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terça-feira, 16 de março de 2021

Sementes são pacotinhos recheados de energia de vida e informações genéticas

Fonte: blog dever de casa



Sementes são pacotinhos recheados de energia de vida e informações genéticas, e foram sendo aprimoradas ao longo de milhares de anos para perpetuar, da maneira mais eficiente possível, a espécie da qual carregam traços e características.
Quando estão livres na natureza, todo o meio ambiente se encarrega de ajudá-las a exercer sua função: ventos levam para longe as mais leves, pássaros carregam no bico e no sistema digestivo as sementes dos frutos que lhes serviram de alimento, algumas são arremessadas pelo estouro do fruto onde foram formadas, outras são transportadas pelas águas... Assim, cada uma segue seu curso natural e, em solo e condições favoráveis, dá início a uma nova vida.

Mas, e quando somos nós os responsáveis por fazê-las germinar, como lidar com cada tipo? Onde semear? Quanto enterrar?

Uma regra muito útil no preparo de sementeiras ensina que cada semente deve ser enterrada em profunidade equivalente ao seu tamanho "deitada" - ou seja, na posição em que fica naturalmente quando cai no chão. Claro que esse cálculo não é muito fácil quando se trata de sementes bem pequenas, mas no caso das grandes, veja:


A semente da Seringueira (Hevea brasiliensis), que tem 1,7 cm de espessura na sua menor dimensão, deve ser enterrada a 1,7 cm de profunidade.


A semente do Guapuruvú (Schyzolobium parahiba), também chamada de ficheira por ser bem achatadinha, deve ser enterrada sob uma camada fina de terra.


Claro que a natureza não obedece regra nenhuma e muitas sementes germinam sem nem mesmo terem sido cobertas de terra, mas essa é uma boa referência para não correr o risco de enterrar demais uma semente, sob mais peso do que ela poderia suportar na hora da germinação. Afinal, nascer não é tarefa fácil nem para os vegetais, e sempre exige algum esforço:





No caso das sementes bem pequenas, espalhá-las sobre a superfície da sementeira e peneirar uma camadinha fina de terra por cima já é mais do que o suficiente para que todas se mantenham firmes no lugar e não sejam levadas pelo vento e pela água das regas, além de permanecerem úmidas por mais tempo, já que expostas secariam muito rapidamente.

Na hora de regar, chuvinha fina feita com borrifador para as sementes pequenas, e volume um pouco maior de água, com regador ou mangueira, para as sementes maiores e mais enterradas. Diariamente.

E como já falei neste outro post  sobre sementeiras, o tempo de germinação pode variar de quatro dias a vários meses, dependendo da planta, por isso é interessante se informar a respeito do que você está semeando, para não sofrer por antecipação achando que não vai dar certo e nem desistir antes da hora.
Boa sorte!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Recuperar áreas degradadas com bolas de sementes - SEED BALL

Um método simples de restaurar a vida vegetal numa área que sofreu erosão é através de bolas de sementes. Colete sementes silvestres todos os anos. As crianças são especialmente boas em coletar sementes e gostam de aprender sobre as plantas.



Colete o maior número possível de sementes diferentes de plantas nativas do local. Faça pequenas bolas com estas sementes e um pouco de terra.
Misture as sementes com composto ou terra para plantio e acrescente barro. Coloque água suficiente apenas para umedecer a mistura.
Se colocar muita água, as sementes brotarão cedo demais. Faça pequenas bolas com esta mistura e deixe-as secar por alguns dias ao sol. Um pouco antes ou durante a estação das chuvas, vá até o local onde você quer restaurar a vida vegetal e jogue as bolas. Construir primeiro valas nas curvas de nível e outras barreiras reduz e retém a água do escoamento superficial, necessária para ajudar as sementes a brotarem e crescerem.

As sementes brotarão quando chover. O composto provê nutrientes, e o barro evita que as sementes sequem, sejam comidas por camundongos e pássaros ou levadas pelo vento. Depois de um ano, as novas plantas produzirão suas próprias sementes, e logo crescerão muitas plantas novas. O solo se acumulará ao redor das plantas, evitando a erosão. Logo, aparecerão novos tipos de plantas. Se não for perturbada, depois de muitos anos, a área inteira estará restaurada.

NOTA DA EDITORA: Este método é bom para restaurar a vida vegetal, mas não é adequado para o
reflorestamento. As árvores freqüentemente precisam de mais cuidados e tempo para crescer.



Colete somente as sementes totalmente maduras de árvores fortes e saudáveis. Pegue sementes dos melhores exemplares disponíveis da árvore. As sementes contidas em vagens ou frutas devem ser retiradas.

As frutas pegajosas, como o tamarindo, precisam ser deixadas de molho na água para que as sementes possam ser retiradas e secadas. As sementes devem estar bem secas antes de serem armazenadas. Use rótulos claros.
Algumas sementes, especialmente as muito duras, podem permanecer boas por muitos anos. Porém, algumas sementes macias, como as sementes de nim ou de maçã kei, mantêm-se apenas por algumas semanas. Use sementes frescas sempre que possível.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Sementes crioulas, difíceis de encontrar.


Agradecemos ao técnico Carlos da Emater RS, escritório Novo Hamburgo distrito Lomba Grande , que forneceu sementes de milho crioulo , para produção do Sítio Nena Baroni.

Segundo o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar em Novo Hamburgo, Carlos Rocha, o resgate e a manutenção das mudas e sementes crioulas são práticas agrícolas incentivadas pela Instituição para a sustentabilidade nas pequenas propriedades familiares, visando à ampliação da variabilidade de cultivares utilizadas pelos agricultores em sua alimentação, à comercialização dos excedentes e à preservação ambiental. 

Obrigado!



Foto-Roger-Smith-sob-licença-Creative-Commons
Foto: Roger Smith sob licença Creative Commons
O primeiro elo da cadeia alimentar é a semente. Houve um tempo em que a semente sintetizava o percurso de vida de cada espécie, do jeito que a natureza criou e aprimorou. Hoje essa palavra traz outras opções: o ato de semear pode ocorrer por meio de uma semente crioula, de uma semente orgânica ou tratada e de uma semente geneticamente modificada pela ação do homem.
As sementes crioulas são um tipo antigo, que guarda um repertório de seleção natural de milhares de anos. Adaptadas aos ambientes locais, são mais resistentes e menos dependentes de substâncias sintéticas. Elas contribuem para a diversidade alimentar e para a biodiversidade dos sistemas de produção. São resultado, também, do trabalho de gerações de agricultores que selecionaram, multiplicaram e as compartilharam. A disponibilidade e continuidade dessas sementes tornou-se uma missão para a agricultura familiar e camponesa, fundamental para a independência e asegurança alimentar dos povos.
milho crioulo
Milho crioulo. Foto: reprodução
Para alcançar uma produção padronizada e mecanizada, o crescente empobrecimento genético das variedades de culturas resultou em espécies cada vez mais vulneráveis. A baixa adaptabilidade a diferentes condições de solo e clima também são características deste processo. As variedades modernas tendem a dar seus melhores resultados em condições de crescimento artificiais, com adição de insumos químicos. A produção de espécies crioulas ajuda a frear o processo de degradação do conhecimento local causado pelo agronegócio com sua monocultura, agrotóxicos, erosão do solo e degradação da biodiversidade.
Uma prática antiga ainda bem presente entre os agricultores é a troca de mudas, sementes ou animais reprodutores. O mercado de sementes é extremamente regulamentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O MAPA estabeleceu mecanismos para a organização, sistematização e controle da produção e comercialização de sementes e mudas, e instituiu, por meio da Portaria n° 527, de 30 de dezembro de 1997, o Registro Nacional de Cultivares – RNC. Assim, fica restrita a comercialização de sementes produzidas fora desse registro. Este registro sistematiza a produção nacional, mas possui uma legislação que contempla a produção agrícola em escala industrial. Ele exige características específicas das sementes, como um alto nível de uniformidade genética, que não existe nas variedades crioulas. Desse modo, o RNC afeta negativamente muitos produtores da agricultura familiar e a disseminação das sementes crioulas e sementes orgânicas.
Assim, os agricultores começaram a se articular regional e nacionalmente. A Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) é uma rede não-governamental que reúne movimentos, redes e organizações engajadas em experiências concretas de promoção da agroecologia, de fortalecimento da agricultura familiar e de construção de uma agricultura sustentável. Segundo Naidison Baptista, coordenador executivo da ASA (Articulação Semiárido Brasileiro) pelo estado da Bahia, essa prática guarda uma relação de pertencimento com a comunidade. O produtor é protagonista do processo, tem autonomia e não depende de qualquer grande firma de produção de sementes. Ele não depende de adubos químicos desses processos, constrói sua história com respeito às características do meio ambiente onde vive.
Para serem considerados orgânicos, os alimentos precisam ser livres de mudanças genéticas e do uso de insumos químicos. No entanto, a atual legislação brasileira permite a utilização de tratamentos com fungicidas ou inseticidas nas sementes, as chamadas sementes tratadas.

Guardiões de sementes

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Banco de sementes. Foto: reprodução
Como não podem ser comercializadas, a troca e o crescimento das redes entre os agricultores são saídas para a produção via semente crioula. Os bancos de sementes são espaços de armazenamento e de troca, conservados de forma adequada física e ambientalmente. Aqueles que protegem e armazenam sementes crioulas são chamados de guardiões e guardiãs. Nos bancos comunitários, os participantes promovem, recorrentemente, feiras de permuta de sementes, garantindo a circulação e troca de conhecimento das variedades crioulas dentro e fora da comunidade. Esta rede proporciona a interdependência e autonomia dos agricultores e agricultoras que produzem alimentos, manejam florestas e trabalham com produção de mudas orgânicas. Os guardiões protegem as sementes, compartilham, multiplicam e mantém viva a história cultural dos povos.
A Rede de Sementes Livres Brasil surge para fortalecer, promover e articular as iniciativas de sementes crioulas no cenário nacional. Em ressonância a um movimento mundial, junto com a Rede de Sementes Livres da América Latina, com outros parceiros e apoiadores, a Rede desenvolveu um mapa colaborativo dos Bancos de Sementes e Guardiões de Sementes no Brasil. Ou acesse www.teiaorganica.com.brpara encontrar quem comercializa sementes crioulas e orgânicas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

6 alimentos divertidos para crianças cultivarem em uma horta

Extraído do blog: Teia Orgânica

Hortas urbanas e caseiras, inclusive em vasos, são cada vez mais populares. Soma-se a isso um estudo apontando para o impacto que o contato direto com hortas e cozinhas pode ter sobre as escolhas alimentares das crianças. Aproveitando essa importante relação entre crianças e hortas, confira a lista feita pelo site Inhabitots com seis vegetais que as crianças vão amar plantar e ver desenvolver.

1. Batatas

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Foto: Teia Orgânica

O plantio da batata é divertido porque é como um experimento científico. Comece a batata sob luz, até que as folhas passem a brotar. Então, transplante sua batata para um balde, lata de lixo limpo, cesto de roupa ou seu jardim, qualquer recipiente que a permita crescer.

2. Ervilhas

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Foto: divulgação

Ervilhas são muito fáceis de cultivar. O plantio pode começar com recipientes feitos de jornal, composto orgânico e sementes – uma excelente atividade para uma tarde de primavera, por exemplo. Vale destacar que as sementes são tóxicas. Portanto, evite que as crianças as coloquem na boca e lave bem suas mãos logo após o manuseio.

Ervilhas são divertidas porque elas florescem, o que significa que os pequenos podem colher as flores miúdas e enfeitar a mesa de jantar. Mas a melhor parte é que, além de saborosa e docinha, ela cresce durante o verão, possibilitando alguns meses de divertida jardinagem para as crianças.

3. Girassol

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Foto: divulgação

É divertido plantar girassóis porque eles podem alcançar até 3 metros! O tamanho das flores impressiona e incentiva a imaginação das crianças. O girassol precisa de muito sol, o que o torna ideal de plantar no jardim. Além disso, a semente do girassol pode ser comida não apenas pelas pessoas, mas por muitas variedades de pássaros, que visitarão o jardim atraídos por elas.

4. Morango

morangos
Foto: divulgação

Quem não adora morangos? Morangos são perfeitos para crianças porque colhê-los é como uma caça ao tesouro, e os pequenos vão querer todos os dias espreitar por baixo das folhas. Morangos podem ser cultivados em qualquer parte do jardim ou em vasos. Plantá-los em casa ainda garante que eles estarão livres de agrotóxicos. Leia também 3 receitas bem fáceis de fazer com morangos.

5. Repolhos

repolho
Foto: divulgação

O mais legal de plantar repolhos é que, em algumas variedades, eles podem ficar quase do tamanho de uma cabeça, algo que desperta a curiosidade das crianças. Não precisa mais do que dez ou 12 semanas para que cheguem a esse tamanho e possam ir direto para a cozinha.

6. Rabanetes

rabanete
Foto: divulgação

Rabanetes são divertidos porque eles crescem rapidamente – podem ser colhidos em 25 dias – e são super fáceis de cuidar. Lembrando que cada semente produz apenas um rabanete. Então, plante o suficiente para produzir uma colheita saudável. As crianças vão se deliciar em puxar os rabanetes para fora do solo quando eles estiverem prontos.

Procure por sementes orgânicas aqui.

Fonte: Inhabitots

sábado, 30 de julho de 2016

A família que se dedica a preservar sementes orgânicas

Extraído do site teia orgânica

(da esquerda para direita) Slavek , Gyps, Verônica Bruch, Lucas Kehl, Svenja na cadeira ao lado de Vivi e Guto

As sementes crioulas são o tesouro cultivado pelos camponeses ancestrais. Elas são nossa herança genética, nossa evolução, nossa história. Hoje simplificamos as lavouras em monoculturas, reduzimos a diversidade de alimentos aos produtos “convencionais”. É só observar uma feira e perceber que são sempre os mesmos legumes e verduras. Alface, rúcula, beterraba, batata, tomate e por aí vamos. Acontece que existe uma infinidade de opções de plantas comestíveis não convencionais que, por motivos puramente econômicos, fomos perdendo o costume de consumir. O segredo é que na maior parte das vezes, os diferentões são muito mais nutritivos.

E é aí que entra o trabalho da Verônica Bruch, do Sítio Sambalina, em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. Nascida em Rolândia, no Paraná, ela morou mais de 30 anos na Europa e retornou ao Brasil em busca de mais qualidade de vida no meio rural. Hoje, ela e sua família trabalham para preservar a diversidade de sementes orgânicas, nativas ou exóticas.

O mais bacana é ver que animais – como bugios, cobras, veados e muitos outros – estão voltado ao seu habitat natural graças ao trabalho desses lindos guardiões da terra.


Capuchinha é uma flor comestível. O chuchu de vento também é e a Trombeta de Anjo é proibida no Brasil.
 

Tomate azul

Fonte: The Greenest Post

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