrânea é responsável hoje por 95% da produção mundial. O clima seco e com muito sol beneficia o cultivo das oliveiras.

No Técnica Rural desta quinta, dia 30, você vai saber quais os cuidados que se deve ter na produção de mudas e como está o mercado para a produção de azeite.



CANAL RURAL
Veja também 
http://canalrural.ruralbr.com.br/noticia/2013/05/tecnica-rural-destaca-o-cultivo-de-oliveiras-4154619.html

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Dia de Campo na TV - Cultura da oliveira no sul do Brasil

A oliveira é uma espécie frutífera das mais antigas utilizadas pelo homem. Seu cultivo remonta 6 mil anos atrás e tem sido realizado em todos os continentes, nas regiões que apresentam clima subtropical ou temperado. No Brasil, as pesquisas começaram em 1948 no Rio Grande do Sul, através de órgão especializado da Secretaria de Agricultura, até início dos anos 1980. Após 26 anos, a Embrapa Clima Temperado retomou esse trabalho. Desde então, várias ações foram desenvolvidas para elaboração de um sistema de produção de olivais. O cultivo das oliveiras, seja para a produção de azeite ou de azeitonas de mesa, tem despertado a atenção dos produtores e da indústria, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Só no Rio Grande do Sul estima-se que existam cerca de 500 hectares já plantados. Um número considerável, em comparação aos 1,2 mil hectares nacionais de cultivo. Mas tanto a área de plantio como a de produção são pequenas se comparadas aos dados mundiais. O país é hoje o quinto maior importador mundial de azeite de oliva e o quarto maior importador mundial de azeitonas de mesa. Outro motivo que torna a olivicultura relevante é sua potencialidade como alternativa na mudança da matriz produtiva. Dentre os diferentes tipos de alimentos, o azeite de oliva é considerado como a opção mais saudável entre os óleos comestíveis, razão pela qual a produção e consumo têm crescido nos últimos anos em todo o mundo. O consumo de azeitona de mesa também tem se caracterizado por um crescimento continuo. O Brasil, por exemplo, está entre os dez maiores consumidores, sendo responsável por 3,4% do consumo mundial.

Produção: Embrapa Informação Tecnológica e Embrapa Clima Temperado
Responsável pelo conteúdo técnico: Enilton Fick Coutinho - pesquisador
Produção e Roteiro: Francisco Lima - Jornalista
Cinegrafistas: Rogério Monteiro e José Alves Tristão
Editor de imagem: Sérgio Figueiredo
Editor de arte: Joniel Sergio
Contatos: (53) 3275-8100
cpact.sac@embrapa.br
www.cpact.embrapa.br

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