Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com whast 51 3407-4813
terça-feira, 16 de agosto de 2016
Como montar uma composteira doméstica (minhocário)
Veja este vídeo.
Temos kit e minhocas para compostagem. Enviamos para Porto Alegre e RS.
domingo, 14 de agosto de 2016
Bola de sementes para enriquecimento da capoeira - seed bols
Este vídeo apresenta o trabalho realizado pelo Instituto de Permacultura da Bahia no Projeto Águas do Jacuípe, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que vem desenvolvendo ações comunitárias que contribuem para construção coletiva de sustentabilidade socioambiental no semiárido através da Agrofloresta em matas ciliares e quintais na Bacia do Rio Jacuípe, município de Várzea da Roça-BA.
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Plantas bioativas motivam reunião técnica estadual - UPF - Passo Fundo RS
Foto: Angelita Rossetto / DM |
Encontro será realizado de 22 a 24 de agosto na Universidade de Passo Fundo
De 22 a 24 de agosto de 2016 será realizada a 10ª
Reunião Técnica Estadual sobre Plantas Bioativas (RTEPB), em Passo Fundo. A
décima edição, que também coincide com os 10 anos de Políticas Públicas das
Plantas Medicinais, tem como tema “Plantas Bioativas, unindo saberes do popular
ao científico”. O evento acontece no Centro de Eventos da Universidade de Passo
Fundo.
Um grupo de entidades e
instituições reuniu-se no intuito de realizar essa reunião, que é
itinerante, pelo estado. Trabalhadores e voluntários da saúde, da agricultura,
da educação, da extensão rural, da pesquisa, dos movimentos sociais,
colaboradores e simpatizantes e todos aqueles que, de uma forma ou outra, lidam
com as plantas bioativas, são convidados a participar do evento.
Inscrições - Serão três dias de
atividades, incluindo palestras, dinâmicas, oficinas, painéis, apresentação de
experiências, exposição e estandes diversos. As inscrições são gratuitas e
podem ser feitas antecipadamente pelo site www.upf.br/eventos.
Também serão recebidos resumos de
trabalhos e relatos de experiências até o dia 9 de agosto pelo e-mail:nea_agroecologia@upf.br.
Inscrições para oficineiros, dentro da temática das plantas bioativas, podem
ser feitas até também até o dia 9 de agosto pelo e-mail: muzar@upf.br
Mais informações pelo telefone (54)
3311-5066, WhatsApp (54) 9109-1863, dmiotto@emater.tche.br - com Doriana Miotto
Redação Jornal
Correio Riograndense
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Fukuoka: O agricultor que deixava a terra em paz
23/07/16
Extraído do blog Recriar
Quando abordamos a momentosa questão da relação entre o homem e o mundo natural, não fazer nada ou interferir minimamente torna-se uma ideia radical. Especialmente para uma civilização como a nossa, obcecada em saltar de uma complexidade para outra na prática, ao mesmo tempo em que, teoricamente, idealiza a simplicidade.
Masanobu Fukuoka (1913 “2008) foi um agricultor, biólogo e filósofo japonês, autor das obras “A revolução de uma palha” e “O sendeiro natural do cultivo”, nas quais apresenta suas propostas para um método de agricultura que é hoje mundialmente conhecido como “agricultura natural” ou “método Fukuoka”. Esse sistema de cultivo, cujos resultados costumam ser surpreendentemente bons, é baseado justamente num ideal de simplicidade.
Masanobu Fukuoka (1913 “2008) foi um agricultor, biólogo e filósofo japonês, autor das obras “A revolução de uma palha” e “O sendeiro natural do cultivo”, nas quais apresenta suas propostas para um método de agricultura que é hoje mundialmente conhecido como “agricultura natural” ou “método Fukuoka”. Esse sistema de cultivo, cujos resultados costumam ser surpreendentemente bons, é baseado justamente num ideal de simplicidade.
No Japão, Fukuoka criou uma fazenda a partir de seus próprios conhecimentos e descobertas. Essa fazenda ficou célebre em todo o mundo por causa dos seus altos resultados agrícolas tanto em termos de produção e da alta qualidade dos vegetais ali cultivados quanto de preservação da qualidade do solo. Estes são os dois pontos que costumam ser destacados quando se fala da fazenda de Fukuoka:
1. Era mais produtiva por metro quadrado do que todas as plantações agroindustriais do mundo, incluídas as que empregam as mais modernas tecnologias.
2. Não empregava nenhum tipo de maquinário, nem pesticidas, nem adubos químicos. Nessa fazenda também não se arava a terra.
Fukuoka conseguiu tudo isso empregando técnicas pioneiras dentro do espírito da permacultura (sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza). A mais célebre das técnicas de Fukuoka é a das “nendo dango”, bolas de argila com sementes em seu interior.
Fukuoka participou de numerosos projetos de permacultura que alcançaram grande êxito ao redor do mundo. Por causa deles esse sábio japonês conquistou a fama de ser capaz de reverdecer campos áridos e até mesmo zonas desérticas. Ele entendia seu trabalho não apenas como um labor de cura da Terra, mas também de cultivo da alma.
Projeto Fukuoka
O sistema de cultivo de Fukuoka foi por ele batizado de “agricultura natural”. Embora muitas das suas práticas sejam específicas para o Japão, a ideia geral que rege o seu método foi aplicada com êxito em muitos lugares ao redor do mundo. Seu sistema se enquadra dentro do âmbito da permacultura, cuja essência é reproduzir as condições naturais tão fielmente quanto possível, de modo que o solo se enriqueça progressivamente e a qualidade dos alimentos cultivados aumente sem o acréscimo de nenhum esforço ulterior.
O sistema de cultivo de Fukuoka foi por ele batizado de “agricultura natural”. Embora muitas das suas práticas sejam específicas para o Japão, a ideia geral que rege o seu método foi aplicada com êxito em muitos lugares ao redor do mundo. Seu sistema se enquadra dentro do âmbito da permacultura, cuja essência é reproduzir as condições naturais tão fielmente quanto possível, de modo que o solo se enriqueça progressivamente e a qualidade dos alimentos cultivados aumente sem o acréscimo de nenhum esforço ulterior.
Princípios do método
- Não arar: deste modo são preservados e mantidos a estrutura e a composição do solo com suas características ótimas de umidade e de micronutrientes.
- Não usar adubos ou fertilizantes: mediante a interação dos diferentes elementos botânicos, animais e minerais do solo, a fertilidade do terreno de cultivo se regenera como em qualquer sistema não domesticado.
- Não eliminar ervas daninhas nem usar herbicidas: estes destroem os nutrientes e os microrganismos do solo, e unicamente se justificam em certos casos de monoculturas. Fukuoka propõe uma interação de plantas que enriquece e controla a biodiversidade de um solo.
- Não usar pesticidas: eles também matam a riqueza natural do solo. A presença de insetos pode ser equilibrada numa plantação.
- Não podar: deixar que as plantas sigam o seu curso natural.
Todos estes princípios de trabalho à primeira vista bastante radicais são baseados na antiquíssima filosofia oriental do não fazer (wu-wei, em chinês) ou, mais exatamente, não interferir. Fukuoka alcançou um alto grau de compreensão dos microssistemas do solo, que lhe permitiu idealizar um sistema que libera do trabalho e dos esforços não necessários empregados na agricultura convencional moderna.
Seu método se baseia em dar e receber da terra de forma natural, em vez de sugar os seus recursos até o seu total esgotamento.
Seu método se baseia em dar e receber da terra de forma natural, em vez de sugar os seus recursos até o seu total esgotamento.
As bolinhas de barro, com sementes, podem ser feitas de modo artesanal, com o uso das mãos
Para melhorar a produção com a menor intervenção possível, Fukuoka idealizou entre outras coisas um sistema que permite substituir tanto o arado quanto os espantalhos.
Uma criação importante é o das bolinhas de barro: colocar sementes dentro de bolinhas de barro de 2 a 3 centímetros de diâmetro que serão espalhadas na superfície do campo agrícola. No interior das bolinhas, as sementes permanecerão protegidas das intempéries e dos animais. Com as primeiras chuvas intensas, as bolinhas serão desfeitas e as sementes começarão a brotar.
Misturadas às sementes das plantas que se deseja cultivar são incluídas sementes de outras plantas (principalmente do trevo branco). Estas últimas germinarão mais rapidamente e suas plantas criarão uma capa fina que protegerá o solo da luz solar, impedindo a germinação de ervas daninhas, mas não a dos cereais que se deseja cultivar.
Em vez de arar ou eliminar as ervas do campo agrícola, o método Fukuoka recomenda que ele seja recoberta com os restos das plantas cultivadas na colheita anterior, de forma que seja criada uma compostagem natural, capaz de conservar a umidade e os nutrientes e de impedir a proliferação de ervas não desejadas.
Uma criação importante é o das bolinhas de barro: colocar sementes dentro de bolinhas de barro de 2 a 3 centímetros de diâmetro que serão espalhadas na superfície do campo agrícola. No interior das bolinhas, as sementes permanecerão protegidas das intempéries e dos animais. Com as primeiras chuvas intensas, as bolinhas serão desfeitas e as sementes começarão a brotar.
Misturadas às sementes das plantas que se deseja cultivar são incluídas sementes de outras plantas (principalmente do trevo branco). Estas últimas germinarão mais rapidamente e suas plantas criarão uma capa fina que protegerá o solo da luz solar, impedindo a germinação de ervas daninhas, mas não a dos cereais que se deseja cultivar.
Em vez de arar ou eliminar as ervas do campo agrícola, o método Fukuoka recomenda que ele seja recoberta com os restos das plantas cultivadas na colheita anterior, de forma que seja criada uma compostagem natural, capaz de conservar a umidade e os nutrientes e de impedir a proliferação de ervas não desejadas.
Detalhes interessantes
As bolas de argila podem conter uma porção de adubo natural (esterco ou outros).
Uma porção de pimenta caiena acrescentada às bolotas de barro ajuda a espantar animais que poderiam comer as sementes.
Nessas bolotas podem também ser incluídas várias combinações, segundo seja o cultivo de cereais, hortaliças, frutas, zonas de bosques, etc., de modo que possam ter muito mais usos que o da produção de alimentos agrícolas (reflorestamento, renovação de áreas verdes, regeneração de solos desgastados, etc.)
As bolas de argila podem conter uma porção de adubo natural (esterco ou outros).
Uma porção de pimenta caiena acrescentada às bolotas de barro ajuda a espantar animais que poderiam comer as sementes.
Nessas bolotas podem também ser incluídas várias combinações, segundo seja o cultivo de cereais, hortaliças, frutas, zonas de bosques, etc., de modo que possam ter muito mais usos que o da produção de alimentos agrícolas (reflorestamento, renovação de áreas verdes, regeneração de solos desgastados, etc.)
Sistema de trabalho
O sistema Fukuoka se baseia em respeitar e inclusive potencializar os ciclos naturais, de maneira que estes assegurem uma melhor qualidade de crescimento das plantas. Mediante intervenções simples, executadas no momento adequado, é possível obter-se uma considerável redução do tempo de trabalho. Essas intervenções são baseadas na interação da biosfera com o solo. Por exemplo: no outono semeia-se arroz, recoberto com uma espessa camada de palha de arroz. O centeio ou a cevada e o trevo brotam imediatamente, mas as sementes do arroz permanecem latentes até a chegada da primavera. O centeio e a cevada são ceifados em maior e permanecem espalhados sobre o terreno para que sequem durante uma semana a dez dias.
Depois disso, são triados e ensacados para armazenamento. Toda a palha é espalhada sem trituração sobre os campos, como para formar um acolchoado. Os campos permanecem inundados durante um curto período de tempo durante as chuvas das monções de junho para debilitar o trevo e as ervas daninhas, e dessa forma proporcionar ao arroz a oportunidade de brotar através da capa vegetal que cobre o solo.
O sistema Fukuoka se baseia em respeitar e inclusive potencializar os ciclos naturais, de maneira que estes assegurem uma melhor qualidade de crescimento das plantas. Mediante intervenções simples, executadas no momento adequado, é possível obter-se uma considerável redução do tempo de trabalho. Essas intervenções são baseadas na interação da biosfera com o solo. Por exemplo: no outono semeia-se arroz, recoberto com uma espessa camada de palha de arroz. O centeio ou a cevada e o trevo brotam imediatamente, mas as sementes do arroz permanecem latentes até a chegada da primavera. O centeio e a cevada são ceifados em maior e permanecem espalhados sobre o terreno para que sequem durante uma semana a dez dias.
Depois disso, são triados e ensacados para armazenamento. Toda a palha é espalhada sem trituração sobre os campos, como para formar um acolchoado. Os campos permanecem inundados durante um curto período de tempo durante as chuvas das monções de junho para debilitar o trevo e as ervas daninhas, e dessa forma proporcionar ao arroz a oportunidade de brotar através da capa vegetal que cobre o solo.
A filosofia de vida de Fukuoka
“Se não tivesse criado para mim uma filosofia de vida, já estaria morto há muitos anos”, costumava afirmar Fukuoka. “Uma única coisa é absolutamente verdadeira: Tudo é uno. Também descobri que nada existe neste mundo. Tentei penetrar cada vez mais nos detalhes do NADA mais profundo”.
“Se não tivesse criado para mim uma filosofia de vida, já estaria morto há muitos anos”, costumava afirmar Fukuoka. “Uma única coisa é absolutamente verdadeira: Tudo é uno. Também descobri que nada existe neste mundo. Tentei penetrar cada vez mais nos detalhes do NADA mais profundo”.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Cultivo do açaí da palmeira juçara no litoral Norte do RS
Na região de Três Cachoeirinhas, no litoral do Rio Grande do Sul,
produtores apostam na produção de açaí como forma de preservação
e recuperação da Mata Atlântica.
sábado, 6 de agosto de 2016
Flores comestíveis viram tendência em restaurantes
Rosa, crisântemo, capuchinha – até flores de orquídea podem ir parar no seu prato. A moda das flores comestíveis vem ganhando cada vez mais restaurantes, segundo mostra nossa jardineira Carol Costa. Conheça as espécies mais usadas nesta divertida degustação na TV. Para mais dicas sobre jardinagem e paisagismo, entre no Minhas Plantas (http://www.minhasplantas.com.br).
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Destino energético para as sobras da criação de animais e da agricultura
Extraído do site: ZH Campo e Lavoura
Iniciativa da Consórcio Verde Brasil, parceria da Ecocitrus, Naturovos e Sulgás produz biogás, biometano, e biofertilizante
Por: Fernanda Coiro
Resíduos da produção de alimentos e da criação de animais geram biogás, biometano e biofertilizanteFoto: Carlos Macedo / Agencia RBS
O descarte das sobras da produção de alimentos e criação de animais - esterco animal e excedente da produção de sucos e laticínios, entre outros - abre oportunidade de renda com a transformação em biometano e biogás. E uma lei estadual de incentivo ao setor, que prevê a redução de impostos e a concessão de crédito, deve estimular investimentos. É um ciclo que se fecha, com o agricultor e a indústria produzindo matéria-prima e, ao final do processo, reutilizando as sobras e contribuindo para a redução de gases do efeito estufa.
Leia maisSartori envia pacote de projetos para a AssembleiaLixo da Copa vai mover caminhão com gás biometano
É o caso da família Kleinschmitt, que produz frutas cítricas, como laranja e bergamota, em Harmonia, no Vale do Caí. Integrantes da Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus), o casal Júlio e Adriana está integrado ao processo de produção de biometano, biofertilizantes e gás verde. Conforme Adriana, o uso do biofertilizante ajudou a melhorar a qualidade das frutas e a aumentar em cerca de 20% a produção.
- Agora toda fruta é aproveitada - comemora Adriana.
Durante a safra, são colhidas em média 112 toneladas de frutas. Três vezes por semana, um caminhão da cooperativa recolhe a produção e leva para a agroindústria. Após a elaboração do suco, o bagaço é despejado em caminhões que vão para a usina de compostagem, estruturada a partir de parceria entre a cooperativa, a Naturovos e a Companhia de Gás do Estado (Sulgás), que criaram o Consórcio Verde Brasil, que produz biogás e biometano, além de adubo orgânico.
Processamento dos dejetos resolve problema ambiental e econômicoFoto: Carlos Macedo / Agencia RBS
Na parceria no consórcio, a Naturovos encontrou um destino para as 2,5 mil toneladas de resíduos produzidos mensalmente.
- A ideia era achar um destino mais sustentável e, em breve, quando a chamada pública da Sulgás estiver em vigor, ampliar o projeto - detalha João Carlos Müller, presidente da Naturovos.
Na usina, as sobras da Ecocitrus são misturadas ao esterco de aves oriundo da Naturovos e, após a preparação, são colocadas em biodigestores, onde permanecem por 25 dias para fermentar. A partir daí é gerado o biogás - responsável pela geração de energia elétrica - e o biofertilizante - que retorna para as propriedades - e o GNVerde (biometano) - resultado da purificação do biogás.
GNVerde é referência
O consórcio, com investimento inicial de R$ 4 milhões, é o primeiro no país a produzir e distribuir produtos 100% renováveis e comprovadamente verdes.
- Este é um dos projetos mais avançados e serve de referência em todo o Brasil - diz Alessandro Gardemann, vice-presidente da Associação Brasileira de Biogás e Biometano (ABiogás).
A usina destina 60 toneladas por dia de biomassa para a produção de biogás. Este volume gera 2,4 mil metros cúbicos do produto, que pode ser convertido em 1,2 mil metros cúbicos de biometano veicular ao dia, suficientes para abastecer 80 automóveis. Para se ter uma ideia, o tanque de um veículo leve tem capacidade para 15 metros cúbicos. A Sulgás estima uma economia de cerca de 50% em relação ao combustível tradicional.
- O biometano é um gás em que todos os componentes nocivos foram eliminados - afirma Claudemir Bragagnolo, presidente da Sulgás, empresa responsável pelo monitoramento, certificação e controle de qualidade.
O casal Kleinschmitt, que fornece a matéria-prima, também abastece seu automóvel duas vezes por semana com o GNVerde e elogia a economia de combustível.
Novas iniciativas no Estado
Os resultados obtidos pelo Consórcio Verde Brasil estimularam o surgimento de outras iniciativas, como a Unidade Produtora de Leitões Mundo Novo, em Bom Retiro do Sul.
- O projeto da Ecocitrus é um espelho, uma iniciativa que apresenta resultados - afirma Tiago Feldkircher, engenheiro ambiental da cooperativa Languiru.
A cooperativa firmou parceria com o Sindicato e Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado (Sescoop/RS) e com a Confederação Nacional das Cooperativas de Crédito da Alemanha, que entrou com a expertise e o aporte financeiro.
A partir de 2014, a unidade de 80 hectares passou a utilizar o biogás, produzido a partir dos dejetos suínos, no aquecimento da água dos chuveiros e na cozinha da unidade, substituindo gradativamente o gás de cozinha. Segundo Feldkircher, são produzidos de 400 a 500 metros cúbicos de biogás na unidade - o suficiente para fornecer energia elétrica para 162 residências em um dia. Hoje, a planta consome apenas 10 metros cúbicos.
As prefeituras de Harmonia e Tupandi, ambas no Vale do Caí, também planejam produzir, em parceria, biogás e biometano. Nas duas localidades, os dejetos de suínos são um limitador para ampliar o número de animais. O esterco é misturado com serragem, mas a absorção do produto está no limite.
A prefeitura de Harmonia já doou área de 3,5 hectares para a instalação da indústria, porém depende de investidores para que o projeto saia do papel.
Biometano e o GNVerde
O biometano, que no Rio Grande do Sul recebeu a marca GNVerde, é um combustível alternativo e 100% renovável que já está sendo testado em veículos desde 2013.
É produzido a partir da purificação do biogás gerado na decomposição de resíduos e dejetos orgânicos. Com isso, alcança características semelhantes aquelas do gás natural. Assim, pode ser usado em todas as aplicações como substituto do gás natural.
Biomassa
A biomassa é a principal matéria-prima para o biogás. É considerada um resíduo sólido, sendo encontrada de diversas formas, tais como: restos de alimentos, resíduos de madeira, palha do arroz, bagaço da cana-de-açúcar, esterco de animais e entre outras formas.
A biomassa é a matéria orgânica que pode ser utilizada como recurso energético a partir de diferentes processos, como o biogás por queima, biogás por decomposição e biocombustíveis por extração e transformação.
Passo a Passo da produção do biogás e biometano
1. Todo o tipo de biomassa (bagaço, esterco) pode ser utilizada como substrato para a produção de biogás
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
2. Na usina de compostagem, os substratos passam por processos de preparação
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
3. No biodigestor, é gerado o bigás e o biofertilizante
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
4. O biogás passa por um sistema de purificação para ser transformado em biometano
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
5. O biometano (GNVerde) fica armazenado em reservatório
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
6. O GNVerde é enviado para dispenser, onde é comprimido e pode realizar o abastecimento
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
Leia mais
Conheça mais sobre as Pancs – Plantas Alimentícias Não Convencionais
Fonte: blog plantei
Elas são facilmente encontradas na natureza, não fazem parte do cardápio diário da maior parte das pessoas, não costumam ser encontradas em mercados convencionais e abrangem desde plantas nativas e pouco usuais até exóticas ou silvestres com uso alimentício direto (na forma de fruto ou verdura) e indireto (amido, fécula ou óleo). Estamos falando das Pancs. As Plantas Alimentícias Não Convencionais.
Elas não são transgênicas e, na maior parte dos casos, são orgânicas.
A alta resistência das Pancs faz com que elas sejam encontradas em quase todos os lugares, pois são nativas de cada região. Elas crescem espontaneamente em qualquer ambiente.
No mundo todo, a riqueza de plantas alimentícias foi estimada em 75 mil espécies em 1991, pelos ambientalistas Kenton Miller e Laura Tangley, autores do livro “Trees os Life: Saving Tropical Forests and Their Biological Wealth”. No entanto, apesar de serem tão comuns, ainda são poucos os que percebem sua função alimentar.
Muitas são consideradas pragas que descartamos. Puro desconhecimento. Perdemos assim o alto valor nutritivo destas espécies.
Mas nem sempre foi assim. Muitas Pancs costumavam ser consumidas por nossos antepassados. Porém, devido à pouca diversidade da agricultura convencional, que limita a dieta contemporânea a poucas espécies como o trigo e arroz, e também devido ao afastamento do homem com o contato da natureza e da produção de seus alimentos, elas foram sendo eliminadas de nosso cardápio.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que o número de plantas consumidas pelo homem caiu de 10 mil para 170 nos últimos cem anos, devido aos interesses comerciais da agroindústria.
Em 2014 foi lançado no Brasil o livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) – Guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas” de Valdely Kinupp e Harri Lorenzi. A publicação trouxe à tona (novamente) a utilização destas plantas.
No livro estão catalogadas 351 espécies consumidas no passado ou em alguma região do país e do mundo, com imagens para facilitar sua identificação, além de informações sobre seu uso culinário e receitas.
A obra tem sido considerada o grande manual para um número crescente de adeptos da alimentação orgânica e saudável.
As Pancs ainda estão distantes da maioria dos brasileiros, no entanto, algumas delas já fazem parte de pratos da alta cozinha, por meio das mãos de chefs como Alex Atala, Helena Rizzo e Paola Carossela. Esta última é uma entusiastas destes ingredientes na alimentação, pesquisando muito sobre o tema para usar em seu próprio restaurante. Considerado um dos melhores restaurantes do mundo, o paulista Maní, de Helena Rizzo, oferece uma sobremesa de mil folhas com creme de caule (rizoma) de lírio e sorbet de flores de lírio-do-brejo. Este último ingrediente é o não convencional: perfumado e delicado, encantou a chef em 2014, quando ela o descobriu em uma incursão pela mata no litoral norte de São Paulo.
Vegetais como o taiá, a vinagreira e a bertalha foram substituídos, na alimentação dos brasileiros por espécies como a couve, a rúcula e a alface. Porém, o que é uma planta comestível pouco difundida em um lugar, pode ser uma verdura tradicional em outra parte do mundo.
A rúcula por exemplo, era considerada uma erva daninha até pouco tempo atrás. Hoje, é uma de nossas saladas mais básicas, conforme explica o especialista em cultura culinária e gastronômica e sociólogo Carlos Alberto Dória.
Também podemos considerar Pancs plantas que são comuns, das quais fazemos uso apenas de uma parte, sem levar em conta que outras também podem ser consumidas. É o caso da bananeira, que, além do fruto, pode ter os mangarás (corações ou umbigo) e os frutos aproveitados.
O desconhecimento sobre as Pancs priva o paladar de experiências muitas vezes saborosas – e o organismo, do acesso fácil a uma série de nutrientes necessários para a manutenção da saúde. Isso porque muitas destas plantas têm mais nutrientes (como o ferro) do que os convencionais.
Listamos algumas Pancs que você pode conferir abaixo.
Atenção: as Pancs podem estar no seu quintal, em hortas, terrenos baldios e até nas calçadas da cidade.
É importante saber que algumas Pancs não podem ser consumidas cruas e outras plantas não podem ser consumidas de maneira alguma.
Bertalha
Trepadeira com folhas e caules verdes, carnosos e suculentos. Tem aparência similar à do espinafre. É rica em vitamina A, além de oferecer outros nutrientes como vitamina C, cálcio e ferro. As folhas e os ramos novos devem ser consumidos logo após a colheita, refogados ou em substituição ao espinafre e à couve, ou em omeletes, quiches e tortas. Crua, pode ser ingerida junto a saladas verdes. Se preferir prepará-la em uma sopa, deixe para acrescentá-la por último, pois a bertalha não deve ser cozida em excesso.
Beldroega
De crescimento espontâneo em muitas partes do mundo, adapta-se a diversos tipos de clima, mas requer que o sol incida diretamente sobre ela. Suas folhas e ramos podem ser consumidos crus, em saladas. Quando cozidos, servem de ingrediente para pratos refogados e assados, além de sopas. Suas sementes também podem ser ingeridas – a sugestão é acrescentá-las a uma farinha de cereal depois de moídas. É rica em ácidos graxos ômega-3 e seu sabor tende a variar de acordo com a forma de cultivo.
Taioba
Comestíveis e saborosas, as folhas desta planta já foram bastante apreciadas na culinária mineira, mas acabaram sendo esquecidas ou substituídas com o passar do tempo. Os motivos sobram para voltar a adotá-la como fonte alimentícia, e não apenas para os mineiros. É rica em vitaminas A, B, C e em minerais como cálcio e fósforo. A abundância de ferro faz com que a sabedoria popular lhe atribua a cura da anemia. Uma dica é prepará-la refogada. Por conter ácido oxálico, a planta crua pode causar irritação na boca. Mas, atenção! Existem muitas plantas da família das Araceas, muito parecidas com a taioba, porém não comestíveis. A planta cresce melhor na sombra e em locais úmidos.
Jacatupé
Planta rústica e de cultivo simples, adapta-se facilmente a diferentes regiões brasileiras e é conhecida, também, como feijão-batata. Grande fonte de proteínas, chegou a ser comercializada em mercados, mas desapareceu devido ao consumo de vegetais convencionais. As raízes são sua parte comestível e podem ser preparadas cruas ou cozidas.
Dente-de-leão
Essa planta cresce naturalmente em várias regiões do Brasil (e do mundo inteiro) e há outros motivos para incluí-la na dieta: o dente-de-leão selvagem tem sete vezes mais fitonutrientes do que o espinafre, além de ser grande fonte de vitaminas A e C. Suas folhas podem dar origem a pratos refogados e cozidos, além de saladas. O consumo também pode se estender às flores. Algumas pessoas utilizam as raízes torradas e moídas como um substituto ao café.
Serralha
Para encontrá-la, preste atenção a locais perto de cercas e de muros, em quintais e em terrenos baldios. A serralha é fonte de vitaminas A, D e E. Desenvolve-se em quase todo o mundo pode servir de insumo para a preparação de saladas e de receitas cozidas. Seu sabor é amargo e lembra o do espinafre.
Ora-pro-nóbis
Uma das mais conhecidas entre as não-convencionais, é encontrada em abundância especialmente no Sudeste, mas está presente também em outras regiões. Trepadeira, desenvolve-se em vários tipos de solo e de clima, é de fácil cultivo e tem alto valor nutricional. É rica em vitaminas A, B e C, fibras, fósforo e fósforo. As folhas são sua parte comestível, podendo ser consumidas secas ou frescas, cruas ou cozidas, e até acrescentada a massas de pães. Mas, há receitas que utilizam suas flores também.
Hibisco (Vinagreira)
Arbusto vigoroso, está entre as maiores fontes de ferro do reino vegetal – possui quase o dobro que o espinafre. Tem como partes comestíveis as folhas jovens e as pontas dos ramos – experimente e veja que o sabor ácido justifica o seu nome. A flor e as sementes também podem ser consumidas. Prepara-se a vinagreira crua, refogada ou cozida.
Peixinho
Você já ouviu falar em peixinho que dá na terra? Pois há uma hortaliça que é conhecida como lambari da horta. Ela veio da Europa e da Ásia, mas se adaptou muito bem ao Brasil. Em Minas Gerais, é mais comum em regiões de clima ameno. Na Europa, as pessoas a usam mais para decoração. O peixinho é bem fácil de plantar, com semente ou muda. Cresce melhor em climas mais secos. E também faz sucesso na culinária. As folhas refogadas e fritas é um dos melhores petiscos. A folha é muito suculenta e por tal motivo, realmente lembra a textura de um peixinho.
Capeba
As folhas de capeba são ovaladas, arredondadas ou em forma de rim. Usa-se a folha para o preparo de charutos recheados com carne, cenoura e temperos. Quando cozidas, têm gosto de pimenta do reino.
Fonte / Material de apoio – Teia Orgânica
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
Jovens largam bons empregos para se tornarem agricultores
Extráido do site:globo reporter
Eles vivem a alegria de comer e vender uma comida mais saudável.
Muita gente que toma essa decisão vai atrás de um homem: Ernst Götsch.
O contato com a terra, com a produção de alimentos, que começou num canteiro em casa, na praça de uma cidade, em alguns casos vai criando uma vontade maior. E se torna um novo objetivo de vida.
“Essa é minha profissão, agricultor, sem dúvida”, diz o economista João Tuono.
E muita gente que toma essa decisão vai atrás de um homem:o agricultor e pesquisador Ernst Götsch. E para conhecer ele e que caminho é esse, tem que acordar cedo. Se você pensa em virar agricultor, vai o aviso: o dia a dia de trabalho começa antes do nascer do sol.
Em Casimiro de Abreu, no interior do estado do Rio, dezenas de pessoas, muitos jovens, chegam para estudar para ser agricultores.
"Eu nunca fui um profissional frustrado, eu sempre fui bem dinâmico no meu trabalho, tanto que eu entrei como estagiário e sai como líder de equipe. Então tinha uma carreira boa, consolidada, ganhava bem, mas num determinado momento eu achei que estava fazendo pouco”, conta Rafael Pena de Oliveira.
E o analista de sistemas de uma gigante do petróleo decidiu que para fazer mais tinha que fazer comida. Plantar a própria comida e plantar comida saudável para outras pessoas. E fazer isso melhorando o ambiente.
E esse estalo que deu no Rafael foi bem no meio das manifestações de 2013.
“Eu me vi reclamando de político, reclamando de empresário tal e depois eu me toquei, eu estou pedindo educação, eu estou pedindo saúde, mas o que que eu faço pela minha saúde, o que que eu faço pela minha educação. Então eu comecei a buscar isso. A gente está pegando ambientes degradados e transformando em ambientes saudáveis”, afirma.
A melhora ambiental vem dos ensinamentos e do exemplo de Ernst. O suíço vive no Brasil há 37 anos. Ele transformou 500 hectares de terra arrasada, desmatada, com um solo degradado numa incrível agroflorestal. A área no sul da Bahia voltou, inclusive, a ter nascentes d'água e chuvas frequentes.
Ele faz a chamada Agricultura Sintrópica. É essa técnica que as pessoas vão aprender em Casimiro de Abreu
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